23/10/2010

Bertaina’s killers sentenced to Life imprisonment.

KENYA: 2 to hang for killing Consolata Missionary Priest
The Consolata Missionaries are a consoled lot, two people have been convicted to hang by the High Court for the murder of 82 year old, Fr Giuseppe Bertaina on January 16, 2009.

Late Fr. Bertaina.
The two Felix Savayi Kwesha 27, a former student at the Consolata Institute of Philosophy and Mabel Kavati 46, a house help were sentenced to hang yesterday October 22, 2010. A co-accused of the two, Zablon Okonda Asitiba was acquitted for lack of evidence to link him to the murder.

While sentencing them, Justice Jessie Lessit said the two who initially presented themselves as beggars to the priest did not deserve mercy from the court.  “You turned violent on the old frail priest; you stuffed polythene papers into his mouth then strapped cello tape on his mouth.  As if that was not enough you strangled him then fled.  You deserve the death penalty.”

The judge rejected lawyer Mbiyu Kamau’s plea to sentence the accused to life imprisonment, saying the accused acted deliberately and violently, “Even if the law was to be considered their actions scare away mercy.”

In an interview with CISA, Fr Franco Cellana, the Regional Superior of the Consolata Missionaries who has been following the case closely expressed his satisfaction at the speed with which the case was concluded.

“The Consolata Missionaries have forgiven the two and their accomplices for their sins, but the law has to take its course.”  He went on.“The Consolata missionaries are grateful to Br Kenneth Wekesa and prosecutor Mrs. Lucy Waweru for their hard work in assisting with the investigations and their support towards the successful conclusion of the case.” Fr Cellana added.

“While the brutal murder of Fr Bertaina robbed the Consolata Missionaries and the people of Kenya a dedicated, generous and humble priest, we believe the sentencing of the two is a vindication of all the victims of violence, of extortions, of fear and oppression. We the Consolata Missionaries asked the High Court for justice, that it be a tribunal of rights for all, especially for the Catholic Church in Kenya where many Missionaries have lost their lives” Fr Cellana concluded

Fr. Giuseppe Bertaina was born in Cuneo, Italy in 1927 and was ordained missionary priest in 1951.  After his technical preparation in South Africa he arrived in Kenya in 1956.  Since then he served as a Principal of many schools, Nkubu secondary school (Meru), St. Paul’s High school- Kevote (Embu), Sagana Technical Training Institute (Muranga), Rector and Formator of Consolata Seminary- Lang’ata (Nairobi) and finally Rector and Administrator of Consolata Institute of Philosophy (Lang’ata) where he was killed.

There are other pending cases of missionaries who have been killed in various circumstances.  The most notable ones are those of Bishop Luigi Locati who was murdered in May 2005 and lately that of Fr Jeremy Roche, of St. Patricks Missionaries who was murdered in Kericho Diocese in December 2009.  The wheel of justice seems to be grinding slowly, but judging from that of Fr Bertaina, the wheel of Justice surely delivers.

Fonte: CISA - http://www.blogger.com/ / http://www.cisanewsafrica.org/

Um grande sonho não se realiza sozinho - Por Nestor de Almeida

Quando se sonha sozinho é apenas um sonho.
Quando se sonha juntos é o começo da realidade.
(D. Quixote)
Ao longo do tempo, tenho ouvido muita gente dizer que se alguém quiser vencer um grande desafio, tornar real um grande sonho, tem que se preparar adquirindo conhecimentos, desejar muito vencer, trabalhar muito e aproveitar bem todas as oportunidades. No entanto, sempre encontro pessoas que adquiriram muitos conhecimentos, desejaram muito, trabalharam e aproveitaram bem as oportunidades, até deixando de fazer muitas coisas que gostariam de fazer para se dedicar à realização de seus sonhos e no entanto, após muito tempo de dedicação, estão cansadas ,desmotivadas, com vontade de desistir de tudo e fazer qualquer coisa diferente, já que não conseguiram ver seus sonhos concretizados ou, até viram, mas por pouco tempo.

Por que será que isso acontece? O que falta para essas pessoas que parece que fizeram ou estão fazendo tudo certinho, no entanto não conseguem realizar seus objetivos como gostariam?

Pois bem! Talvez o que esteja faltando você encontrará no texto abaixo.

Vou contar a história real de uma pessoa que aqui vou chamar de Sr. Tavilson, para não revelar o nome verdadeiro. O Sr. Tavilson me contou a sua história e pediu que sempre que possível a contasse para que o mesmo não viesse acontecer com outras pessoas que investem tanto nos seus sonhos.

O Sr. Tavilson me disse que quando terminou o curso colegial, desejava ser um grande empresário no ramo da construção civil e para isso buscou fazer uma boa faculdade de engenharia e, antes de se formar já tinha em mãos o seu plano de negócio. Com o diploma nas mãos, começou a trabalhar dia e noite no seu projeto deixando de fazer muitas coisas que gostaria de estar fazendo com os amigos e familiares pois, naquele momento, o mais importante era a realização dos seus objetivos. No começo, as coisas até estavam caminhando muito bem e por muitas vezes era admirado e invejado por pessoas da família e até pelos amigos devido ao seu sucesso profissional. Muitas vezes chegou a ouvir as pessoas dizerem que ele era um exemplo de pessoa inteligente e determinada, que estava progredindo cada vez mais sem precisar da ajuda de ninguém.

Segundo o Sr. Tavilson, este tipo de elogio foi o início do seu fracasso, por dois motivos:

1º- Passou a se sentir auto-suficiente não precisando de ajuda ou opinião de ninguém. Afinal, para quê ajuda ou opinião dos outros, se estava se saindo muito bem no seu empreendimento agindo sózinho?

2º- Não aceitava e nem buscava apoio e opinião de ninguém, pois não queria dividir os louros da vitória. Afinal sempre tem aqueles que dizem que só chegamos aonde chegamos porque eles nos ajudaram, não é verdade? Ele não queria ouvir isso de ninguém.

O empreendimento do Sr. Tavilsom cresceu muito, ele perdeu o controle e começou a caminhar para a falência. Para todos, ele escondia o fracasso e mantinha a pompa que tudo estava às mil maravilhas, até que não teve jeito e teve que fechar as portas. Com vergonha do fracasso, mudou de cidade para não ver as pessoas olharem para ele e pensar:' ali está um egoista fracassado.'

Hoje o Sr. Tavilson está recomeçando, porém de maneira diferente. Está fazendo algo que recomendo a todos que têm um sonho a realizar, procurem fazer o mesmo. Ele escolheu um mentor, que tem por objetivo orientá-lo e cobrá-lo nas suas decisões.(Essa pessoa você também pode ter, ela tem que ser de sua confiança, pode ser um especialista do mercado, uma pessoa da sua família ou mesmo uma pessoa que você sabe que tem interesse no seu crescimento, que vai lhe orientar, dizer a verdade, vai cobrar e motivar quando for preciso). Hoje, ele procura , mesmo com dificuldade, dividir as vitórias e os fracassos com os outros, busca e ouve opinião das pessoas , e está sempre com o ouvido atento quando fala com as pessoas, por mais humilde que elas sejam, pois sabe que delas pode vir algo que vai ser muito importante para ajudá-lo a tornar seus sonhos realidade. E o mais importante de tudo, na minha opinião, é que hoje ele reconhece as qualidades das pessoas, elogia-as em público, costuma dar de presente uma pedrinha como símbolo de solidez da ajuda recebida e está pronto para ajudar quem precisa. Ele aprendeu com os próprios erros, e hoje, aceita todo tipo de colaboração possível que de uma maneira ou de outra vai contribuir para o seu sucesso. Afinal, UM GRANDE SONHO NÃO SE REALIZA SOZINHO, e com esse comportamento, está se reerguendo de sua maneira sólida.

Após ler o texto acima, em que você se parece com o Sr. Tavilson? Onde você se encaixa: na primeira ou na segunda parte da história?

Segundo Joseph F. Newton, as pessoas são solitárias porque constroem paredes ao invés de pontes. Portanto , se quer vencer, não basta buscar conhecimento, desejar, trabalhar muito e aproveitar todas as oportunidades. Precisa construir pontes que unam você a todos que possam lhe ajudar ou ser ajudados. Pense nisso e boa sorte.

