17/12/2011

A África gera três novos missionários da Consolata no Brasil, para o mundo! - Por Revista missões

Na Igreja, desde o início, muitos homens e mulheres seguiram a Cristo na pobreza, castidade e obediência. Surge uma diversidade de dons para responder aos desafios nas diferentes épocas e culturas. Em termos de vocações para o trabalho de evangelização, a África mostra a sua força. Exemplo disso aconteceu na Bahia, no início de dezembro de 2011, quando mais três jovens missionários da Consolata africanos foram ordenados diáconos em vista do sacerdócio. Trata-se de James Mwaura Mbugua e Michael Mutinda (quenianos), e Jacques Kwangala Mboma (congolês). Os três estudaram teologia em São Paulo e encontram-se na Bahia para trabalhos pastorais.


No sertão baiano
No dia 3 de dezembro, James Mwaura Mbugua foi ordenado diácono, pelas mãos de dom Francisco Canindé Palhano, bispo de Bonfim. A celebração aconteceu na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Monte Santo, no sertão baiano onde, no dia anterior, James fizera a profissão perpétua na presença do padre Elio Rama, Superior Regional dos missionários da Consolata no Brasil.

James nasceu no dia 30 de setembro de 1977 em Eldoret, Quênia. Filho de George Mbugua e Margaret Njoki, entrou no seminário diocesano em 1994 e concluiu o ensino médio em 1998. Nessa altura, sentiu o chamado de Deus para ser missionário, mas não sabia em qual congregação. Foi quando, uma noite, encontrou na biblioteca a revista The Seed (A Semente), publicada pelos missionários da Consolata no Quênia. A edição trazia endereços de diferentes institutos. Gostou do nome "Consolata". James escreveu para o responsável da Animação Vocacional, padre Atilio Lerda. Ao terminar os estudos, trabalhou por dois anos numa empresa, enquanto continuava o diálogo com o missionário. Em 2001, ingressou no Instituto Missões Consolata, fez o Propedêutico e a Filosofia em Nairóbi. O Noviciado foi em Sagana, concluído com a primeira profissão religiosa em 2006. Em seguida, veio ao Brasil e em São Paulo, estudou Teologia, de 2007 a 2010. Ao concluir, foi enviado a Monte Santo, Bahia, onde se encontra até agora.

"Sinto-me realizado com a missão que realizo. O que estou vivendo é um chamado que tem a sua identidade no seguimento radical de Cristo, o qual respondo na liberdade através da vivência dos conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência, como expressão da minha plena doação a Deus e aos irmãos e irmãs", explicou o diácono James. "A resposta positiva foi minha. Deus me chamou porque quis contar comigo para continuar a sua missão e o seu projeto", destacou. "O que me realiza no caminho que percorri até aqui é sentir-me amado por Deus, em comunhão com Ele e a serviço do Reino. Eu dou a minha vida livremente para o bem maior que é o Reino de Deus", sublinhou. "Deus me chama, me consagra e envia. É uma experiência tão forte e íntima com o amor gratuito de Deus que devo responder com dedicação incondicional, colocando tudo, presente e futuro, nas mãos Dele", concluiu.

Em Salvador
Uma semana mais tarde, no dia 10 de dezembro de 2011, a matriz da Paróquia São Brás na Plataforma, em Salvador, reuniu missionários e missionárias da Consolata e de outras congregações, inúmeros fiéis católicos e de outras religiões, para uma celebração especial na qual Jacques Mboma (congolês) e Michael Mutinda (queniano), fizeram os votos perpétuos na família Consolata. A celebração contou com a presença do Superior Regional, padre Elio Rama. No dia 11 de dezembro, a Praça São Brás lotou para a ordenação diaconal dos dois jovens, realizada pela imposição das mãos do dom Gregório Paixão, OSB, bispo auxiliar da arquidiocese de Salvador. "Para serem felizes como diáconos e missionários, sejam fiéis ao sonho do vosso fundador, o Bem-aventurado José Allamano, que dizia: ‘primeiros santos, depois missionários", lembrou o bispo. A paróquia se preparou com um tríduo de orações e uma vigília vocacional. Padre Elio Rama agradeceu a comunidade por ter acompanhado os dois jovens. "A vocação missionária é um dom de Deus para a humanidade".

O percurso
Jacques K. Mboma nasceu na cidade de Pindi Mission, República Democrática do Congo. É filho de Kwangala Stanislas e Minianga Florence. Ele conta que sentiu o chamado desde pequeno quando conheceu os missionários da Consolata que trabalhavam na sua diocese. Através do testemunho desses homens e mulheres, sentiu-se impulsionado a doar sua vida para a Missão, entre outros povos mundo afora. Ingressou no Seminário da Consolata no ano 2001 e estudou Filosofia no Congo. Em 2005 fez o Noviciado em Moçambique, onde emitiu sua primeira profissão religiosa. Veio ao Brasil em 2006 para estudar Teologia em São Paulo.

Desde 2010, Jacques se encontra na Paróquia São Brás, em Salvador, atuando na pastoral afro e na animação missionária e vocacional. "Dediquei-me ao trabalho de conscientização, inclusão social e de luta contra os preconceitos e discriminação racial. Hoje, sou feliz pelo dom da vocação missionária e vida consagrada", afirmou. Jacques deu sua resposta generosa e definitiva a Deus, iluminado pelas palavras do Apóstolo Paulo: "Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração" (Rom. 12.12).

Michael Mutinda nasceu na cidade de Kaumoni, no Quênia. É filho de Susan Mwikali e Killian Munyw´oki. Entrou na família Consolata em 2001 e fez os estudos filosóficos em Nairóbi. Terminado o ano de Noviciado, fez a sua primeira profissão aos 15 de julho de 2006, em Sagana, Quênia e no mesmo ano veio ao Brasil onde cursou Teologia em São Paulo. Ao longo de 2011 prestou serviços missionários na Paróquia São Brás, em Salvador, onde se dedica, entre outras, à Pastoral da Juventude. Sua inspiração vem do Apóstolo Paulo: "Tudo posso naquele que me fortalece" (Fl. 4,13). Michael reconhece também o papel de sua mãe no nascimento da vocação. Conta que ela gostava muito de acolher crianças com poucas oportunidades. Conheceu os missionários da Consolata através da revista The Seed (A Semente), publicada pela congregação no Quênia, e quis se tornar missionário para continuar o que aprendeu com a sua mãe, num sentido mais amplo, mundo afora. Michael é membro da equipe de redação da revista Missões onde é responsável pela página sobre a África.

A Missão desafia

Perguntado como se sentia ao doar a sua vida para a Missão, Michael afirmou existir na vida cristã, "um aspecto que constitui o núcleo capaz de colorir o interior da pessoa que crê: a vocação missionária e religiosa. Entendemos por vocação missionária a resposta à vontade de Deus para cada batizado/a que se dá com toda a inteligência, coração e vontade e com toda a vida, presente e futura. Entretanto, é preciso estar aberto à ação de Deus, reorganizar a vida interior e começar pela conversão, discernir segundo o espírito do Mestre", explicou o diácono.

Em breve, os três diáconos serão ordenados padres nos seus respectivos países e receberão a destinação para trabalhar em uma das missões que a congregação tem no mundo. "Esperamos ser fiéis no testemunho de vida evangélica, presença comunitária, oração e compromisso apostólico para viver a Missão seja onde for; no Brasil, no Congo, no Quênia ou em outros países. A nossa expectativa maior é podermos anunciar a glória de Deus a todas as nações", destacou.

Fundados em 1901 pelo Bem-Aventurado José Allamano em Turim, Itália, os missionários da Consolata contam hoje com cerca de mil membros atuando em 21 países na África, Ásia, Europa e América.

* Colaboraram Natália de Jesus, da Pastoral da Juventude e Jandira Maria de Souza, da Pastoral Afro, ambas da Paróquia São Brás, Salvador, BA.

Fonte: Revista Missões

16/11/2011

Jovens da Bahia refletem sobre o discipulado de Jesus - Milena, Felipe e Michael *

O discipulado "não é ponto de
chegada, mas processo - ser discípulo é dom
destinado a crescer"
(DA 291).

