Amados Irmãos no Episcopado, «Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor 1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo. Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina. Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76). Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, conseqüência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso, no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem, 82). Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja"» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75). Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambigüidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010). Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política» (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado. Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baía da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade. Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica. | |
*O discurso do Bento XVI, proferido na manhã desta quinta-feira para os bispos da CNBB, Regional Nordeste V, que reúne os bispos do Maranhão, na visita ad limina apostolorum. A mensagem do Papa está publicada no jornal L’Osservatore Romano, 28-10-2010. |
29/10/2010
Em discurso a Bispos brasileiros, Bento XVI aborda o tema do aborto*
28/10/2010
Feriadão, viagens, descanso... Dúvidas, confiança. Orar sempre - Anuar Battisti*
Um fim de semana conectado com um feriado e no meio o dever de votar escolhendo a maior liderança da nação brasileira, acaba sendo um dilema para muitos e para outros a oportunidade desejada.
Não sei se os votos em branco, nulos ou as justificações serão menores do que no 1º turno. As dúvidas misturadas com falta de confiança e cobertas de medo em escolher a pessoa errada, podem fazer com que a opção em curtir um feriadão longe das urnas para viagens e repouso do estresse do dia a dia seja a melhor saída.
Ao mesmo tempo o cidadão brasileiro é incentivado a cumprir um dever democrático livre e consciente em escolher sem medo, não um nome e sim uma pessoa. As dúvidas, incertezas e inseguranças diante das urnas devem ser banidas, a partir da consciência em saber que não será uma pessoa a dirigir o país.
Ninguém é salvador da Pátria. Seja quem for, terá ao seu redor uma estrutura política, um conjunto de partidos e de programas que condicionarão toda e qualquer decisão pessoal de um presidente. Não transfira o seu direito e dever de votar para daqui quatro anos, porque dever se cumpre e não se transfere.
Orar sempre, mesmo depois da morte
Estamos em vésperas do Dia de Finados e como sempre, não só no dia 2 de novembro, carregamos no coração saudades, lembranças e dores de quem partiu para a pátria definitiva, à qual todos nós esperamos herdar. Nesta mistura de sentimentos cumprimos o dever de orar por aqueles que foram chamados ao Paraíso.
Mais do que flores e objetos de devoção a serem levados, a oração que brota fé, rasga os céus e chega ao coração de Deus. Em vida, na hora da morte e também depois, o Deus-Amor nos dá a oportunidade de se converter.
Quando no Calvário o ladrão suplica: "Lembra-te de mim quando estiveres no seu Reino! Jesus responde: Hoje estarás comigo no Paraíso"(Lc. 22,43) O Apóstolo Pedro adverte que vivos ou mortos pertencemos a Deus. "Pois para isto foi o Evangelho pregado também aos mortos; para que, embora sejam condenados em sua humanidade de carne, vivam segundo Deus quanto ao espírito." (I Pedro 4, 6). " Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados - o Justo pelos injustos - para nos conduzir a Deus. Padeceu a morte em sua carne, mas foi vivificado quanto ao espírito.
É nesse mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos no cárcere, àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes, quando Deus aguardava com paciência, enquanto se edificava a arca, na qual poucas pessoas, isto é, apenas oito se salvaram através da água." (I Pedro, 3, 18-20).
Por isso, Cristo é Senhor tanto dos vivos como dos mortos: "Para isso é que morreu Cristo e retomou a vida, para ser o Senhor tanto dos mortos como dos vivos." (Romanos 14, 9).
Ora, se há vida nos mortos, é verdadeiro e piedoso rezar pelos mortos. "Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido em vão e supérfluo rezar por eles.
Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, era esse um bom e religioso pensamento; "eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas." (II Macabeus 12, 46). Ore por você e por quem você ama, isso só faz bem ao coração!
*Anuar Battisti - Arcebispo de Maringá
Fonte: CNBB
Fonte: CNBB
26/10/2010
“Amor” na Bíblia
Temos basicamente 4 palavras gregas para se traduzir como amor.
São elas: Eros (físico, sexual), Storge (familiar),
Philos (amizade) e Ágape (amor incondicional).
1. EROS (físico, sexual):
Chamaremos eros de “amor bolo de morangos”. Eu quero o bolo. Eu o quero tanto, que se o conseguir irei consumí-lo sem ao menos pensar em como o bolo se sente. É exatamente assim que algumas pessoas tratam seus semelhantes.
Expressões que caracterizam o amor eros:
• Você me faz bem;
• Você é meu/minha;
• Você é lindo(a);
• Você me pertence;
• Teu corpo é perfeito;
• Eu amo você porque você me faz feliz.
• “O amor é cego”
Por exemplo, eros está representado no livro de Cantares (onde Salomão deleitava-se com a beleza de sua amada) e na tradução de Provérbios 7:18, onde uma prostituta faz o seguinte apelo: “Vem,embriaguemo-nos com as delícias do amor, até pela manhã”. Nesse versículo, “amor” é uma representação para eros.
A primeira palavra grega é eros. Aparece com freqüência na literatura grega secular, mas não na Bíblia. Eros é o amor totalmente humano, carnal, voltado para o sexo. Daí a nossa palavra ERÓTICO.