Fonte: ADMINISTRADORES

21/10/2010

A Justiça Divina e a Missão de Santificação - Por Jacir de Freitas Farias

INTRODUÇÃO GERAL
Um fariseu santo e um publicano pecador. Um fariseu seguidor da Lei e um publicano que reconhece os seus erros. Dois personagens que rezam. Dois personagens que esperam. Um, a recompensa, e o outro, a misericórdia.


Hoje é o dia mundial das missões. Ousamo--nos perguntar: devemos recorrer sempre ao amor misericordioso de Deus ou simplesmente a prática da religião e da fé é garantia da salvação? Como ser testemunho da fé para aqueles que nunca ouviram falar de Jesus? É possível ser missionário para aqueles que já se dizem cristãos, mas que não vivem conforme o evangelho? Que relação existe entre justiça e missão? Alguém da comunidade conhece um missionário? Onde eles vivem? A essas duas últimas perguntas, uns poderão responder: conheço um padre que veio para o Brasil como missionário. Outros ainda dirão: lugar de missão é na África.
Missão é um substantivo que vem do latim (mittere) e significa enviar. Daí missus (missão) ser um enviado. Podemos falar de vários tipos de missão. No nosso caso, não estamos falando da missão de paz de um ministro x em um país y. Estamos falando de uma missão religiosa, que tem a ver com o evangelho. Um ser humano é enviado em nome de Deus para levar sua palavra a outros seres humanos que não a conhecem ou, atualizando, que pensam que a conhecem.

Num passado longínquo, a Igreja católica enviou missionários além-mar para levar a fé e a salvação anunciada por Jesus. O nosso país é fruto dessa intrépida ação que chegou às terras brasileiras com a cruz e a espada. Com o evangelho a bordo, o que desembarcava mesmo era a cultura cristã europeia. Por outro lado, é difícil desvencilhar uma da outra. Aos nativos restava uma única opção: aceitar ou aceitar a fé e a cultura dos missionários. Quando os nossos indígenas já estavam massacrados, os negros foram trazidos da África para serem domesticados na fé do novo mundo. O princípio missionário, a gasolina que movia os evangelizadores, era a certeza de que a semente do Verbo não estava presente nas culturas dominadas.
Em nossos dias, esse modo de evangelizar não é mais compatível. É consenso que toda cultura tem que ser valorizada. Além disso, evangelização é via de mão dupla. Toda comunidade e pessoas são missionárias, no sentido de anunciar o evangelho, sem mesmo nunca terem saído de suas cidades. Continua o desafio de evangelizar no além-mar, mas de modo diferente. Muitos brasileiros e brasileiras, outrora evangelizados, partem agora como missionários para a África e a Ásia.

Dando continuidade à nossa reflexão, ainda perguntemo-nos pelos valores que as leituras de hoje nos relembram como essenciais na evangelização. Vejamos.

COMENTÁRIOS DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. I leitura (Eclo 35,12-14.16-19): a justiça divina e a missão de santificação. A sabedoria bíblica tem no livro do Eclesiástico, dentre tantas temáticas, a da justiça divina, que aparece nesta primeira leitura e no evangelho. Ela tem a ver com o culto, mas, sobretudo, com o comportamento ético do ser humano. Deus não pode ser comprado com rituais, sacrifícios ou posição social. Deus é um justo juiz que não faz acepção de pessoas. Por outro lado, ele tem uma predileção especial pelos mais pobres e injustiçados da sociedade. Ele ouve a súplica, a oração do pobre, do órfão e das viúvas, os oprimidos da sociedade de então. Essa oração não ficará sem retorno.

A oração, realizada com sinceridade, é o caminho que conduz a Deus, que ouvirá com destreza a súplica do arrependido. A missão do povo de Deus é a de ser santo como Deus é santo. A santidade de Deus, na qual o judeu deve se inspirar, passa pela vivência e o anúncio da Sua justiça. Jesus, mais tarde, nessa mesma linha de reflexão, propõe aos seus ouvintes a parábola do fariseu e o publicano, que veremos a seguir.

2. Evangelho (Lc 18,9-14): o fariseu e o publicano diante da proposta de salvação. O evangelho deste domingo, assim como o do domingo passado, nos coloca em contraste dois anônimos personagens, o fariseu santo e o publicano pecador. O fariseu se enquadra bem na visão judaica de missão: levar a santificação para todos os povos. Como bom judeu, ele deve seguir a Lei para tornar-se um santo e exemplo para todos.

Os fariseus nasceram no período do governo asmoneu de João Hircano (135-104 a.E.C.). O grupo era composto de doutores da Lei, escribas, sacerdotes do terceiro escalão, pequenos comerciantes e artesãos. O projeto messiânico dos fariseus era o de fortalecer a Torá oral, a tradição. Negar o monopólio dos sacerdotes na interpretação da Torá. Combater a política profana dos sacerdotes-príncipes asmoneus. Interpretar de forma popular a Torá para o povo. Fariseu significa “separado” dos impuros, portanto, eles pretendiam fazer de Israel um povo santo, isto é, puro, na observância radical da Lei. Eles acreditavam na ressurreição e esperavam o Messias, que viria para restaurar o poder político e levar Israel ao cumprimento da Torá. O Messias chegaria no momento definido por Deus. Até que isso acontecesse, o povo devia se preparar, não seguindo o caminho indicado pelos asmoneus.
Com pouca influência no campo da política, os fariseus controlavam as sinagogas, que eram os lugares de estudo, oração e reunião do povo. Por serem fiéis observadores da Lei mosaica, os fariseus eram respeitados e amados pelo povo. No entanto, foi esse mesmo rigorismo que os distanciou das classes populares, fazendo com que eles não percebessem as necessidades e sofrimentos do povo diante do império romano. Os pobres não eram capazes de seguir o rigorismo proposto pelos fariseus e, por isso, foram deixados de lado. O fariseu era o símbolo do homem justo e reconhecido publicamente como tal. O famoso texto de Mt 24, que faz um estereótipo do fariseu, parece não ter sua origem na fala de Jesus, mas em brigas posteriores entre judeus e cristãos. Jesus tinha amigos fariseus. Com a guerra judaica (67-70 E.C.), o farisaísmo foi o único grupo judaico que permaneceu e perpetuou o judaísmo.

Os publicanos, por outro lado, eram pessoas escolhidas pelo império romano para cobrar impostos dos seus irmãos judeus e repassá-los ao império. Muitos deles, fazendo uso de tal privilégio, se enriqueciam na função, como no caso de Zaqueu. Para o povo, o nome de publicano era sinônimo de traidor, pecador público. O publicano do evangelho de hoje está numa outra dimensão, a da missão do cristianismo: ser receptor da misericórdia salvífica de Deus. A comunidade de Lucas deixou claro, neste texto e em outros, que a salvação é para todos, não somente para os judeus, aqui representados pelo fariseu. A salvação é mais ampla e passa pela justiça divina e sua misericórdia infinita.
Fariseu e publicano se encontram num contexto de oração, no templo de Jerusalém, lugar por excelência do encontro com Deus, lugar de oração pública e pessoal. O fariseu se gaba de ter ido além do que prescreviam os preceitos religiosos da Torá. Ele se diz não igual ao resto dos homens, todos ladrões, injustos eadúlteros, e, tampouco, como o publicano que ele vê ao seu lado. Ele paga dízimo e jejua duas vezes por semana. O fariseu se arvora no direito de ser juiz diante do publicano, coisa que só compete a Deus. O publicano se humilha e reconhece ser um grande pecador. Ele implora a misericórdia de Deus, batendo no peito.

Estranho na parábola é que o publicano pecador é que é o bom. Da boca de Jesus se ouve a afirmativa de que ele encontrará a sua salvação. A atitude de Jesus parece radical e impiedosa. E o ouvinte da parábola se pergunta: então, por que devo ser justo, se as obras não valem? A resposta a essa pergunta é a mesma das parábolas dos domingos anteriores: o que vale é a misericórdia de Deus e o seu julgamento. Deus é justo. Sua justiça se baseia numa relação ética entre seres humanos. A justiça revela quem cada um de nós somos. Se amo o meu próximo, sou justo diante de Deus. O grande erro do fariseu foi o de não amar o seu próximo, mas a si mesmo. Ele se julgava tão justo que nem precisava do julgamento de Deus. Ele se esqueceu de Deus e se colocou como juiz.
A parábola do evangelho de hoje ilumina nossa ação missionária na medida em que nos comprometemos a anunciar o evangelho da salvação para todos, reconhecendo nossa limitação e humanidade diante de Deus. Enquanto instituição formada por humanos, a igreja também faz o seu pedido de perdão pelos erros cometidos no seu passado missionário e pede a Deus, como o publicano, que a ilumine nos caminhos da missão evangelizadora, sem se deixar corromper pelo caminho da falsa religião.