O recanto Maria de Nazaré, próximo ao Centro Diocesano do Papagaio, em Feira de Santana, BA, recebeu neste final de semana, (dias 11 a 13), 60 jovens provenientes das Paróquias a cargo do Instituto Missões Consolata - IMC, na Bahia, para o um retiro missionário. Participaram jovens de Salvador, Feira de Santana, Jaguarari e Monte Santo. A finalidade do retiro foi refletir sobre o discipulado em Jesus, envolvendo os jovens que já fizeram a experiência da Páscoa, Missão e Festival Jovem, iniciativas sob a orientação dos/as Missionários/as da Consolata. O retiro missionário visou também orientar os jovens no encontro pessoal de amigos com Cristo missionário para descobrir a sua própria vocação, participar da vida e da missão de Jesus.


















Para iniciar o retiro, os jovens missionários foram acolhidos com dinâmicas visando a interação, pois embora todos tenham em comum o fato de estarem buscando ser discípulos de Cristo, muitos não se conheciam.

No segundo dia, com a ajuda do padre Domingos Forte, IMC, os jovens refletiram sobre a esperança de viver intensamente, abraçar a cruz como sinal de vida e entrega por amor. O assessor recordou que "para o Bem-aventurado José Allamano, fundador das congregações dos Missionários e Missionárias da Consolata, a esperança é uma virtude tão necessária como a fé; sem esperança não é possível ser bom cristão". Padre Domingos destacou ainda que o cristão não espera algo que não vem, exemplificando isto de forma interativa com um vídeo da peça teatral - "Procurando God Dot" "O cristão acredita naquele que já veio, vem e virá. É uma esperança em profundeza não no vácuo", concluiu padre Domingos.

No terceiro dia, com a ajuda de Michael Mutinda, IMC, houve aprofundamento do tema: o discipulado em Jesus, com questionamentos que levaram ao posicionamento crítico dos jovens sobre sua atuação nas comunidades. Michael lembrou o Documento de Aparecida onde afirma que o discipulado: "não é ponto de chegada, mas processo - ser discípulo é dom destinado a crescer" (DA 291). Por isso, explicou ele, que o discípulo significa relação com uma pessoa, e no caso aqui, com a pessoa de Jesus Cristo, cujos passos o discípulo segue, sem reserva, procurando imitá-lo até se tornar igual ou parecido com o Mestre.

"Ser discípulo de Jesus é o mais fascinante projeto de vida que está à disposição de cada um de nós. É estar disposto a aprender pela imitação da vida de Cristo na força do Espírito Santo. Não é uma questão de repetir atos ou ações do Senhor, mas é permitir que os atos de Jesus fluam de dentro de nós por uma operação do Espírito de Cristo", afirmou Michael, seminarista da Consolata que em breve será ordenado diácono.

O retiro contou ainda com um momento de deserto, onde os jovens foram motivados a estar consigo mesmo e com Cristo, um momento de verdadeira interiorização. Os jovens demonstraram, mais uma vez, que são discípulos de Cristo, não perfeitos ou canonizados já, mas, na busca constante e plena desta santidade que exige, além de acreditar, permanecer com o Mestre.

Fonte: AMV – Grupo JMC, Bahia.

06/11/2011

Jovens de Salvador celebram o Dia Nacional da Juventude - Por Gabriela G., Wellington C. e Michael

"O Dia Nacional da Juventude - DNJ deste ano
exalta os feitos das mulheres que lutaram e que
ainda lutam por um mundo melhor sem pobreza,
violência e estão ganhando cada dia mais o
espaço, que antes era ocupado apenas por
homens"
(Jeane Maria)

A Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Salvador na Bahia, primaz do Brasil, realizou neste domingo, 30, Dia Nacional da Juventude, o 39º Crisjovem - Encontro de Jovens com Cristo. O evento que reuniu mais de quinhentos jovens aconteceu na Universidade Católica - UCSAL, localizada no bairro da Federação no centro de Salvador.


A programação, na parte da manhã, contou com uma palestra sobre o tema do Dia Nacional da Juventude 2011: "Juventude Cristã e Protagonismo Feminino - jovens mulheres tecendo ralações de vida", para refletir sobre o papel da mulher na sociedade e na Igreja. Depois da exposição da assessora o novo bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, dom Gilson Andrade da Silva, que tomou posse no último dia 10 de outubro, foi acolhido pelos jovens. Dom Gilson presidiu a celebração eucarística que encerrou os trabalhos da manhã.

Após o almoço, os jovens foram organizados em grupos por oficinas para aprofundar o tema da DNJ 2011. Para facilitar essa atividade, foram convidadas pessoas com experiência sobre o tema oferecido (protagonismo feminino) para coordenar as cinco oficinas oferecidas: a mulher na bíblia; o corpo da mulher como objeto de consumo; a mulher e a família - sexo e namoro; a mulher e a política; e a valorização da mulher. Todas as oficinas destacaram a importância de resgatar a nova imagem da mulher enquanto bela criatura de Deus, mais que um objeto biológico de atração, sexo, marketing e mídia.

Um momento do encontro dos jovens com Jesus sacramentado seguido de apresentações musicais encerrou o 39º Crisjovem. Os participantes voltaram para suas casas com maior entusiasmo de serem protagonistas de um mundo melhor que saiba respeitar a igualdade de gênero.

A cada ano, o DNJ propõe um tema de reflexão e ação voltado para a realidade juvenil. O DNJ 2011 é inspirado no encontro de Jesus com a mulher samaritana (Jo 4, 1-42). Por ser uma atividade permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, é realizado nas dioceses de todo o país no último domingo de outubro.

Fonte: Equipe de AMV e PJ São Brás de Plataforma, Salvador-BA

05/11/2011

Jovens Religiosos refletem sobre a maturação espiritual - Por Ledineia, Delvair e Michael *

"Onde não há paixão, há vícios",
Annette Havenne.














Terminou neste domingo, 30 de outubro, a terceira etapa de formação para preparação dos votos perpétuos organizada pela Conferencia dos Religiosos do Brasil - CRB, regional Bahia-Sergipe. A formação que contou com religiosos/as de várias congregações aconteceu no Mosteiro de Salvador das monjas beneditinas, localizado no bairro de Alto de Coutos, no subúrbio da capital baiana.

O tema da formação desta etapa refletiu sobre a maturação espiritual no seguimento de Jesus e teve a assessoria da Irmã Annette Havenne, ISM. "Um dos aspectos que ajuda no processo de maturação espiritual no seguimento de Jesus é perceber com qual imagem de Deus nos relacionamos", afirmou Irmã Annette. Tomando como base o livro de Carlos Dominguez Morano, "Crer depois de Freud", a assessora destacou pontos que falam sobre a representação infantil que muitos religiosos têm de Deus, comparando com o Deus de Jesus Cristo.

Para ela, "o Deus da criança é contemplado e buscado como um seio bom que responde aos desejos pessoais; é Deus providência - mágico, encarregado de proteger os sujeitos de todo mal", explicou. "Já o Deus de Jesus Cristo é aquele que tem vontade distinta do ser humano embora respeite a sua realidade e liberdade; Ele o acompanha, mas não lhe dá tudo.

No segundo dia o grupo se debruçou sobre a formação integral. Sobre essa questão, a assessora destacou quatro arquétipos básicos a serem trabalhados para melhor integrar nossa vida. São eles: autenticidade no encontro comigo, significância no encontro com Deus, transparência no encontro com os outros e solidariedade no encontro com o cosmo.

No final do encontro, os participantes mostraram-se entusiasmados em assumir a proposta e o projeto de Jesus na formação permanente. Alguns emitirão os votos Religiosos solene no final deste ano e no início de 2012.

* membros do grupo Perpinter, CRB, região Bahia-Sergipe.

Fonte: CRB, região Bahia-Sergipe.

