23/11/2010

Brasil tem um terço dos portadores de HIV na América Latina, diz ONU

Segundo relatório, país tem entre 460 mil e 810 mil contaminados.
Cerca de um terço dos portadores do vírus HIV na América Latina são brasileiros, segundo aponta um estudo sobre a epidemia global de Aids divulgado nesta terça-feira pela ONU.

A pesquisa, realizada pelo programa das Nações Unidas para a Aids (Unaids), também indica que 1,2 milhão de anos de vida de pacientes contaminados pelo HIV foram ganhos no Brasil entre 1996 e 2009, graças ao tratamento antirretroviral.

No entanto, segundo o estudo, a projeção do número de pessoas contaminadas com o vírus no Brasil cresceu nos últimos anos, ficando entre 460 mil e 810 mil pessoas em 2009, contra um mínimo de 380 mil e um máximo de 560 mil em 2001.

Entre 360 mil e 550 mil dos infectados com HIV no Brasil têm 15 anos ou mais, segundo informa o relatório. Já o número de mulheres adultas contaminadas no país em 2009 ficou entre 180 mil e 330 mil.
O número de mortes relacionadas à Aids no Brasil ficou entre 2 mil e 25 mil em 2009, contra um mínimo de 7,2 mil e um máximo de 24 mil em 2001. Já o número de novas infecções em 2009 se situou entre 18 mil e 70 mil.

A pesquisa indica ainda que o Brasil é um dos países de média e baixa renda com melhor situação em termo
de prioridade de investimento para a prevenção do HIV. Entre zero e um, o país obteve uma nota 0,8 no índice.

A estimativa do número de infectados com o HIV nas Américas do Sul e Central cresceu pouco nos últimos anos, passando de algo entre 1 milhão e 1,3 milhão em 2001 para entre 1,2 milhão e 1,6 milhão em 2009.
Números globais

O número estimado de portadores do HIV em todo o mundo, segundo a Unaids, é de 33 milhões de pessoas. Em 2009, foram registrados 2,6 milhões de novos casos - uma redução de 19% em relação ao pico da epidemia, em 1999.

Já as mortes relacionadas à Aids no mundo ficaram em 1,8 milhão em 2009, uma queda em relação aos 2,1 milhões de 2004.

Segundo o estudo da ONU, o número de portadores do HIV com acesso a medicamentos antirretrovirais no mundo cresceu de 700 mil pessoas em 2004 para mais de 5 milhões em 2009.

A região da África subsaariana continua sendo a mais afetada pela epidemia no mundo. Estima-se que cerca de 70% das novas contaminações pelo vírus da Aids ocorram nesta parte do mundo.
O relatório considera que a epidemia global de Aids foi revertida e está em tendência de queda. A questão mais importante, para a Unaids, é atingir as metas de 'zero discriminação, zero novas infecções pelo HIV e zero mortes relacionadas à Aids'.

Fonte: O GLOBO

“On Death and Dying“

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