3. II leitura (2Tm 4,6-8.16-18): Paulo fala de sua missão cumprida: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé” Estamos diante de umas das mais célebres frases atribuídas a Paulo. Ele afirma que combateu o bom combate, guardando a fé. Já no fim de sua missão apostólica, Paulo faz um balanço de sua vida missionária e percebe que valeu a pena anunciar Cristo ressuscitado. Ele faz um testamento de fé. Paulo, o maior dos missionários do cristianismo emergente, anunciou com firmeza, fé e esperança a proposta evangélica de Jesus. Jesus, que ele tampouco conhecera, mas que se revelou a ele como ressuscitado, no famoso episódio de Damasco (At 9,1-25).
A narrativa dessa segunda leitura é simples, mas cheia de simbolismo. Todos os missionários, assim como Paulo, são verdadeiros atletas que almejam o pódio. Ele e todos os que realizam a missão do anúncio do Reino de Deus receberão o prêmio da vitória. O pódio da vida em Deus, da justiça, já e ainda não. Deus é quem dá ao atleta da missão a coroa da vitória, a coroa da justiça misericordiosa. Pena que muitos desistem antes do fim, lamenta Paulo. Pena que seus amigos o abandonaram, quando estivera diante do tribunal. Eles o abandonaram, mas Deus não o abandonou e nem nos abandonará jamais. Ser missionário é um desafio constante. Testemunhar a fé é tarefa cotidiana. Viver a fé é um desafio ainda maior. Eis a grande mensagem complementar dessa segunda leitura.

PISTAS PARA REFLEXÃOO publicano são todos aqueles que, compartilhando com o sistema injusto, tomam consciência de seus erros e pedem perdão. Levar a comunidade a perceber as injustiças de nosso sistema e sua relação com a justiça divina. Perguntar se é possível ser justo em sistemas alicerçados na injustiça.
Convocar a comunidade a assumir atitudes missionárias em seu próprio ambiente geográfico, por meio da pregação e da vivência dos ensinamentos de Jesus. Como nos preparar para a morte, como Paulo, o grande missionário, que cumpriu com fé e perseverança a sua missão?
Santificação e salvação são dois modos encontrados no cristianismo e no judaísmo para expressarem a missão de todo o povo de Deus. Erros e acertos aconteceram historicamente. Como ser missionário hoje? Por que a justiça é o centro de nossa ação missionária, alicerçada na vida de oração.


20/10/2010

Mundo tem 57 mi de homens a mais que mulheres

Se você estava desanimada achando que faltava homem no mundo, um relatório divulgado hoje pela ONU traz uma ótima notícia: se você procurar no país certo, vai encontrar mais homens do que mulheres em algumas cidades!

De acordo com o relatório divulgado em Nova York a população mundial triplicou, entre 1950 e 2010, chegando a quase sete bilhões de pessoas. Neste total, há aproximadamente 57 milhões de homens a mais do que mulheres em todo o mundo.
O documento apresenta ainda que o predomínio do número de homens sobre as mulheres é evidenciado em países mais populosos como a China e a Índia. No segundo, por exemplo, são 107 homens para cada 100 mulheres.
Já na Europa a situação é inversa, lá existem mais mulheres que homens. No Leste Europeu são 88 para cada 100 e em outras partes da do continente os índices chegam a 96 para cada 100.
E por aqui? Na América do Sul são 98 homens para cada 100 mulheres. Embora o número em nosso continente ainda seja inferior, à tendência parece ser de que estes dados se encontrem em um futuro próximo, e assim, o número de homens e mulheres se igualem aos países asiáticos citados acima.

No entanto, vale lembrar que a expectativa de vida do sexo masculino é menor se comparada às mulheres, então é preciso que eles cuidem de sua saúde para estar sempre ao lado de seu par ideal.

Fonte: Paraná Online

Europa mantém posto de principal berço de novos cardeais designados pelo papa Bento XVI

A designação de 24 novos cardeais pelo papa Bento XVI nesta quarta-feira dá continuidade ao velho equilíbrio regional no seio da Igreja Católica, com o predomínio dos europeus, sobretudo italianos, e um reconhecimento à África.

Entre os nomeados, 20 têm direito a eleger um novo pontífice em caso de Conclave, e receberão o anel cardinalício durante o terceiro Consistório do atual pontificado, que acontecerá nos dias 20 e 21 de novembro.

Na lista dos novos 'ministros' da Igreja figuram ainda dois sul-americanos: o brasileiro Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, e o equatoriano Raúl Vela Chiriboga, arcebispo de Quito.

Mesmo assim, predominam religiosos oriundos do velho continente: dos 24 apontados por Bento XVI, 15 são europeus, sendo 10 italianos, dois alemães, um suíço, um polonês e um espanhol.

Outros dois são americanos, um é do Sri Lanka e quatro são da África, continente que o Papa elegeu como uma das prioridades de seu pontificado, iniciado em 2005.

Dos 24 novos cardeais, 20 têm direito a participar da escolha do novo Papa em caso de Conclave após a morte do atual pontífice. Quatro deles, no entanto, têm mais de 80 anos de idade, e por isso não podem votar.

Com as novas designações, o número de cardeais com direito a voto no Conclave chega a 121, um além do limite fixado por Paulo VI e poucas vezes ultrapassado por João Paulo II.

O vaticanista Marco Politi estimou que a escolha dos quatro cardeais africanos, todos com voto no Conclave, "é um sinal para a África, e um reconhecimento da vitalidade de sua Igreja".

São eles: o guineano Robert Sarah, secretário da Propaganda Fide, o egípcio Antonios Naguib, patriarca de Alexandria dos Coptas, o congolês Laurent Monsengwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa, e o zambiano Medardo Joseph Mazombwe, arcebispo emérito de Lusaka.

"É um reconhecimento à igreja africana, que cresceu nos últimos anos tanto em número de sacerdotes quanto em número de fiéis", disse à AFP Gianni Cardinale, do jornal dos bispos italianos Avvenire.

A lista "reflete a universalidade da Igreja, já que (os novos cardeais) provêm de vários lugares do mundo e cumprem tarefas diferentes", destacou Bento XVI.

Boa parte dos novos cardeais ocupa cargos em entidades da Cúria Romana, entre eles os italianos Angelo Amato, prefeito para a Causa dos Santos, Fortunato Baldelli, Penitenciário Naior, Francesco Monterisi, arcebispo da basílica papal de São Paulo Extra Muros em Roma, Mauro Piacenza, prefeito para o Clero, Gianfranco Ravasi, "ministro da cultura" da Santa Sé, e Paolo Sardi, pró-patrono da Ordem de Malta.

Entre os americanos, Raymond Leo Burke é prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, enquanto Donald William Wuerl é arcebispo de Washington.

Além dos novos cardeais, o Papa Bento XVI também anunciou a nomeação de novos bispos para as dioceses de Foz do Iguaçu e Palmas, de acordo com a assessoria de imprensa do Vaticano.

O Pontífice nomeou como novo bispo de Foz do Iguaçu o monsenhor Dirceu Vegini, de 58 anos, que já foi bispo de Puzia di Bizacena e Auxiliar de Curitiba.

O novo bispo, sacerdote desde 1984, formado em teologia na Universidade Gregoriana de Roma, substitui o monsenhor Laurindo Guizzardi, que se aposenta.

Bento XVI também designou como arcebispo de Palmas o monsenhor Pedro Brito Guimarães, 56 anos, que também se formou em teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana alcançando o título em teologia dogmática.

Fonte: Terra

19/10/2010

Pope's Letter to the Seminarians

Dear Seminarians,

When in December 1944 I was drafted for military service, the company commander asked each of us what we planned to do in the future. I answered that I wanted to become a Catholic priest. The lieutenant replied: "Then you ought to look for something else. In the new Germany priests are no longer needed". I knew that this "new Germany" was already coming to an end, and that, after the enormous devastation which that madness had brought upon the country, priests would be needed more than ever. Today the situation is completely changed. In different ways, though, many people nowadays also think that the Catholic priesthood is not a "job" for the future, but one that belongs more to the past.