21/10/2011


Ola querid@s amig@s,
Paz e bem.
Com alegria no Senhor, queremos lhe convidar, junto com a sua comunidade, família, amigos e conhecidos para participarem da nossa profissão perpetua e ordenação diaconal nos dias 10 e 11 de Dezembro de 2011, respectivamente! Veja em anexo o convite oficial.
P.S: vai precisar de hospedagem? E transporte de aeroporto ou rodoviária? Avise a gente com antecedência, até o dia 20 de Novembro de 2011.
Desde já, a sua presença é a nossa alegria.
Att.
Mike e Jack.
Tel: 71-33982887/92051100/99630418
“Tudo posso naquele que me fortalece”. (Fil. 4,13

14/10/2011

Pastoral Vocacional: A VOCAÇÃO DE SÃO PAULO

Pastoral Vocacional: A VOCAÇÃO DE SÃO PAULO: Ninguém, mas ninguém mesmo na história do cristianismo conseguiu entender tão bem o mandato de Jesus: “Ide pelo mundo e anunciai o Evangelho...

O ROSÁRIO DA VIRGEM MARIA - Jordão Maria Pessatti*

O ROSÁRIO DA VIRGEM MARIA
Pontos de história e doutrina


1.     Origens históricas do Rosário

A forma atual do Rosário (como é rezado hoje) teve seu desenvolvimento na segunda metade do século XV, em base a várias formas anteriores e rudimentares. Uma tradição muito antiga afirma que os monges do Oriente – especialmente os radicados no Egito – costumavam contar as orações vocais que faziam, servindo-se de pedrinhas ou contas. Como nós passamos pelos dedos da mão as contas do Rosário, a cada Ave Maria que rezamos, assim eles, ao rezarem os Pai-nosso e as Ave Maria, em substituição aos 150 salmos da Bíblia, contavam estas orações utilizando pequenas pedras.

Mais tarde, encontrando método mais prático para contar os Pai-nosso e as Ave Maria, ao invés de usarem pequenas pedras, passaram a enfiar “contas” (pequenos caroços de frutas) numa espécie de barbante bem resistente... Ou então faziam muitos “nós” num cordão... Estes barbantes ou cordões, guarnecidos de “contas” ou “nós”, foram largamente difundidos durante os séculos X e XI, sendo batizados com os nomes latinos de “praéculae” (pequenas orações), “cómputum” (cálculo), “signácula de Pater noster” (marcadores de Pai-nosso). Este foi o primeiro esboço do nosso atual Rosário ou Terço.

O nome “Rosário” entrou em uso somente na metade do século XV, como veremos adiante. “Rosário” deriva de “rosa”. Considerando a Ave Maria uma “rosa“ desfolhada aos pés da Virgem Maria, o conjunto das Ave Maria desta devoção recebeu o nome de “Rosário”, antes denominado “Saltério Mariano” ou “Saltério de Maria”.

Desenvolvimento do Rosário

Os momentos históricos do desenvolvimento do Rosário podem ser fixados no arco que se estende do século XII ao século XVI. Mas antes de falar do desenvolvimento do Rosário, convém lembrar brevemente a história da Ave Maria. A prática de rezar a Ave Maria, como é rezada atualmente, difundiu-se no Ocidente só no começo do século XII. Nos primeiros tempos do cristianismo, até o século VII, a Ave Maria era conhecida e rezada apenas em sua primeira parte (a parte bíblica), que se encontra em Lucas (1,28); era utilizada como antífona do Ofertório da Missa do 4º Domingo do Advento. Os acréscimos do nome Jesus (na conclusão da primeira parte) e toda a segunda parte (Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém), que foi composta pela Igreja, foram introduzidos somente no final do século XV, mais precisamente falando, no ano 1483.

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Portanto, a Ave Maria foi composta pelo arcanjo São Gabriel, por Santa Isabel (mãe de S. João Batista) e pela Igreja. Gabriel a entoou: Ave (alegra-te), cheia de graça, o Senhor está contigo (Lc 1,28); Santa Isabel a continuou: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre (Lc 1,42); a Igreja a completou, acrescentan-do no final da primeira parte o nome de Jesus e compondo toda a segunda parte.
A Ave Maria tornou-se uma das orações mais populares do mundo.

Tudo parece ter começado assim: nos mosteiros dos tempos antigos os monges recitavam o Ofício Divino; os monges letrados rezavam os 150 salmos da Bíblia; os monges menos letrados, sem condição de acompanhar a salmodia, substituíam os 150 salmos por 150 Pai-nosso ou por 150 Ave Maria. Daí o Rosário de Nossa Senhora ser conhecido também como “Saltério Mariano”. Com o passar do tempo, o “Saltério Mariano” foi subdividido em três partes, cada uma contendo 50 Ave Maria, rezadas em momentos diferentes do dia, à maneira do Ofício Divino.

Uma obervação:  Muitos atribuem a instituição do Rosário a São Domingos de Gusmão (* 1170 + 1221). Historicamente falando, não parece certo. O “Saltério Mariano”, de fato, aparece antes do nascimento de São Domingos. O grande merecimento deste santo e dos religiosos fundados por ele (Frades Pregadores) é o de terem utilizado e divulgado amplamente esta popular oração.

OS mistérios do Rosário

No século XIV, o monge Henrique Kálkar fez uma subdivisão do Saltério Mariano, dividindo as Ave Maria em quinze dezenas (hoje ditas comumente “mistérios” do Rosário), inserindo entre uma e outra a oração do Pai-nosso.
No século XV entrou em uso também a “enunciação” e a “meditação” dos mistérios. À medida que o Saltério Mariano foi sendo conhecido e se alastrava pelo mundo, certas comunidades cristãs passaram a utilizar muitos e diferentes “mistérios”. Na prática, a enunciação dos mistérios variava muito de comunidade a comunidade. Daí, em 1521, o dominicano Padre Alberto de Castelo reduziu o número dos mistérios do Rosário, escolhendo os quinze principais, e propondo-os à meditação dos fiéis. A forma do Rosário difundida pelo Padre Alberto de Castelo foi, aos poucos, impondo-se às demais. Praticamente é a forma do nosso Rosário atual.

Do Rosário ao Terço

Entre os anos 1410 e 1439 o monge Domingos de Prússia (Colônia, Alemanha) propôs aos fiéis uma forma de Saltério Mariano de 50 Ave Maria. Seria o que hoje nós chamamos de “Terço”, ou seja, a terça parte do Rosário. Não foi uma tentativa para diminuir a extensão do Rosário, mas para dar-lhe novo vigor. O referido monge mandou acrescentar, na conclusão da primeira parte da Ave Maria, uma referência verbal explícita de um acontecimento evangélico, à maneira de cláusula explicativa do mistério contemplado, costume que ainda hoje vigora. O Papa João Paulo II, na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae (RVM, 33), também lembra este modo de rezar o Rosário. (Exemplo: Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor
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é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre Jesus, [que ao terceiro dia ressurgiu dos mortos]. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.)

Difusão do Rosário

O bem-aventurado Alano a Rupe, sacerdote dominicano (* 1428 + 1478), foi um verdadeiro apóstolo da difusão do Saltério Mariano, que a partir de então começou a chamar-se “Rosário da Bem-aventurada Virgem Maria”. Mas o próprio Alano a Rupe já falava de dois tipos de Rosário: Rosário antigo e Rosário novo. O antigo, era a simples recitação das Ave Maria; o novo, a recitação das Ave Maria com a meditação dos mistérios, propostos em três partes: Encarnação, Paixão e Morte de Cristo, glória de Cristo e de sua Mãe, Maria (partes que hoje designamos com os nomes de mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos).

O Papa São Pio V consagrou a forma do Rosário, a 17 de setembro de 1569, através da Bula Consueverunt Romani Pontífices. A partir de então, o Rosário deixa de ser uma oração particular das confrarias marianas e estende-se a toda a Igreja, tornando-se oração universal do povo cristão.

A nova série de mistérios do Rosário

O Papa João Paulo II, através da Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae (RVM), de 16 de outubro de 2002, acrescentou uma nova série de mistérios à recitação do Rosário: os mistérios da luz (ou mistérios luminosos), que focalizam cinco momentos muito significativos da vida pública de Jesus Cristo:
1.      O Batismo de Jesus Cristo no rio Jordão,
2.      as Bodas de Caná, onde Jesus faz sua auto-revelação,
3.      o Anúncio do Reino e convite à conversão,
4.      a Transfiguração de Jesus no monte Tabor,
5.      a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio.
A inserção dos mistérios da luz preenche, em certo sentido, uma espécie de lacuna que existia entre os mistérios gozosos (Nascimento e Infância) e os dolorosos (Paixão e Morte de Jesus). Foi uma inserção muito sábia, que enriquece e amplia o campo de meditação da vida de Cristo, dado que o Rosário “é uma oração marcadamente contemplativa” (cf. RVM 12).

