07/12/2012

A LIBERDADE PROFÉTICA

Scritto da P. Joaquim Gonçalves, IMC
 A liberdade profética é o assunto da tese do padre Mário de Carli,
missionário da Consolata, apresentada no Instituto ITESP, em São
Paulo, nesta manhã, dia 28 de novembro.
Liberdade e profecia, segundo a tese do padre Mario, é parte
muito importante da visão teológica e missiológica do teólogo José
Comblin.  
A Igreja no Brasil deu passos importantes na sua
identificação com os pobres, mas não perseverou como se esperava nesse caminho por
timidez. Comblin se identificou, sobretudo, com os pobres do semiárido do Norte e
Nordeste. Foi nesse âmbito que idealizou um novo modelo de pastoral, um novo modelo
de formação e construiu o "seminário da enxada", onde os estudantes se preparavam
para a pastoral, se mantendo com o trabalho agrícola. Sua visão de Igreja combinava
bem com a visão de dom Hélder Câmera.

Para que a Igreja mostre que é livre e possa ter coragem de ser profeta, necessita
colocar-se a serviço do Espírito. O espírito incomoda, move e impulsiona.
No diálogo entre professores e o defensor da tese, foram sublinhados alguns aspetos
importantes da vida de Comblin. "Comblin foi amado por uns e rejeitado por outros, mas
nunca conseguiram pegá-lo em contradição. Era discreto, tímido, profundo e simples com
o povo". Padre Mário foi elogiado pela coragem de "arriscar e entrar num âmbito de
estudo difícil e ser capaz de se apropriar do pensamento teológico do Comblin".

A dimensão profética foi muito bem salientada tanto pelo defensor da tese como pelos
professores. De fato uma igreja para ser profética tem que ser livre dentro de si mesma,
mas para isso, todos os seus membros têm que ter consciência dessa liberdade que não
se submete aos desejos da carne. Enfim, todos concluíram que o padre José Comblin nos
deixou uma herança teológica importante que ainda não foi valorizada como merece ser.

cf.: Settimanale IMC – 97

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