You, dear friends, have decided to enter the seminary and to prepare for priestly ministry in the Catholic Church in spite of such opinions and objections. You have done a good thing. Because people will always have need of God, even in an age marked by technical mastery of the world and globalization: they will always need the God who has revealed himself in Jesus Christ, the God who gathers us together in the universal Church in order to learn with him and through him life’s true meaning and in order to uphold and apply the standards of true humanity.

Where people no longer perceive God, life grows empty; nothing is ever enough. People then seek escape in euphoria and violence; these are the very things that increasingly threaten young people. God is alive. He has created every one of us and he knows us all. He is so great that he has time for the little things in our lives: "Every hair of your head is numbered". God is alive, and he needs people to serve him and bring him to others. It does makes sense to become a priest: the world needs priests, pastors, today, tomorrow and always, until the end of time.

The seminary is a community journeying towards priestly ministry. I have said something very important here: one does not become a priest on one’s own. The "community of disciples" is essential, the fellowship of those who desire to serve the greater Church. In this letter I would like to point out – thinking back to my own time in the seminary – several elements which I consider important for these years of your journeying.

1. Anyone who wishes to become a priest must be first and foremost a "man of God", to use the expression of Saint Paul (1 Tim 6:11). For us God is not some abstract hypothesis; he is not some stranger who left the scene after the "big bang". God has revealed himself in Jesus Christ. In the face of Jesus Christ we see the face of God. In his words we hear God himself speaking to us. It follows that the most important thing in our path towards priesthood and during the whole of our priestly lives is our personal relationship with God in Jesus Christ. The priest is not the leader of a sort of association whose membership he tries to maintain and expand. He is God’s messenger to his people. He wants to lead them to God and in this way to foster authentic communion between all men and women. That is why it is so important, dear friends, that you learn to live in constant intimacy with God. When the Lord tells us to "pray constantly", he is obviously not asking us to recite endless prayers, but urging us never to lose our inner closeness to God. Praying means growing in this intimacy. So it is important that our day should begin and end with prayer; that we listen to God as the Scriptures are read; that we share with him our desires and our hopes, our joys and our troubles, our failures and our thanks for all his blessings, and thus keep him ever before us as the point of reference for our lives. In this way we grow aware of our failings and learn to improve, but we also come to appreciate all the beauty and goodness which we daily take for granted and so we grow in gratitude. With gratitude comes joy for the fact that God is close to us and that we can serve him.

2. For us God is not simply Word. In the sacraments he gives himself to us in person, through physical realities. At the heart of our relationship with God and our way of life is the Eucharist. Celebrating it devoutly, and thus encountering Christ personally, should be the centre of all our days. In Saint Cyprian’s interpretation of the Gospel prayer, "Give us this day our daily bread", he says among other things that "our" bread – the bread which we receive as Christians in the Church – is the Eucharistic Lord himself. In this petition of the Our Father, then, we pray that he may daily give us "our" bread; and that it may always nourish our lives; that the Risen Christ, who gives himself to us in the Eucharist, may truly shape the whole of our lives by the radiance of his divine love. The proper celebration of the Eucharist involves knowing, understanding and loving the Church’s liturgy in its concrete form. In the liturgy we pray with the faithful of every age – the past, the present and the future are joined in one great chorus of prayer. As I can state from personal experience, it is inspiring to learn how it all developed, what a great experience of faith is reflected in the structure of the Mass, and how it has been shaped by the prayer of many generations.

3. The sacrament of Penance is also important. It teaches me to see myself as God sees me, and it forces me to be honest with myself. It leads me to humility. The Curé of Ars once said: "You think it makes no sense to be absolved today, because you know that tomorrow you will commit the same sins over again. Yet," he continues, "God instantly forgets tomorrow’s sins in order to give you his grace today." Even when we have to struggle continually with the same failings, it is important to resist the coarsening of our souls and the indifference which would simply accept that this is the way we are. It is important to keep pressing forward, without scrupulosity, in the grateful awareness that God forgives us ever anew – yet also without the indifference that might lead us to abandon altogether the struggle for holiness and self-improvement. Moreover, by letting myself be forgiven, I learn to forgive others. In recognizing my own weakness, I grow more tolerant and understanding of the failings of my neighbour.

4. I urge you to retain an appreciation for popular piety, which is different in every culture yet always remains very similar, for the human heart is ultimately one and the same. Certainly, popular piety tends towards the irrational, and can at times be somewhat superficial. Yet it would be quite wrong to dismiss it. Through that piety, the faith has entered human hearts and become part of the common patrimony of sentiments and customs, shaping the life and emotions of the community. Popular piety is thus one of the Church’s great treasures. The faith has taken on flesh and blood. Certainly popular piety always needs to be purified and refocused, yet it is worthy of our love and it truly makes us into the "People of God".

5. Above all, your time in the seminary is also a time of study. The Christian faith has an essentially rational and intellectual dimension. Were it to lack that dimension, it would not be itself. Paul speaks of a "standard of teaching" to which we were entrusted in Baptism (Rom 6:17). All of you know the words of Saint Peter which the medieval theologians saw as the justification for a rational and scientific theology: "Always be ready to make your defence to anyone who demands from you an ‘accounting’ (logos) for the hope that is in you" (1 Pet 3:15). Learning how to make such a defence is one of the primary responsibilities of your years in the seminary. I can only plead with you: Be committed to your studies! Take advantage of your years of study! You will not regret it. Certainly, the subjects which you are studying can often seem far removed from the practice of the Christian life and the pastoral ministry. Yet it is completely mistaken to start questioning their practical value by asking: Will this be helpful to me in the future? Will it be practically or pastorally useful? The point is not simply to learn evidently useful things, but to understand and appreciate the internal structure of the faith as a whole, so that it can become a response to people’s questions, which on the surface change from one generation to another yet ultimately remain the same. For this reason it is important to move beyond the changing questions of the moment in order to grasp the real questions, and so to understand how the answers are real answers. It is important to have a thorough knowledge of sacred Scripture as a whole, in its unity as the Old and the New Testaments: the shaping of texts, their literary characteristics, the process by which they came to form the canon of sacred books, their dynamic inner unity, a unity which may not be immediately apparent but which in fact gives the individual texts their full meaning. It is important to be familiar with the Fathers and the great Councils in which the Church appropriated, through faith-filled reflection, the essential statements of Scripture. I could easily go on. What we call dogmatic theology is the understanding of the individual contents of the faith in their unity, indeed, in their ultimate simplicity: each single element is, in the end, only an unfolding of our faith in the one God who has revealed himself to us and continues to do so. I do not need to point out the importance of knowing the essential issues of moral theology and Catholic social teaching. The importance nowadays of ecumenical theology, and of a knowledge of the different Christian communities, is obvious; as is the need for a basic introduction to the great religions, to say nothing of philosophy: the understanding of that human process of questioning and searching to which faith seeks to respond. But you should also learn to understand and – dare I say it – to love canon law, appreciating how necessary it is and valuing its practical applications: a society without law would be a society without rights. Law is the condition of love. I will not go on with this list, but I simply say once more: love the study of theology and carry it out in the clear realization that theology is anchored in the living community of the Church, which, with her authority, is not the antithesis of theological science but its presupposition. Cut off from the believing Church, theology would cease to be itself and instead it would become a medley of different disciplines lacking inner unity.

6. Your years in the seminary should also be a time of growth towards human maturity. It is important for the priest, who is called to accompany others through the journey of life up to the threshold of death, to have the right balance of heart and mind, reason and feeling, body and soul, and to be humanly integrated. To the theological virtues the Christian tradition has always joined the cardinal virtues derived from human experience and philosophy, and, more generally, from the sound ethical tradition of humanity. Paul makes this point this very clearly to the Philippians: "Finally, brothers, whatever is true, whatever is honourable, whatever is just, whatever is pure, whatever is pleasing, whatever is commendable, if there is any excellence and if there is anything worthy of praise, think about these things" (4:8). This also involves the integration of sexuality into the whole personality. Sexuality is a gift of the Creator yet it is also a task which relates to a person’s growth towards human maturity. When it is not integrated within the person, sexuality becomes banal and destructive. Today we can see many examples of this in our society. Recently we have seen with great dismay that some priests disfigured their ministry by sexually abusing children and young people. Instead of guiding people to greater human maturity and setting them an example, their abusive behaviour caused great damage for which we feel profound shame and regret. As a result of all this, many people, perhaps even some of you, might ask whether it is good to become a priest; whether the choice of celibacy makes any sense as a truly human way of life. Yet even the most reprehensible abuse cannot discredit the priestly mission, which remains great and pure. Thank God, all of us know exemplary priests, men shaped by their faith, who bear witness that one can attain to an authentic, pure and mature humanity in this state and specifically in the life of celibacy. Admittedly, what has happened should make us all the more watchful and attentive, precisely in order to examine ourselves earnestly, before God, as we make our way towards priesthood, so as to understand whether this is his will for me. It is the responsibility of your confessor and your superiors to accompany you and help you along this path of discernment. It is an essential part of your journey to practise the fundamental human virtues, with your gaze fixed on the God who has revealed himself in Christ, and to let yourselves be purified by him ever anew.