Valor inestimável do Rosário

Eis os traços fundamentais do Rosário, de acordo com o magistério da Igreja:
É oração evangélica, porque vai buscar no Evangelho as orações que o compõem, bem como a formulação dos mistérios.
É oração cristocêntrica, pois em cada Ave Maria, enquanto se louva a Mãe, proclama-se e anuncia-se também a encarnação do Filho de Deus: Bendito é o fruto do

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vosso ventre, Jesus! E também porque, nos mistérios intercalados às dezenas, medita-se sobre os grandes acontecimentos da vida de Jesus Cristo.
É oração eclesial, em razão dos importantes valores espirituais que contém: é oração simples, fácil, mas importante, porque nos leva a penetrar profundamente no mistério de Cristo e a refletir sobre alguns pontos essenciais da fé: Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
É oração contemplativa, porquanto a contemplação dos mistérios constitui a “alma” do Rosário... Mais ainda: no Rosário reflete-se e fixa-se o olhar nos exemplos de Jesus e de Maria, assume-se uma atitude de escuta, de abertura, de acolhida.
É oração dos pobres, não só por ser uma oração ao alcance dos humildes, mas também porque nos ensina o itinerário da simplicidade, da pobreza de espírito.
Portanto, desencorajar a oração do Rosário é roubar aos pobres o pão espiritual de cada dia.

Apraz-se concluir o presente artigo, recordando algumas expressões do Papa, que nos devem incentivar à oração do Rosário (ou Terço): “Com o Rosário, o povo cristão frequenta a escola de Maria”, nossa Mãe e Mestra no seguimento de Jesus Cristo e na vivência do Evangelho (RVM 1). “Recitar o Rosário nada mais é senão contemplar com Maria o rosto de Cristo” (RVM 3). “... Retomai nas mãos, com confiança, o terço do Rosário, fazendo a sua descoberta à luz da Escritura /.../, no contexto da vida cotidiana” (RVM 43).

Obs.: Este trabalho inspira-se em artigos de diferentes fontes: E. D. STAID, Rosario, in Nuovo Dizionario di  Mariologia, Ed. Paoline, Milano 1986; ANGELO WALS, Il Rosario, Enciclopedia Mariana “Theotokos”, Ed. Massimo (2a. ed.);  PAULO VI, Exortação Apostólica Marialis Cultus, Roma, 1974; JOÃO PAULO II, Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, Roma 2002.

Fonte: *Pe. Jordão Maria Pessatti, imc é Missionario da Consolata, Sp.

13/10/2011

PJ de São Brás de Plataforma realiza “Dia da Criança” em Arimbepe.

PJ de São Brás de Plataforma realiza “Dia da Criança” em Arimbepe.
"Mas pela graça de Deus sou o que sou..." (1 Coríntios 15:10)
Em alusão ao dia das crianças, a PJ de São Brás de Plataforma, Salvador, representada pelos membros – Alex (são Brás), Bruno (boleiro), Felipe (Biine Cuut), Thalisson (Frucho), Gessica (tia), Carol (eminie), Natalia (caçula), Tamiles (beata), Wellington (mbuyu), Mike (Bandiiii) e William (chorenamia) realizou nesta quarta-feira (12) o Dia da Criança Aparecidinha no aconchego da Nossa Senhora da Aparecida, em Arimbepe. Localizado a menos de 50 km de Salvador, capital da Bahia, a vila de Arembepe é banhada por uma praia belíssima, que oferece agradáveis piscinas naturais e, ao mesmo tempo, apresenta ondas propícias para a prática do surfe.
Segundo a idealizadora secretaria da PJ, numa mensagem a todos os membros, neste dia de manhã, “O jovem precisa destes momento, onde a resenha aconteça com bom humor, onde a risada aconteça para se divertir, onde o rancor e a raiva se espanta; brincar é coisa de criança feliz e o jovem deve ser uma! O jovem delinqüente sempre é uma criança que não foi amada. Cada grito, cada gesto de rebeldia e violência na verdade é um grito de socorro, uma súplica: “Me amem! Por favor! Me amem!” Mas a sociedade ao invés de amá-los e educá-los os encarcera como se fossem animais, sem qualquer dignidade nem consideração...De outra forma, essa criança desamada, carente, incompreendida, se tornará o adulto insensível, violento no lar, duro para com os mais próximos. Sentindo carência exteriorizará raiva e agressão; incompreendida irá isolar-se; feridos os seus sentimentos irá tratar os mais próximos da mesma forma como foi tratada, em comportamentos automáticos, completamente inconscientes, sem que se dê conta de sua origem (Joanna de Ângelis, In Amor, Imbatível Amor, 1998).

Fotos: por Eminie – Confire todas no Orkut da PJ...kkk
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Fonte: AMV-PJ, São Brás de plataforma, Salvador.

12/10/2011

Dom Gilson Andrade toma posse em Salvador -Por Michael Mutinda

"In Verbo Tuo - Por causa da tua Palavra" (Lc. 5,5)

Numa celebração que reuniu milhares de fiéis, padres, religiosos e religiosas, autoridades políticas e eclesiásticas, familiares, amigos e amigas, a igreja primaz do Brasil, em Salvador, BA, viu na noite desta segunda-feira, 10 de outubro, a tomada de posse de mais um pastor para o povo de Deus. Trata-se de dom Gilson Andrade da Silva, bispo auxiliar da arquidiocese de São Salvador da Bahia.

William Farias Dom Gilson Andrade durante a posse em Salvador, BA. A celebração eucarística, presidida por dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, e concelebrada pelos bispos dom Filippo Santoro, de Petrópolis, dom João Carlos Petrini, de Camaçari e dom Gregório Paixão, bispo auxiliar de Salvador, entre outros, aconteceu na Catedral Basílica. A missa seguiu o rito tradicional romano com apenas duas inclusões. Logo no início da missa o padre Jair Arlêgo em nome de todo o clero deu as boas-vindas ao novo bispo. E no final da cerimônia, dom Gilson falou para os fiéis, religiosos e o clero da Arquidiocese.

Na sua homilia, dom Murilo iluminado pelos Evangelho segundo São João, dirigiu algumas palavras de ânimo ao novo bispo. Para ele, a pergunta de Jesus a Pedro está no grau superlativo: "Pedro, tu me amas mais que estes? E a mesma pergunta com o mesmo grau é dirigida a dom Gilson e a todos nós presente aqui. Lembramos que", disse ele, "o bom pastor deve ter, antes de técnica, o amor. O amor inspira o serviço, e a técnica mostra a maneira de fazê-lo", destacou o arcebispo. "A necessidade do rebanho não é tanto de grandes intelectos, mas de grandes corações. Corações cheios de amor, sinceridade e santidade", continuou dom Murilo. "O texto de João 21, 15 - 17, não apresenta apenas a qualificação mais importante do pastor, como também sugere qual a sua função mais importante que é apascentar o rebanho. O pastor deve apresentar a variedade de funções: evangelizar, ensinar, administrar", sublinhou.

Por causa da tua PalavraInspirado nas palavras de São Pedro antes da pesca milagrosa, dom Gilson escolheu como lema episcopal a expressão: "Por causa da tua Palavra" (In verbo tuo - Lc 5,5). Explicando a escolha, o bispo disse que o Evangelho é o ponto de partida para toda ação. "É o Palavra do Senhor que nos encoraja na missão proposta". Na sua fala de agradecimento, dom Gilson disse estar muito feliz com a nova missão que lhe foi confiada, e espera contribuir com a ação evangelizadora da Arquidiocese de Salvador. "Desejo colaborar com todo o meu coração com o nosso Arcebispo, dom Murilo e o bispo Auxiliar, dom Gregório. Quero conhecer a realidade, os sacerdotes, os seminaristas, os religiosos e religiosas, os leigos comprometidos com a Igreja, os jovens, as pessoas das paróquias, movimentos e novas comunidades. Jesus diz que o bom Pastor conhece as suas ovelhas. É só a partir daí que podemos levar a Palavra de Deus e seus dons ao nosso povo," concluiu ele.