7. The origins of a priestly vocation are nowadays more varied and disparate than in the past. Today the decision to become a priest often takes shape after one has already entered upon a secular profession. Often it grows within the Communities, particularly within the Movements, which favour a communal encounter with Christ and his Church, spiritual experiences and joy in the service of the faith. It also matures in very personal encounters with the nobility and the wretchedness of human existence. As a result, candidates for the priesthood often live on very different spiritual continents. It can be difficult to recognize the common elements of one’s future mandate and its spiritual path. For this very reason, the seminary is important as a community which advances above and beyond differences of spirituality. The Movements are a magnificent thing. You know how much I esteem them and love them as a gift of the Holy Spirit to the Church. Yet they must be evaluated by their openness to what is truly Catholic, to the life of the whole Church of Christ, which for all her variety still remains one. The seminary is a time when you learn with one another and from one another. In community life, which can at times be difficult, you should learn generosity and tolerance, not only bearing with, but also enriching one another, so that each of you will be able to contribute his own gifts to the whole, even as all serve the same Church, the same Lord. This school of tolerance, indeed, of mutual acceptance and mutual understanding in the unity of Christ’s Body, is an important part of your years in the seminary.

Dear seminarians, with these few lines I have wanted to let you know how often I think of you, especially in these difficult times, and how close I am to you in prayer. Please pray for me, that I may exercise my ministry well, as long as the Lord may wish. I entrust your journey of preparation for priesthood to the maternal protection of Mary Most Holy, whose home was a school of goodness and of grace. May Almighty God bless you all, the Father, the Son and the Holy Spirit.

From the Vatican, 18 October 2010, the Feast of Saint Luke the Evangelist.

Yours devotedly in the Lord,

BENEDICTUS PP. XVI

18/10/2010

Carta de Bento XVI aos seminaristas - Papa Bento XVI

Queridos Seminaristas,
Em Dezembro de 1944, quando fui chamado para o serviço militar, o comandante de companhia perguntou a cada um de nós a profissão que sonhava ter no futuro. Respondi que queria tornar-me sacerdote católico. O subtenente replicou: Nesse caso, convém-lhe procurar outra coisa qualquer; na nova Alemanha, já não há necessidade de padres. Eu sabia que esta «nova Alemanha» estava já no fim e que, depois das enormes devastações causadas por aquela loucura no país, mais do que nunca haveria necessidade de sacerdotes.

Hoje, a situação é completamente diversa; porém de vários modos, mesmo em nossos dias, muitos pensam que o sacerdócio católico não seja uma «profissão» do futuro, antes pertenceria já ao passado. Contrariando tais objecções e opiniões, vós, queridos amigos, decidistes-vos a entrar no Seminário, encaminhando-vos assim para o ministério sacerdotal na Igreja Católica. E fizestes bem, porque os homens sempre terão necessidade de Deus - mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização -, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d'Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade. Sempre que o homem deixa de ter a noção de Deus, a vida torna-se vazia; tudo é insuficiente. Depois o homem busca refúgio na alienação ou na violência, ameaça esta que recai cada vez mais sobre a própria juventude. Deus vive; criou cada um de nós e, por conseguinte, conhece a todos. É tão grande que tem tempo para as nossas coisas mais insignificantes: «Até os cabelos da vossa cabeça estão contados». Deus vive, e precisa de homens que vivam para Ele e O levem aos outros. Sim, tem sentido tornar-se sacerdote: o mundo tem necessidade de sacerdotes, de pastores hoje, amanhã e sempre enquanto existir.

O Seminário é uma comunidade que caminha para o serviço sacerdotal. Nestas palavras, disse já algo de muito importante: uma pessoa não se torna sacerdote, sozinha. É necessária a «comunidade dos discípulos», o conjunto daqueles que querem servir a Igreja de todos. Com esta carta, quero evidenciar - olhando retrospectivamente também para o meu tempo de Seminário - alguns elementos importantes para o vosso caminho a fazer nestes anos.

1. Quem quer tornar-se sacerdote, deve ser sobretudo um «homem de Deus», como o apresenta São Paulo (1 Tm 6, 11). Para nós, Deus não é uma hipótese remota, não é um desconhecido que se retirou depois do «big-bang». Deus mostrou-Se em Jesus Cristo. No rosto de Jesus Cristo, vemos o rosto de Deus. Nas suas palavras, ouvimos o próprio Deus a falar connosco. Por isso, o elemento mais importante no caminho para o sacerdócio e ao longo de toda a vida sacerdotal é a relação pessoal com Deus em Jesus Cristo. O sacerdote não é o administrador de uma associação qualquer, cujo número de membros se procura manter e aumentar. É o mensageiro de Deus no meio dos homens; quer conduzir a Deus, e assim fazer crescer também a verdadeira comunhão dos homens entre si. Por isso, queridos amigos, é muito importante aprenderdes a viver em permanente contacto com Deus. Quando o Senhor fala de «orar sempre», naturalmente não pede para estarmos continuamente a rezar por palavras, mas para conservarmos sempre o contacto interior com Deus. Exercitar-se neste contacto é o sentido da nossa oração. Por isso, é importante que o dia comece e acabe com a oração; que escutemos Deus na leitura da Sagrada Escritura; que Lhe digamos os nossos desejos e as nossas esperanças, as nossas alegrias e sofrimentos, os nossos erros e o nosso agradecimento por cada coisa bela e boa, e que deste modo sempre O tenhamos diante dos nossos olhos como ponto de referência da nossa vida. Assim tornamo-nos sensíveis aos nossos erros e aprendemos a trabalhar para nos melhorarmos; mas tornamo-nos sensíveis também a tudo o que de belo e bom recebemos habitualmente cada dia, e assim cresce a gratidão. E, com a gratidão, cresce a alegria pelo facto de que Deus está perto de nós e podemos servi-Lo.

2. Para nós, Deus não é só uma palavra. Nos sacramentos, dá-Se pessoalmente a nós, através de elementos corporais. O centro da nossa relação com Deus e da configuração da nossa vida é a Eucaristia; celebrá-la com íntima participação e assim encontrar Cristo em pessoa deve ser o centro de todas as nossas jornadas. Para além do mais, São Cipriano interpretou a súplica do Evangelho «o pão nosso de cada dia nos dai hoje», dizendo que o pão «nosso», que, como cristãos, podemos receber na Igreja, é precisamente Jesus eucarístico. Por conseguinte, na referida súplica do Pai Nosso, pedimos que Ele nos conceda cada dia este pão «nosso»; que o mesmo seja sempre o alimento da nossa vida, que Cristo ressuscitado, que Se nos dá na Eucaristia, plasme verdadeiramente toda a nossa vida com o esplendor do seu amor divino. Para uma recta celebração eucarística, é necessário aprendermos também a conhecer, compreender e amar a liturgia da Igreja na sua forma concreta. Na liturgia, rezamos com os fiéis de todos os séculos; passado, presente e futuro encontram-se num único grande coro de oração. A partir do meu próprio caminho, posso afirmar que é entusiasmante aprender a compreender pouco a pouco como tudo isto foi crescendo, quanta experiência de fé há na estrutura da liturgia da Missa, quantas gerações a formaram rezando.

3. Importante é também o sacramento da Penitência. Ensina a olhar-me do ponto de vista de Deus e obriga-me a ser honesto comigo mesmo; leva-me à humildade. Uma vez o Cura d'Ars disse: Pensais que não tem sentido obter a absolvição hoje, sabendo entretanto que amanhã fareis de novo os mesmos pecados. Mas - assim disse ele - o próprio Deus neste momento esquece os vossos pecados de amanhã, para vos dar a sua graça hoje. Embora tenhamos de lutar continuamente contra os mesmos erros, é importante opor-se ao embrutecimento da alma, à indiferença que se resigna com o facto de sermos feitos assim. Na grata certeza de que Deus me perdoa sempre de novo, é importante continuar a caminhar, sem cair em escrúpulos mas também sem cair na indiferença, que já não me faria lutar pela santidade e o aperfeiçoamento. E, deixando-me perdoar, aprendo também a perdoar aos outros; reconhecendo a minha miséria, também me torno mais tolerante e compreensivo com as fraquezas do próximo.