Passo a passo, o caminho se faz
Gilson Andrade da Silva nasceu no dia 11 de setembro de 1966, no Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 4 de agosto de 1991. Cursou Filosofia no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino (1985-1987); Aluno do Colégio Eclesiástico Internacional Bidasoa (Pamplona-Espanha), fez o curso de bacharelado em Sagrada Teologia na Universidade de Navarra (Espanha) - (1988-1991). Licenciado em Sagrada Teologia pela Pontíficia Universitá della Santa Croce (Roma-1997-1999).
Desde 2004 - Membro do Conselho Pastoral Diocesano. Desde 2005 - Membro da equipe de Coordenação Diocesano do Plano Pastoral de Conjunto e da Missão Popular. Diretor do Instituto de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Católica de Petrópolis (2004-2005). Reitor do Seminário (desde 2004). Coordenador da Pastoral da Juventude da Diocese de Petrópolis (desde 2004). Presidente da Associação Mantenedora Faculdades Católicas Petropolitanas - UCP (desde 2008).

Dom Gilson Silva foi ordenado bispo na manhã de sábado, 24 de setembro de 2011, na Catedral São Pedro de Alcântara, em Petrópolis (RJ) pelos Dom Filippo Santoro, bispo de Petrópolis, dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, e dom frei Alano Maria Pena, arcebispo de Niterói.

Fonte: AMV – São Brás, Salvador - BA.

05/10/2011

Pastoral Vocacional: A VOCAÇÃO DO PROFETA JEREMIAS

Pastoral Vocacional: A VOCAÇÃO DO PROFETA JEREMIAS: “... a missão de destruir, arrancar e plantar a justiça divina...”. Jr. 1,10. De Michael Mutinda, Imc* Vocação. A palavra vocação vem da p...

02/10/2011

Em Salvador, São Brás de Plataforma, faz festa do Allamano - De Michael Mutinda*

“Nunca diga: isto não é comigo!”, José Allamano.


Uma celebração cheia de motivação e ânimo, na igreja matriz da paróquia São Brás de Plataforma, Salvador, neste domingo, 2º de outubro, às 9h, marcou a festa do Bem-aventurado José Allamano, fundador da Congregação dos missionários e missionárias da Consolata. A celebração presidida por Pe. Stephen Murungi, Imc, e com a presença dos missionários Jacques Kwangala, Imc, e Michael Mutinda, Imc, contou com a participação numerosa dos paroquianos, das irmãs filhas da igreja e das crianças da Infância e adolescência missionária do Quilombo do Kioio. Pe. Stephen destacou ao longo da homilia o bonito trabalho realizado pelo Beato José Allamano de sua caminhada pautada no amor a Consolata e a Cristo.
Numa maneira simples, o padre Stephen resumiu a reflexão feita junto com a paróquia nos três dias do tríduo a Allamano – a vida dele, a missão dos seus filhos no mundo, e as causas missionárias do instituto no Brasil. Iluminado pelas palavras do evangelho de Lucas 4, Pe. Stephen disse que hoje, e muito mais em Salvador, ainda encontramos com muitos pobres que precisa da boa nova, cativos que precisa da libertação, cegos que querem recuperação da vista, e oprimidos que buscam a liberdade. “O nosso fundador é conhecido por seus vários legados e deve ser tido como um exemplo no processo de evangelização e missão ad gentes,” disse Pe. Stephen e continuou, “olhando para José Allamano, podemos encontrar uma forma nova de evangelizar, de modo que as pessoas possam entender a boa nova de Deus à maneira simples”.
Terminando a sua homilia, o padre lembrou aos fieis que a missão precisa de corações abertos e atentos às necessidades do próximo. “As reclamações não constroem, o bem deve ser bem feito e sem barulho, como dizia José Allamano”, acrescentou ele. Ao final da sua homilia, padre Stephen lembrou a todos a importância do mês do outubro, mês das missões. “O tema da campanha missionária deste ano, Missão e Ecologia, vem nós lembrar a nossa missão e responsabilidade à criação de Deus. A terra ainda grita e a criação ainda geme com dores de parto. Somos chamados atender a este grito com o nosso cuidado da criação de Deus,” concluiu ele.

José Allamano, sacerdote para o mundo.
Nasceu a 21 de janeiro de 1851 em Castelnuovo d’Asti, na Itália. Educado na escola de Dom Bosco, e no seminário diocesano do Turim, respondeu ao chamado de Deus ao sacerdócio e foi ordenado aos 20 de setembro de 1873. Em 1880 foi nomeado reitor do santuário da Consolata e do anexo instituto de pastoral. A partir de então, até o fim da vida, sempre desenvolveu sua atividade à sombra do santuário mariano da diocese. Em 1901 fundou o instituto dos missionários da Consolata e em 1910 o das missionárias da Consolata. No dia 8 de maio de 1902 partiram para o Quênia os primeiros quatro missionários. Hoje, os missionários da Consolata estão presentes em mais de vinte e sete países, na áfrica, América, Europa e Ásia.  
Morreu santamente a 16 de fevereiro de 1926, em Turim. Proclamando-o bem aventurado, no dia 7 de outubro de 1990, o papa João Paulo II selou o reconhecimento que o povo de Deus tributou ao padre José Allamano com varias expressões: “o santo da Consolata”, “pai providente e piedoso, formador e mestre do clero,” “sacerdote para o mundo”.
Depois de centenário e poucos anos a mais da fundação do instituto das missões Consolata, a proposta de Allamano da missão ad gentes, fruto de fervor de santidade, continua atual e urgente.

*Fonte: AMV – São Brás de Plataforma, Salvador.

A VOCAÇÃO DO PROFETA JEREMIAS - Michael Mutinda, Imc*

“... a missão de destruir, arrancar e plantar a justiça divina...”.
Jr. 1,10.
Vocação.
A palavra vocação vem da palavra latina vocare que quer dizer, chamar. Vocatio é chamamento, chamar, eleger, escolher. Então, se vocação é chamamento, deve haver alguém que chama e alguém que é chamado. Portanto, não é simples tendência ou inclinação pessoal, mas é chamada. Então podemos definir a vocação como: o chamado que brota do mais íntimo do ser humano, onde ressoa a voz de Deus para dar a resposta a ele. Portanto, vocação aqui tem uma dimensão essencialmente religiosa. Falar da vocação na Bíblia, há perigo de se preocupar com a interpretação exegética, mas nós aqui faremos simplesmente uma conversa segundo o texto.

Senso bíblico da vocação
Podemos dizer que a vocação é um fato bíblico. O nosso Deus é um Deus que fala que escolhe e chama pessoas para o serviço, para missões concretas e determinadas. Esta sempre foi a convicção presente na consciência do povo bíblico. Deus conduz a história e a iniciativa é sempre dele. Muito significativa na Bíblia é a vocação-chamamento e envio dos profetas. Os grandes profetas bíblicos falam da própria vocação, dando testemunho do chamado divino individual, direto e imediato. A toda vocação comporta o envio para uma missão, e a toda vocação exige ruptura com o passado. Vemos isso com a vocação de Jeremias.

Vocação de Jeremias (Jr. 1,4-10),
A vocação de Jeremias é descrita de uma maneira da bela construção literária, que encontramos no capítulo 1,4-10. Neste texto, vemos que Deus se revela a Jeremias e lhe dá a missão de destruir, arrancar e plantar a justiça divina (Jr. 1,10). Jeremias objeta dizendo que não sabe falar. “Ah! Senhor Deus, eis que eu não sei falar, porque ainda sou uma criança” (Jr. 1,6). E Deus mesmo lhe diz: “Não tenhas medo deles, para que eu não te aterrorize à vista deles” (Jr. 1, 17). Antes mesmo de te formar no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei. Eu te constitui profeta para as nações” (Jr. 1,5).