4. Mantende em vós também a sensibilidade pela piedade popular, que, apesar de diversa em todas as culturas, é sempre também muito semelhante, porque, no fim de contas, o coração do homem é o mesmo. É certo que a piedade popular tende para a irracionalidade e, às vezes, talvez mesmo para a exterioridade. No entanto, excluí-la, é completamente errado. Através dela, a fé entrou no coração dos homens, tornou-se parte dos seus sentimentos, dos seus costumes, do seu sentir e viver comum. Por isso a piedade popular é um grande património da Igreja. A fé fez-se carne e sangue. Seguramente a piedade popular deve ser sempre purificada, referida ao centro, mas merece a nossa estima; de modo plenamente real, ela faz de nós mesmos «Povo de Deus».

5. O tempo no Seminário é também e sobretudo tempo de estudo. A fé cristã possui uma dimensão racional e intelectual, que lhe é essencial. Sem tal dimensão, a fé deixaria de ser ela mesma. Paulo fala de uma «norma da doutrina», à qual fomos entregues no Baptismo (Rm 6, 17). Todos vós conheceis a frase de São Pedro, considerada pelos teólogos medievais como a justificação para uma teologia elaborada racional e cientificamente: «Sempre prontos a responder (...) a todo aquele que vos perguntar "a razão" (logos) da vossa esperança» (1 Ped 3, 15). Adquirir a capacidade para dar tais respostas é uma das principais funções dos anos de Seminário. Tudo o que vos peço insistentemente é isto: Estudai com empenho! Fazei render os anos do estudo! Não vos arrependereis. É certo que muitas vezes as matérias de estudo parecem muito distantes da prática da vida cristã e do serviço pastoral. Mas é completamente errado pôr-se imediatamente e sempre a pergunta pragmática: Poderá isto servir-me no futuro? Terá utilidade prática, pastoral? É que não se trata apenas de aprender as coisas evidentemente úteis, mas de conhecer e compreender a estrutura interna da fé na sua totalidade, de modo que a mesma se torne resposta às questões dos homens, os quais, do ponto de vista exterior, mudam de geração em geração e todavia, no fundo, permanecem os mesmos. Por isso, é importante ultrapassar as questões volúveis do momento para se compreender as questões verdadeiras e próprias e, deste modo, perceber também as respostas como verdadeiras respostas. É importante conhecer a fundo e integralmente a Sagrada Escritura, na sua unidade de Antigo e Novo Testamento: a formação dos textos, a sua peculiaridade literária, a gradual composição dos mesmos até se formar o cânon dos livros sagrados, a unidade dinâmica interior que não se nota à superfície, mas é a única que dá a todos e cada um dos textos o seu pleno significado. É importante conhecer os Padres e os grandes Concílios, onde a Igreja assimilou, reflectindo e acreditando, as afirmações essenciais da Escritura. E poderia continuar assim: aquilo que designamos por dogmática é a compreensão dos diversos conteúdos da fé na sua unidade, mais ainda, na sua derradeira simplicidade, pois cada um dos detalhes, no fim de contas, é apenas explanação da fé no único Deus, que Se manifestou e continua a manifestar-Se a nós. Que é importante conhecer as questões essenciais da teologia moral e da doutrina social católica, não será preciso que vo-lo diga expressamente. Quão importante seja hoje a teologia ecuménica, conhecer as várias comunidade cristãs, é evidente; e o mesmo se diga da necessidade duma orientação fundamental sobre as grandes religiões e, não menos importante, sobre a filosofia: a compreensão daquele indagar e questionar humano ao qual a fé quer dar resposta. Mas aprendei também a compreender e - ouso dizer - a amar o direito canónico na sua necessidade intrínseca e nas formas da sua aplicação prática: uma sociedade sem direito seria uma sociedade desprovida de direitos. O direito é condição do amor. Agora não quero continuar o elenco, mas dizer-vos apenas e uma vez mais: Amai o estudo da teologia e segui-o com diligente sensibilidade para ancorardes a teologia à comunidade viva da Igreja, a qual, com a sua autoridade, não é um pólo oposto à ciência teológica, mas o seu pressuposto. Sem a Igreja que crê, a teologia deixa de ser ela própria e torna-se um conjunto de disciplinas diversas sem unidade interior.

6. Os anos no Seminário devem ser também um tempo de maturação humana. Para o sacerdote, que terá de acompanhar os outros ao longo do caminho da vida e até às portas da morte, é importante que ele mesmo tenha posto em justo equilíbrio coração e intelecto, razão e sentimento, corpo e alma, e que seja humanamente «íntegro». Por isso, a tradição cristã sempre associou às «virtudes teologais» as «virtudes cardeais», derivadas da experiência humana e da filosofia, e também em geral a sã tradição ética da humanidade. Di-lo, de maneira muito clara, Paulo aos Filipenses: «Quanto ao resto, irmãos, tudo o que é verdadeiro, nobre e justo, tudo o que é puro, amável e de boa reputação, tudo o que é virtude e digno de louvor, isto deveis ter no pensamento» (4, 8). Faz parte deste contexto também a integração da sexualidade no conjunto da personalidade. A sexualidade é um dom do Criador, mas também uma função que tem a ver com o desenvolvimento do próprio ser humano. Quando não é integrada na pessoa, a sexualidade torna-se banal e ao mesmo tempo destrutiva. Vemos isto, hoje, em muitos exemplos da nossa sociedade. Recentemente, tivemos de constatar com grande mágoa que sacerdotes desfiguraram o seu ministério, abusando sexualmente de crianças e adolescentes. Em vez de levar as pessoas a uma humanidade madura e servir-lhes de exemplo, com os seus abusos provocaram devastações, pelas quais sentimos profunda pena e desgosto. Por causa de tudo isto, pode ter-se levantado em muitos, e talvez mesmo em vós próprios, esta questão: se é bom fazer-se sacerdote, se o caminho do celibato é sensato como vida humana. Mas o abuso, que há que reprovar profundamente, não pode desacreditar a missão sacerdotal, que permanece grande e pura. Graças a Deus, todos conhecemos sacerdotes convincentes, plasmados pela sua fé, que testemunham que, neste estado e precisamente na vida celibatária, é possível chegar a uma humanidade autêntica, pura e madura. Entretanto o sucedido deve tornar-nos mais vigilantes e solícitos, levando precisamente a interrogarmo-nos cuidadosamente a nós mesmos diante de Deus ao longo do caminho rumo ao sacerdócio, para compreender se este constitui a sua vontade para mim. É função dos padres confessores e dos vossos superiores acompanhar-vos e ajudar-vos neste percurso de discernimento. É um elemento essencial do vosso caminho praticar as virtudes humanas fundamentais, mantendo o olhar fixo em Deus que Se manifestou em Cristo, e deixar-se incessantemente purificar por Ele.

7. Hoje os princípios da vocação sacerdotal são mais variados e distintos do que nos anos passados. Muitas vezes a decisão para o sacerdócio desponta nas experiências de uma profissão secular já assumida. Frequentemente cresce nas comunidades, especialmente nos movimentos, que favorecem um encontro comunitário com Cristo e a sua Igreja, uma experiência espiritual e a alegria no serviço da fé. A decisão amadurece também em encontros muito pessoais com a grandeza e a miséria do ser humano. Deste modo os candidatos ao sacerdócio vivem muitas vezes em continentes espirituais completamente diversos; poderá ser difícil reconhecer os elementos comuns do futuro mandato e do seu itinerário espiritual. Por isso mesmo, o Seminário é importante como comunidade em caminho que está acima das várias formas de espiritualidade. Os movimentos são uma realidade magnífica; sabeis quanto os aprecio e amo como dom do Espírito Santo à Igreja. Mas devem ser avaliados segundo o modo como todos se abrem à realidade católica comum, à vida da única e comum Igreja de Cristo que permanece uma só em toda a sua variedade.
O Seminário é o período em que aprendeis um com o outro e um do outro. Na convivência, por vezes talvez difícil, deveis aprender a generosidade e a tolerância não só suportando-vos mutuamente, mas também enriquecendo-vos um ao outro, de modo que cada um possa contribuir com os seus dotes peculiares para o conjunto, enquanto todos servem a mesma Igreja, o mesmo Senhor. Esta escola da tolerância, antes do aceitar-se e compreender-se na unidade do Corpo de Cristo, faz parte dos elementos importantes dos anos de Seminário.