Missão marcada por medo e crise da sedução
Jeremias se mostra como um profeta medroso. Se o seu nascimento foi marcado pela alegria na casa paterna (Jr. 20,15), ele, no entanto, quando já crescido amaldiçoa o dia do seu nascimento: “Maldito o dia em que nasci” (Jr. 20,14). Jeremias demonstra claramente que não queria ter nascido. A sua mãe levou a culpa: “Minha mãe teria sido minha sepultura” (Jr. 20,17). “Mãe, minha desgraça é a vida que a senhora me deu” (Jr. 15,10). Lendo o texto de jeremias, se percebe que ele viveu na roça. Não se casou. Conhecedor do sofrimento de seu povo, Jeremias sabia que algo deveria ser feito, mas ele tinha medo. No ano 627 antes da Era Comum, no décimo terceiro ano do governo de Josias, Jeremias sente o chamado de Deus.

Os elementos essenciais da sua vocação.
Podemos sintetizar os pontos essências da vocação deste profeta em seguintes pontos:
  1. Deus quando chama alguém é porque este já é íntimo seu. “Antes mesmo de te formar no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei” (Jr. 1,1-5). Com estas palavras, Jeremias narra a sua experiência de Deus.
  2. A missão profética e sua realização confirmam o chamado. Jeremias tem consciência que ele é um consagrado para a missão profética: “Eu te consagrei” (Jr. 1,5b). Por isso, ele não sabe fazer outra coisa senão ser profeta.
  3. O medo e outras limitações humanas são inerentes à vocação. Isto não é diferente com Jeremias, que, de tanto medo, apela para o não saber falar. “Eu sou criança” (Jr. 1,6).
  4. O profeta é porta-voz de Deus (Jr. 1,7). Jeremias terá que falar em nome de Deus e em sintonia com o povo ao qual ele foi enviado por Deus. E Deus estará com ele sempre.
  5. O profeta é abençoado por Deus. As palavras de Deus são colocadas em sua boca, de modo que ele fale em seu nome (Jr. 1,10).
  6. O profeta é seduzido por Deus. “Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jr. 20,7). Estas palavras proferidas por Jeremias demonstram como ele compreendeu o mistério da vocação em sua vida. Deus mudou a vida de Jeremias.

Para refletir:
  1. Dissemos que uma vocação acertada leva a pessoa a se sentir realizada e feliz. Concorda ou não? Se concordar, que testemunha você dá da vocação que escolheu?
  2. Numa comunidade cristã, Deus chama pessoas para serem responsáveis para que cada pessoa acerte na sua escolha da própria vocação e seja feliz. Pessoalmente, você está colaborando neste sentido, na sua comunidade, na sua escola, na sua família?
 Fonte: Mwanaasuu.

29/09/2011

Anjos do Senhor e a sua teologia - Portal Starnews


Anjos do Senhor
Nossos Guardiões Celestiais
Salmo 90, 11-12
Porque aos seus anjos Ele mandou que te guardem
em todos os teus caminhos, eles te sustentarão
em suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra.

~ Hierarquia dos Anjos ~
Alguns Papas da Igreja distinguiram três grupos divididos em três hierarquias, e cada hierarquia em três coros:
• Os Serafins, os Querubins e os Tronos
• As Dominações, as Virtudes e as Potestades
• Os Principados, os Arcanjos e os Anjos
A distinção dos anjos em nove coros, agrupados em três hierarquias diferentes, mesmo que não conste explicitamente na Revelação, é de crença geral.
Essa distinção é feita em relação a Deus, na condução geral do mundo, ou na condução particular dos Estados, das companhias e das pessoas.
Os três coros da primeira hierarquia, glorificam a Deus, como diz a Sagrada Escritura:
"Vi o Senhor sentado sobre um alto e elevado trono... Os Serafins estavam por sobre o trono... clamavam um ao outro e diziam:
Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos exércitos (Is. 6, 1-3). O Senhor reina... está sentado sobre querubins" (Sl. 98, 1).
Os três coros inferiores aos acima enunciados estão relacionados com a conduta geral do universo. E os três últimos Coros dizem respeito a conduta particular dos Países, das instituições e das pessoas.

Leia mais sobre:
1. Natureza dos anjos
2. Anjos da sagrada escritura

– Os 9 Coros Angélicos, agrupados em três hierarquias
• Serafins — do grego "séraph", abrasar, queimar, consumir. Assistem ante o trono de Deus* e é seu privilégio estar unidos a Deus de maneira mais íntima, nos ardores da caridade.
• Querubins — do hebraico "chérub", que São Jerônimo e Santo Agostinho interpretam como "plenitude de sabedoria e ciência". Assistem também ante o trono de Deus, e é seu privilégio ver a verdade de um modo superior a todos os outros Anjos que estão abaixo deles.
• Tronos — algumas vezes são chamados "Sedes Dei", (Sejas de Deus). Também assistem ante o trono de Deus, e é sua missão assistir aos Anjos inferiores na proporção necessária.
• Dominações — São assim chamados porque dominam sobre todas as ordens angelicais encarregadas de executar a vontade de Deus. Distribuem aos Anjos inferiores suas funções e seus ministérios.
• Potestades — ou "condutores da ordem sagrada", executam as grandes ações que tocam no governo universal do mundo e da Igreja, operando para isso prodígios e milagres extraordinários.
• Virtudes — cujo nome significa "força", são encarregados de eliminar os obstáculos que se opõem ao cumprimento das ordens de Deus, afastando os anjos maus que assediam as nações para desviá-las de seu fim, e mantendo assim as criaturas e a ordem da Divina Providência.
• Principados — Como seu nome indica, estão revestidos de uma autoridade especial: são os que presidem os reinos, as províncias, e as dioceses; são assim denominados pelo motivo de que sua ação é mais extensa e universal.
• Arcanjos — São enviados por Deus em missões de maior importância junto aos homens.
• Anjos — Os que têm a guarda de cada pessoa em particular, para desviá-la do mal e encaminhá-la ao bem, defendê-la contra seus inimigos visíveis e invisíveis, e conduzi-la ao caminho da salvação. Velam por sua vida espiritual e corporal e, a cada instante, enviam as luzes, forças e graças que necessitam.
(*) "Assistir" ante o trono de Deus tem dois significados: um é quando recebem Suas ordens; quando Lhe oferecem as orações, boa obras e votos dos mortais; quando defendem contra os demônios as causas das pessoas no Tribunal Supremo; quando fixam seu olhar nos raios da luz divina para perceber as delícias inefáveis que constituem sua felicidade. "Neste último sentido, todos os Anjos, sem excetuar nenhum, são "assistentes diante de Deus", porque todos gozam, sem interrupção, da Visão Beatífica, inclusive quando se ocupam do desempenho de alguma missão no governo do mundo. Porém, em outro sentido estrito, a expressão "assistir ante o trono de Deus designa os Anjos da primeira hierarquia, e que não podem ser empregados nos ministérios exteriores" (cfr. Corn. A Lapide, in Tob. XII, 15; apud Mons. Gaume, Tratado del Espíritu Santo, Granada, Imp. Y Lib. Española de D. José Lopez Guevara, 1877, p. 137 ).


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Teologia dos Anjos.
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São Tomás de Aquino (1225-1274), este grande e indiscutível mestre de teologia, autor de tantos escritos filosóficos e teológicos, na sua obra fundamental Summa Teológica, dedicou grande atenção aos anjos e a todas as questões teológicas ligadas a eles. Falou com tanta acuidade e profundidade e soube exprimir-se de modo tão convincente e sugestivo que seus contemporâneos atribuíram-lhe o epíteto de Doctor Angelicus, Doutor Angélico.
São Tomás afirma que a natureza dos anjos é puramente imaterial e espiritual, que seu número é incalculável e eles têm graus diferentes de sabedoria e perfeição, estando subdivididos em hierarquias. Os anjos nem sempre existiram. Eles foram criados por Deus, talvez antes do mundo material e do homem. São dotados de livre-arbítrio e é exatamente por causa dele que uma parte cai no pecado da soberba, do orgulho e da inveja, tornando-se anjos decaídos, demônios incapazes de amar a Deus e ao homem criado por Ele. Tomás de Aquino, portanto, estava perfeitamente habilitado para explicar o problema dos anjos, falar de sua natureza, de sua missão. Ele dedicou aos anjos as questões 50 a 64 da Summa Teológica I.