Queridos seminaristas! Com estas linhas, quis mostrar-vos quanto penso em vós precisamente nestes tempos difíceis e quanto estou unido convosco na oração. Rezai também por mim, para que possa desempenhar bem o meu serviço, enquanto o Senhor quiser. Confio o vosso caminho de preparação para o sacerdócio à protecção materna de Maria Santíssima, cuja casa foi escola de bem e de graça. A todos vos abençoe Deus omnipotente Pai, Filho e Espírito Santo.

Vaticano, 18 de Outubro - Festa de São Lucas, Evangelista - do ano 2010.

Vosso no Senhor

Papa Bento XVI.

Fonte: Vaticano

QUÊNIA - Em andamento o encontro em favor de direitos iguais entre os gêneros

Acaba de ser lançado em Nairóbi o fórum ‘African Women’s Decade’ em que participam delegadas de todo o mundo. O evento, que vai durar seis dias, verá também a União Africana (UA) se empenhar numa maciça campanha para fortalecer 530 iniciativas de base mantidas pelas mulheres até 2020, com o objetivo de apoiar pelo menos 53 projetos por ano de igualdade de gênero e responder ao tema da abordagem da década 'Grassroots approach to gender equality".
O ministro do Gender, Children and Social Development, Naomi Shaban, numa declaração a uma agência local, disse que todo o continente africano tem necessidade de implementar medidas concretas para promover a igualdade entre os sexos. Ao continuar a ignorar o problema das mulheres na África, não poderá nunca se desenvolver rapidamente.

A conferência tem como objetivo rever os progressos realizados a este respeito, e desenvolver ações concretas para acelerar a implementação e cumprimento de metas articuladas em várias declarações, convenções e protocolos.

A ‘African Women’s Decade’ foi lançada pela ‘African Union’s Women and Gender Development Directorate’ e aprovada no mês de outubro de 2009 pelos chefes de Estado da UA, dando aos Estados membros até 2020 para alcançar uma representação equilibrada de mulheres e homens na política e cargos de decisão.

Fonte: Agência Fides.

Não usar o Altar para fazer política! - Carta por Pe. Brígido

Ao Revmº Srº. Pe. José Augusto

Pe. José Augusto, o senhor cometeu uma falta com a ética e com a Igreja. Somos orientados pela Igreja a não usar o Altar para fazer política e assim estamos nos procedendo, muitos que estão apoiando a Dilma.

Ninguém é obrigado a seguir o pensamento do outro, e não podemos impor o nosso pensamento. O senhor pode ter as suas idéias e concordo que as tenha, pois antes de ser Presbítero, o senhor é um cidadão, mas usar uma estrutura que é sustentada pelo povo para denegrir de forma caluniosa uma pessoa, não é correto. Vocês padres da Canção Nova muitas vezes se julgam acima de todos os padres do Brasil, se sentem superiores, são santos.
 
Pergunto:

Qual o contato que vocês têm com o povão? Os pobres mesmo.Nenhum, porque vocês não vão ao encontro deles, é o contrario, o povo é que vai ao encontro de vocês.
 
Faço um convite para vocês, venham passar um mês aqui conosco, visitando nossas comunidades carentes, andando de carro 90 km ou mais para chegar em algumas comunidades, não é asfalto. É chão mesmo, comer poeira. Os senhores não têm alergia? Aqui nós não utilizamos ainda avião para irmos visitar as nossas comunidades. Os senhores fazem viagem longa de carro?

Andando pelas comunidades nós percebemos o antes e o agora. O que era no tempo do FHC e o que é hoje, e para onde podemos caminhar.

Até poucos dias admirava o trabalho de vocês, mas fiquei decepcionado, quando fui chamado de covarde, de bando de aproveitadores da graça de Deus. Faço parte dos 18 mil padres do Brasil, garanto para o senhor não sou, nem serei covarde. Tenho 9 anos de Presbítero, 35 anos de idade, e tenho trabalhado para dar continuidade na obra de Cristo que é sua Igreja.

Conheço vários Presbíteros que também não são covardes, padres com 60, 70, 80 anos, muitos com mais de 40 anos de ministério que doaram e continuam a doar suas vidas pela Igreja. O fato de apoiar a candidata Dilma não nos torna covardes. Padres que para Evangelizar tiveram que andar em lombos de burros, comendo poeira por essas estradas afora.

O senhor já andou em lombo de burro? Esqueci, o transporte de vocês quase sempre é aéreo.

Fiquei triste porque, mais uma vez, vocês estão se colocando ao lado dos poderosos, dos sangues sugas que sempre tiraram dos pobres os seus direitos:

Direito a uma boa educação - há tempos, somente os de classe média entravam na faculdade, hoje temos vários jovens de classe baixa se formando;
Direito a um carro;
Direito a ter luz elétrica em casa;
Direito a ter uma alimentação adequada, não é somente arroz e feijão;
Direito a ter um meio de transporte bom, inclusive padre, andar de avião que era coisa de rico;
Direito a ter férias decentes, ir para uma praia, viajar para conhecer outras realidades, outros países;
Direito a ser gente!

Talvez seja pecado para vocês padres da Canção Nova, os pobres terem direito a isso tudo, somente vocês e eles (sangues sugas) poderão participar dessas benesses.

Nós não podemos esquecer que vocês não fazem lazer nem turismo pelo Brasil, vão sempre a Europa e Terra Santa. Quantas pessoas pobres e carentes vocês levam para conhecer esses locais? Nos seus cruzeiros marítimos há espaço para o Sr. José e a Dona Maria, casal simples que não tem condições de fazer o que vocês fazem, mas sonham um dia em fazer?

Pelo amor de Deus não apaguem esse sonho, há oito anos despertamos de um pesadelo e quando começamos a pegar no sono e a sonhar vocês querem nos despertar. “O sonho que se sonha só é somente um sonho. Mas quando sonhamos juntos pode se tornar uma realidade”.

Meu irmão, não se sinta acima do bem e do mal.

Por que nos chamou de covardes, bispos e padres? Por que nos chamou de bando de aproveitadores da Graça de Deus? Por que alguns acreditam nas propostas da Dilma?

A definição de bando segundo o Aurélio é a seguinte: 1- Grupo de pessoas ou animais, 2- As pessoas dum partido ou facção, 3- Quadrilha de malfeitores.

No vídeo que assisti o senhor falou com tanta ira, que não consegui perceber em qual dos três grupos o senhor colocou alguns dos nossos Bispos e padres que apóiam a Dilma.

Despeço-me em Cristo, esperando que o senhor que prega tanto sobre humildade, a tenha de fato, para se retratar com vários presbíteros e Bispos que o senhor feriu com suas palavras torpes.

Bocaiúva, 15 de outubro de 2010

* Pe. Antônio Brígido de Lima, nascido em Corinto - MG, filho de Antônio Gomes de Lima e Francisca Louredo Lima. Atual hoje na paróquia Senhor do Bonfim, e nela transmite seu testemunho que Deus é maior! Paróquia Senhor do Bonfim de Bocaiúva- MG Tel: 38-3251-2546

Fonte: http://www.brigidolima.blogspot.com/

Por que tanta ira nesta campanha eleitoral? - Por J.B. Libânio

Se algum ET aterrissasse entre nós nesta reta final da campanha eleitoral, perguntar-se-ia: que está a acontecer na Terra de Santa Cruz? O povo, que lá habita, tem fama de benevolente, de compreensivo, de não gostar de atitudes radicais, sobretudo de acusações pessoais violentas e indignas. E por que querem movê-lo ao voto precisamente pelo oposto de seu temperamento, de sua índole?

Pena que se percam o equilíbrio e a dignidade no momento em que se tem para discutir o futuro, utopias luminosas para o povo sofrido e que apenas tem recebido migalhas a cair da mesa da privilegiada elite de tantos séculos. A parábola do rico epulão e do pobre Lázaro se faz verdade em nossas terras. E se está em jogo porvir melhor para Lázaro, por que os ricos epulões se enfurecem? Esquecem que precisarão da gota dágua para refrescar a secura da garganta quando lhes atormentar o vazio de sentido de vida levada longe da solidariedade, da justiça, da compreensão e do cuidado pelos irmãos necessitados.

Viver numa sociedade materialista, invadida pela ganância do puro vencer, do derrotar o adversário ao arrepio de toda ética, degrada-nos enormemente. Cercam-nos tristes noticiários. Apresentam-nos as pessoas, não pelo lado de graça e de bondade que Deus semeou em todas elas, mas pelas sombras que por ventura lhes bateram ao longo da vida.

Que diferença de vida social levaríamos, se o primeiro olhar descobrisse no/a outro/a, seja companheiro/a de luta política ou adversário/a, aquilo que ele/a propõe de belo, de criativo, de promissor, em vez de tripudiar sobre reais ou imaginárias acusações. Estamos a afastar-nos do sonho de Platão que anunciava uma cultura a caminhar à luz do sol do bem. Ameaçam-nos, pelo contrário, o eclipse de tal Sol e o implantar-se de luz artificial do interesse individual e corporativo.

E se nos voltamos para o Oriente, símbolo do lugar de onde vem a luz "que ilumina todo aquele que vem a este mundo" (Jo 1, 9), então o fulgor cresce ainda mais em direção oposta da atual campanha, antes eleitoreira que eleitoral. Do Nascente divino veio a lição mais grandiosa que jamais a humanidade ouviu. O poder existe para o serviço e não para o domínio. "Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros" (Jo 13, 14). Assistimos ao oposto. Retornamos ao Antigo Testamento, que conheceu o apedrejamento para certos pecados. Esquecemos a pergunta de Jesus: "Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra" (Jo 8, 7). Não se ouviu o ruído de nenhuma pedra, mas a voz serena do Mestre: "Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?" Respondeu ela: "Ninguém, Senhor!" Então, lhe disse Jesus: "Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais" (Jo 8, 10-11).

Olhando para certos políticos hoje, vem-nos a frase de Virgílio: "Quantum mutatus ab illo"! Como estão diferentes daquele Heitor digno e belo!

17/10/2010

Quando seu amor não é correspondido - Por Rosana Braga*

Creio que não haja muitas outras situações na vida que nos machuquem tanto quanto a de não sermos correspondidos no amor! E apesar de ser uma das mais difíceis, também acredito que poucas pessoas tenham escapado dessa dor...
Sendo assim, concluo que há algo de muito importante, diria até essencial, para aprendermos quando isso acontece ao nosso coração. Mas as perguntas que mais gritam em nossa alma, justamente neste momento, são: POR QUÊ? Por que esse amor não pode ser? Por que a pessoa que eu tanto amo não me ama? O que eu posso fazer para mudar essa situação?

Sabe, muitas vezes, o amor não desabrocha por razões concretas. Talvez não justificáveis para nós, mas suficiente para fazer com que o outro simplesmente não nos ame. Podem ser questões religiosas, familiares, sociais, estéticas, de comportamento, enfim, algo como não gosto de fulano porque ele é mentiroso, ou porque ele bebe, ou porque ele é arrogante...

Enfim, razões que bastam para que o outro não se sinta atraído, apaixonado, conquistado... Mas, em outros casos, a pessoa que amamos pode simplesmente não nos amar, sem conseguir encontrar nenhuma justificativa para isso. A gente pode ser, para esta pessoa, bonita, inteligente, agradável, cheirosa, educada, trabalhadora, amiga, possuir diversas outras qualidades e, ainda assim, não despertar nele o mesmo amor que sentimos!

E ainda existem os casos em que somos correspondidas por um tempo, somos amadas, vivemos intensamente um relacionamento e, de repente, sem motivo aparente, sem razões convincentes, o outro nos deixa, vai embora, pára de nos amar...

Diante de situações como essas, sentimos nosso mundo desabar, nossa auto-estima minguar, nossa alegria derreter juntamente com nossas lágrimas... Tentamos, desesperadamente, encontrar uma razão, algo que tenhamos feito de errado, sejam atitudes, palavras, comportamentos, qualquer coisa que nos dê, pelo menos, a chance de reverter essa situação!

Porque sabemos que diante do nada, nada podemos fazer! Porque se não há motivos, então não há o que mudar, com o que lutar, o que justificar... Temos que nos conformar com a possibilidade de que o amor simplesmente tenha acabado... ou nunca tenha existido!

Sinceramente, não sei se acredito que amor acaba sem motivos! Não sei se aceito a idéia de que o amor simplesmente morre. Para mim, amor não morre, é eterno! E se morre, é porque não foi cuidado, não foi alimentado, não foi zelado com o respeito que merece...

No entanto, algumas vezes teremos de lidar com o fim do amor que chega sem explicações, sem motivos aparentes, nos deixando completamente perdidos, mortos na alma e no coração... O que fazer? Quem procurar? Parece que nada alivia: lágrimas, conselhos, consolos, presentes, cantadas, nada é capaz de nos fazer enxergar alguma luz, alguma esperança!

Mas o fato é que não podemos sucumbir, nos entregar. Precisamos aprender o que há para ser aprendido; superar o que há para ser superado e fazer como a Fênix – renascer das cinzas! E voar novamente, para alcançar um patamar acima de nossa existência!

E por mais batida que pareça essa afirmação, por mais doloroso que seja ter de aceitá-la como verdadeira, só há um remédio para tamanha dor: o tempo!!! Porque o tempo tudo cura, tudo revela e tudo faz renascer. O coração cicatriza, a alma se torna mais sábia e o amor ressurge... em busca de um outro coração, em busca de uma nova tentativa de ser feliz!

*Rosana Braga é Escritora, Jornalista e Consultora em Relacionamentos Palestrante
e Autora dos livros "Alma Gêmea - Segredos de um Encontro"
e "Amor - sem regras para viver", entre outros.

Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza

Hoje, 17 de Outubro, é o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), através de uma resolução,  de Dezembro de 1992.
A efeméride tem com objectivo de consciencializar a comunidade internacional a conjugar esforços para a busca de soluções, que façam frente à pobreza e ao subdesenvolvimento.

Numa mensagem, por ocasião da data, o Secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, considera que a comemoração do dia, este ano, se concentra no trabalho decente, em empregos dignos e nos meios de vida  que geram rendimento. Em uma só palavra: emprego.

Disse que o trabalho digno e produtivo é um dos meios mais eficazes para lutar contra a pobreza e promover a auto-suficiência.

No entanto, “hoje, mais de metade da população economicamente activa mundial tem empregos precários. Carecem de contratos de trabalho formais e de segurança social e, muitas vezes, não ganham o suficiente para sustentar a família e menos ainda para melhorar sua situação económica”.

Segundo as estimativas, a crise económica internacional lançou na pobreza mais cerca de 64 milhões de pessoas e o número de desempregados aumentou em mais de 30 milhões desde 2007.

“Como poderemos diminuir o fosso que separa a pobreza do trabalho digno?”, interroga-se Ban Ki-Moon, e responde “investindo em políticas económicas e sociais que fomentem a criação de emprego, promovendo condições de trabalho dignas e melhorando os sistemas de protecção social”.

Também é essencial garantir o acesso à educação, à saúde pública e à formação profissional.

Para o Secretário-geral da ONU, devemos nos focar em garantir emprego aos jovens. Os jovens têm três vezes mais probabilidade de estar desempregados do que os adultos.

No ano passado, o número de jovens desempregados atingiu o número recorde de 81 milhões. Uma das melhores maneiras de conseguir que os jovens olhem para o futuro com esperança é proporcionar-lhes um trabalho digno.

Apesar dos avanços animadores em muitas partes do mundo, centenas de milhões de pessoas vivem ainda em condições desumanas, privadas dos serviços mais elementares.

“É fundamental mudar este panorama: para erradicar a pobreza, reforçar as economias e construir sociedades pacíficas e estáveis, é essencial enfrentar a crise mundial do emprego”, disse.

A incerteza económica e a austeridade orçamental generalizadas não deverão ser um pretexto para fazer menos. São, pelo contrário, razões para fazer mais.

Estimativas do Banco Mundial indicam que 2,6 bilioes de pessoas vivem com menos de 2 dólares por dia. Mais de metade (1,4 bilião) tem emprego e, portanto, não recebe renda suficiente para ficar acima da linha da pobreza.

Neste Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, vamos ouvir as vozes dos pobres e tentemos aumentar as oportunidades de emprego e as condições de trabalho seguras em toda a parte.

Trabalhemos por um mundo em que haja trabalho digno para todos.

“On Death and Dying“

The idea of death makes one aware of one's life, one's vital being – that which is impermanent and will one day end.   When ...