Quase todas as páginas da Bíblia atestam a existência desses puros espíritos. Basta recordar os querubins que guardam o Paraíso terrestre (Gn 3,23), os três anjos que aparecem a Abraão (Gn 18,19 etc.), o arcanjo Rafael, que acompanha Tobias e o liberta (Tb 5,1ss.), o arcanjo Gabriel, que anuncia a Encarnação do Verbo, os anjos que anunciam o nascimento de Jesus aos pastores, a sua Ressurreição (Lc 1; 9,28; 24,4ss. e par.), os inúmeros anjos do Apocalipse (1; 11; 8,4ss.). O termo arcanjo só aparece em São Judas e 1Tes., 4, 15; porém São Paulo nos dá outras duas listas de nomes das cortes celestiais. Nos diz (Ef 1, 21) que Cristo está "por cima de todo Principado, Potestade, Virtude, Dominação"; e, escrevendo aos Colossenses (1, 16), diz: "porque nele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, os Tronos, as Dominações, os Principados, as Potestades". Há que assinalar que São Paulo usa destes nomes para mostrar tais poderes quando (2, 15) diz que Cristo havia "despojado os Principados e as Potestades… incorporando-os a seu cortejo triunfal". Baseando-se na Escritura e na Tradição, a Igreja definiu como "verdade de fé" não apenas a existência dos anjos, mas também a sua criação. Na Bíblia fala-se muitas vezes de fileiras inumeráveis, de imensos exércitos celestes. Tudo isso faz pensar numa ordem, numa hierarquia celeste, no topo da qual se reconhece o arcanjo São Miguel (Ap 12,7-9).
Em Daniel 10, 12-21 vários anjos estão designados a vários lugares, e que os chama seus príncipes, e esta mesma situação reaparece de maneira mais notável no Apocalipse "os anjos das sete Igrejas", contudo é impossível dizer o significado preciso deste termo. Geralmente estes sete Anjos das Igrejas são considerados os Bispos que ocupam estas sedes. São Gregório Naziazenzo em sua carta aos bispos em Constantinopla em duas ocasiões diz "Anjos", segundo o idioma do Apocalipse.

O tratado "De Coelesti Hierarchia" atribuído a São Dionísio Areopagita, e que exerceu uma grande influência entre os escolásticos, trata com muitos detalhes as hierarquias e ordens dos anjos. Geralmente se considera que este trabalho não pertence a São Dionisio, e que foi escrito alguns séculos depois. A seguinte passagem de São Gregório Magno (Hom. 34, em Evang.) nos dá uma idéia clara do ponto de vista dos doutores da Igreja acerca deste ponto:
Sabemos pela autoridade da Escritura que existem nove ordens de anjos: Anjos, Arcanjos, Virtudes, Potestades, Principados, Dominações, Tronos, Querubins e Serafins. Que existem Anjos e Arcanjos quase todas as páginas da Bíblia nos diz, e os livros dos Profetas falam de Querubins e Serafins. São Paulo, também, escrevendo aos Efésios enumera quatro ordens quando diz: "sobre todo Principado, Potestade, Virtude, e Dominação"; e em outra ocasião, escrevendo aos Colossenses diz: "nem Tronos, Dominações, Principados, ou Potestades". Se unirmos estas duas listas, teremos cinco Ordens, e agregando os Anjos e Arcanjos, e Serafins, teremos nove Ordens de Anjos.
São Tomás (Summa Teológica I:108), seguindo São Dionisio (De Coelesti Hierarchia, VI, VII), divide os anjos em três hierarquias cada uma das quais contém três ordens. Sua proximidade ao Ser Supremo serve como base para esta divisão. Na primeira hierarquia estão os Serafins, Querubins, e Tronos; na segunda, as Dominações, Virtudes, e Potestades; na terceira, os Principados, Arcanjos, e Anjos. Os únicos nomes que nos dão as Escrituras de anjos em particular são os de Rafael, Miguel, e Gabriel, nomes que significam seus atributos. Os livros judeus apócrifos, como o Livro de Enoc, nos dão o de Uriel e Jeremiel, enquanto que outras fontes apócrifas nos dão muito mais, como por exemplo Milton em seu "Paraíso Perdido".

Nas Sagradas Escrituras, alguns dos Anjos têm nomes próprios: O do Arcanjo Miguel é mencionado pelo Profeta Daniel, Ap. Judas e no Apocalipse (Josué 5:13, 12:1; Jud. 9; Apoc. 12:7-8). O nome Miguel, em hebraico, significa "Quem senão Deus?" Nas Escrituras Ele é Chamado "chefe do Exército do Senhor" e é representado como principal Guerreiro contra o diabo e seus seguidores. Habitualmente é representado com uma espada de fogo na mão. O nome Gabriel significa "Forte de Deus". O menciona o Profeta Daniel e o Evangelho de Lucas (Dan. 8:16; 9:21 e Luc. 1:19-26). Nas Escrituras é representado como mensageiro de Mistérios Divinos. Aparece com um ramo do Paraíso na mão. Nas Escrituras se nomeiam três Anjos mais Rafael — "Ajuda de Deus" (Tov. 3:16; 12:12-15); Uriel — "Fogo de Deus" (3 Esdras 4:1, 5:20); Sela-fiel — "O que ora a Deus" (3 Esdras 5:16). Qual é a finalidade dos Seres do mundo espiritual? Aparentemente eles são criados para serem perfeitos reflexos da Grandeza e da Glória de Deus, compartilhando Sua Bem aventurança. Sobre o céu visível se disse: "Os céus farão saber a Glória de Deus".
– Querubins e Serafins
Dois termos de não fácil interpretação para designar os seres entre os que se encontra Deus são os de "querubins" e "serafins". Os serafins aparecem unicamente no capítulo 6 de Isaías rodeando o trono de Deus e servindo-lhe de ministros. O significado etimológico do termo talvez tenha que ver com o hebraico srf e poderíamos traduzi-lo em consequência como "os ardentes". São descritos providos de rosto e pés humanos ao mesmo tempo que com seis asas. Com quatro delas se cobrem o corpo e com as duas restantes voam, indicando assim provavelmente a prontidão com que servem a Javé.
Os querubins, que a partir do arcaico karabú havia que interpretar como "os poderosos", aparecem no Antigo Testamento muito frequentemente para indicar o lugar em que se encontra Javé, o lugar em que habita nesta terra. Javé se senta "entre" ou "sobre" os querubins. São os querubins que custodiam a Arca da Aliança.
(cf. Ex 25,18; 1 Re 6,23; 2 Cor 5,8). Devemos considerar a Arca da Aliança como o assento que se encontra Javé. Por isso se conserva nela o livro da Aliança do mesmo modo como os reis guardam sob o trono os exemplares de seus tratados e alianças. Os querubins são representados originalmente na forma humana, só que, providos de asas. Estes querubins, guardiões da Arca da Aliança "entre" ou "sobre" os quais se encontra a presença de Javé no Sanctum Sanctorum do templo de Jerusalém, são uma representação terrena da morada celestial de Deus. Deus está sentado no céu sobre os querubins e sobre eles viaja (cf 2 Sam 22,11 e Sal 18,11) e é assim como aparece a Ezequiel (Ez 29,3; Sir 49,8). Javé os utiliza também como servidores. Deus colocou um querubim com espada flamejante na porta do Paraíso para impedir a entrada do homem até a árvore da vida (Gn 3,24).

Fonte: http://www.starnews2001.com.br/hierarquia.html

Arcanjo São Miguel - St. Michael - Michele - Mikael e outros

Hoje, dia dedicado aos Santos Anjos peçamos a intercessão dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael sobre todos os nossos pedidos e intenções.

Oração ao Arcanjo São Gabriel
São Gabriel
Ó glorioso Arcanjo São Gabriel, chamado “Fortaleza de Deus”, príncipe excelentíssimo entre os espíritos angélicos, embaixador do Altíssimo que merecestes ser o escolhido para anunciar à Santíssima Virgem a encarnação do divino Verbo em suas puríssimas entranhas. Nós te suplicamos, roga a Deus por nós, pobres pecadores, para que conhecendo e adorando esse inefável mistério, consigamos gozar do fruto da divina redenção na glória celestial. Amém

 Oração ao Arcanjo São Miguel
 São Miguel II
São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, defendei-nos com o vosso escudo contra as armadilhas e ciladas do demônio.
Deus o submeta, instantemente o pedimos;
E vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no inferno a Satanás e  aos outros espíritos malignos que andam pelo mundo procurando perder as almas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém.

 Oração ao Arcanjo São Rafael
São Rafael II
Fica conosco, ó Arcanjo Rafael, chamado “Medicina de Deus”!
Afastai para longe de nós as doenças do corpo, da alma e do espírito e trazei-nos saúde e toda a plenitude de vida prometida por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém
 Glorioso Arcanjo Rafael, que dignastes tomar a aparência de um simples viajante para vos fazer o protetor do jovem Tobias…
Vinde em nosso socorro no momento das tentações e ajudai-nos a afastar de nossas almas e de nossos trabalhos todas as influências do mal.
Ensinai-nos a viver neste espírito de fé que sabe reconhecer a misericórdia divina em todas as provações e as utilizar para a salvação de nossas almas.
Obtende-nos a graça de uma inteira conformidade com a vontade divina: seja que ela nos conceda a cura dos nossos males ou que recuse o que lhe pedimos. São Rafael, guia, protetor e companheiro de Tobias, dirigi-nos no caminho da salvação, preservai-nos de todo perigo e conduzi-nos ao céu. Amém.

22/09/2011

Também as crianças têm sua atividade apostólica - por Mike

Em Salvador, Infância e Adolescência Missionária prepara seus assessores


"Também as crianças têm sua atividade apostólica.
Foto: Sheila Santos (Complic@d@...Valeria)
Segundo sua capacidade, são testemunhas viventes de Cristo entre seus companheiros". 
(Apostolicam Actuositatem, no. 12)

         A Igreja de Salvador na Bahia, vem se preocupando com a formação de seus líderes, principalmente dos jovens para colaborar na evangelização.
          A Igreja tem grandes esperanças em sua capacidade de mudar o mundo enquanto aposta na formação dos futuros líderes. Isto se mostrou claramente para com a Infância e Adolescência Missionária - IAM, que nos dias 17 a 19 de setembro, organizou no Colégio Frei Ludovico, de Salvador, uma formação para os assessores da Obra.

Orientado por Irma Islaneide, missionária e religiosa das Pias Mestras Venerini, o curso contou com a participação de jovens e adultos da Arquidiocese de Salvador e de outras dioceses.
Para melhor compressão do tema, a assessora dividiu a formação em reflexões e oficinas: história e carisma da IAM, os doze passos para a implantação da IAM, as quatro áreas integradas da sua existência, o perfil do assessor, a psicopedagogia das idades, o ELMI, auto-estima do missionário e a espiritualidade missionária. Na sua colocação, Irma Islaneide sublinhou que na IAM, os protagonistas são as crianças e adolescentes. "A coordenação dos grupos é por conta deles", disse ela. "O adulto que os auxilia é apenas um assessor que orienta e motiva as crianças e adolescentes, deixando que eles assumam suas responsabilidades e atuem com espontaneidade e liberdade", conclui.

Uma Obra para todas as crianças
Fundada em 1843 por dom Carlos de Forbin-Janson (1785-1844), em Paris (França), a Obra da Infância Missionária hoje está presente em mais de 100 países. Em 1922, o papa Pio XI a declarou Pontifícia, isto é, Obra do Papa, e, portanto, de toda a Igreja, juntamente com as Obras Missionárias da Propagação da Fé e de São Pedro Apostolo, às quais uniu-se em 1956, a União Missionária, constituindo-se as Pontifícias Obras Missionárias - POM. No Brasil, ela foi trazida por missionários francesses, em 1858. Embora a obra tenha nascido para socorrer a triste situação das crianças chinesas, logo abriu seus horizontes para o mundo inteiro.

O resgate, o batismo, o sustento e a educação das crianças dos povos que não conhecem Jesus Cristo foram, desde o início, os objetivos da Infância Missionária. Um plano ambicioso: prestar todos os socorros materiais, morais, intelectuais e religiosos de que necessitam as crianças de todos os lugares, culturas, raças e crenças.

Fonte: AMV – São Brás, Salvador - BA.

18/09/2011

“Maria acolhedora, promotora e defensora da Vida” é tema da festa em Salvador - Mike

Missionários da Consolata, membros da Comunidade Maria de Nazaré, jovens vindo do interior do Estado da Bahia e centenas de fiéis se reuniram, neste domingo (11), para celebrar a festa de Nossa Senhora de Nazaré.

Alegria e louvor foram os sentimentos que tomaram conta da comunidade que pertence à paróquia São Brás de Plataforma, na periferia de Salvador. Basta lembrar que a devoção à Maria no meio popular é grande. Prova disso são as diferentes formas utilizadas pelas comunidades cristãs, para demonstrar sua devoção a Nossa Senhora de tantos nomes, traço importante da religiosidade do povo.

Em preparação para a festa, a comunidade Maria de Nazaré, organizou noites de Novena, com temas e reflexões diversas que ajudaram os paroquianos a aprofundar seu conhecimento sobre a Padroeira.

A celebração eucarística foi presidida pelo padre Stephen Erastus Murungi, pároco da paróquia São Brás, e concelebrada pelos padres Kyoung Ho Han e José Roberto Garcia, missionários da Consolata. A comunidade recebeu "Maria acolhedora, promotora e defensora da Vida", tema principal da festa neste ano.

"Hoje", disse padre Stephen durante a celebração, "em tempo de celebridades, de supervalorização dos centros urbanos, da cultura do sucesso e da imagem é bom lembrar a expressão: Maria de Nazaré. Para Deus, não importa a aparência, o lugar de proveniência, os títulos. Conta, sobretudo, a qualidade do gesto.
E nisto, Maria de Nazaré tem muito a nos ensinar - acolher, promover e defender a vida," sublinhou.

Após a missa, cantos, louvores e orações animaram a procissão com a imagem da Nossa Senhora de Nazaré. Com a bênção final, a assembleia se despediu levando consigo o ensinamento de Maria que devemos ser mais animados a crescer na fé, pois compreendemos que não estamos prontos e que a vida é uma travessia. Descobrimos também que até as crises de fé são oportunidades de crescimento. Reconhecemos que somos peregrinos na fé e nos colocamos, com alegria e humildade, no caminho do Senhor para acolher, promover e defender a vida, como fez Jesus.

Fonte: AMV – São Brás, Salvador

1o Festival Jovem Consolata em Salvador - Mike

"A ruptura entre o Evangelho e a cultura é sem dúvida o drama da nossa época, como o foi também de outras épocas". (EN, II-20)
Jovens lotaram o Centro Cultural de Plataforma em Salvador, nos dias 9 a 11 de Setembro de 2011, para o 1º Festival Jovem Consolata na Bahia. O evento foi organizado pelos missionários e missionárias da Consolata presente no estado a fim de qualificar os jovens na construção da sociabilidade contemporânea na era da democratização da cultura e da informação.

Como primeira experiência, a Equipe de Animação Missionária e Vocacional - AMV, responsável pelo Festival, articulou um intercambio entre jovens dos municípios de Monte Santo, Jaguarari, Feira de Santana, no interior do Estado e a capital Salvador. Centrada no tema: "Juventude, Cultura e Evangelização", a programação contou com apresentações de teatro, danças brasileiras e africanas, poesias, músicas e capoeira.

A inspiração veio da exortação apostólica Evangelii Nuntiandi do papa Paulo VI, quando afirma: "A evangelização não se dá fora da cultura. Nem o Evangelho se identifica com as culturas, mas identifica-se nas culturas. E a fé apresenta-se mais como atitude de encontro com o Acontecimento, do que como a apropriação de um credo. Ela é também o sentimento estético, descodificação e desejo de transformação da história..."

Na oportunidade, os jovens animaram missas na paróquia São Brás, bairro Plataforma, na periferia de Salvador e participaram da festa da Nossa Senhora de Nazaré. Além disso, visitaram alguns lugares históricos de Salvador. O Festival terminou, mas a missão de jovens continua, unidos e fortes. "Somos jovens decididos caminhando pro Senhor, trabalhando para Cristo por amor. A nossa juventude nós usamos para o bem, vem se juntar a nós você também", cantavam enquanto se despediam.

Fonte: Mwanaasuu.

“On Death and Dying“

The idea of death makes one aware of one's life, one's vital being – that which is impermanent and will one day end.   When ...