Esse tipo de amor pode até incluir algum sentimento verdadeiro, mas é, basicamente, atração física, desejo sexual e expectativa de satisfação pessoal. O eros apresenta-se como amor pelo outro mas é amor por si próprio.
Sua melhor declaração é “Eu amo você porque você me faz feliz”. Ou “Eu me sinto fortemente atraído por sua amabilidade (você me amará), por seu temperamento alegre (você me diverte), por sua beleza e sensualidade (você me dará prazer), por seu talento (eu me orgulho de você)!” Porém, quando uma ou mais destas características desaparecem, o amor morre. Esse tipo de amor só quer receber. O pouco que ele dá, é com o intuito de receber algo em troca.
Infelizmente, muitos jovens escolhem o namorado ou a namorada, que poderá ser o companheiro ou companheira para toda a vida, com base apenas no eros. As relações físicas são antecipadas; a intensidade do eros prejudica o amor genuíno. Os namorados, mesmo não sabendo quase nada um do outro, pensam que esse tipo de amor os manterá juntos. Mas isto geralmente não acontece. Seu amor não é o verdadeiro amor.
A ênfase exagerada no eros é alimentada por uma filosofia playboy. Esta filosofia estimula em extremo a sensualidade, tanto da mulher como do homem; a mulher desnuda-se e exibe-se pelo prazer da sedução e do sexo; o homem cobiça e apropria-se pelo prazer do machismo e do sexo; a mulher é mero objeto sexual, um brinquedo (perigoso) para o homem (criança) egoísta. Nessa filosofia, relação sexual é sinônimo de “fazer amor”.
Casamentos construídos apenas sobre bases físicas e eróticas não duram muito... Antes do pleno envolvimento físico, os pretendentes precisam se conhecer nas áreas mais importantes da alma e do espírito. Para tanto, têm que namorar e noivar, por algum tempo, antes de se entregarem um ao outro, definitivamente, no casamento. O relacionamento sexual após o casamento será a coroação de um relacionamento
• consolidado,
• comprometido e
• crescente.
Se você cometeu o erro de se casar (formal ou informalmente) na base do eros, apenas, aqui está uma boa notícia para você: O AMOR PODE CRESCER. Não crescerá automaticamente, mas na medida em que você o cultivar. Portanto, a única esperança para o seu casamento é ascensão aos níveis mais altos do amor.
2. PHILOS (amizade):
Chamaremos esse tipo de amor de “amor time de boliche”. Ele usa essa designação porque há uma troca mútua, um compartilhar. Em geral, baseia-se numa apreciação recíproca que pode ser destruída se um ou outro não for recíproco. Por exemplo: digamos que você é um bom jogador de boliche, eu sou um bom jogador de boliche e nós dois somos ótimos jogadores. Gostamos de estar no mesmo time de boliche.
Mas você começa a beber demais e só lança bolas na canaleta. Resultado: você é tirado do time de boliche. Por mais caloroso que seja o amor philos, ele tem suas deficiências.
Relaciona-se com a alma, mais do que com o corpo. Lida com a personalidade humana – o intelecto, as emoções e a vontade. Envolve compartilhamento mútuo. Em português, a palavra mais próxima é amizade. A forma nominal é usada apenas uma vez no Novo Testamento (Tg 4.4), mas o verbo “amar”, no sentido de “gostar”, e o adjetivo “amável” são usados muitas vezes. Este é o grau de afeição que Pedro disse ter por Jesus quando este lhe perguntou, “Simão, filho de João, tu me amas?”. O pescador respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. No original grego, o sentido é: “Sim, Senhor, tu sabes que gosto de ti, que sou teu amigo” (Jo 21. 15,16).
Neste nível, o amor é menos egoísta, mas ainda contempla o prazer, a realização e os interesses pessoais. Não deveria, mas... Normalmente, desenvolvemos amizades com pessoas cujas características nos agradam, cujos interesses intelectuais e gostos compartilhamos. Desejamos e esperamos que estes relacionamentos sejam agradáveis e nos beneficiem de algum modo. Damos, sim, amizade, atenção e ajuda, mas com alguma motivação egoísta. Mesmo assim, philos é um nível de amor mais elevado do que eros. Nesse nível, “nossa” felicidade é mais importante do que “minha” felicidade.
Muitos casamentos comparativamente felizes são construídos nesse nível. É muito bom quando marido e mulher são amigos. Alguns maridos e esposas dizem que se amam, mas, no dia a dia, nem amigos eles são. Prova disto é que não têm sequer prazer e empolgação com a companhia, os interesses e assuntos um do outro.
Um casamento não pode sobreviver a menos que cresça pelo menos até ao nível do philos. Se você é jovem e está pensando em se casar, você deve tomar tempo para verificar se gosta realmente da pessoa com quem você pretende se unir para o resto da vida. Seguramente, essa pessoa tem defeitos, características e hábitos que poderão irritá-lo ou mesmo exaspera-lo no dia a dia da vida conjugal. Você vê mais virtudes do que defeitos e gosta dessa pessoa o bastante para perdoá-la, ajudá-la e fazê-la feliz?
Provavelmente você já ouviu esta frase romântica: “O amor é cego!” Cuidado! O único amor cego é o eros. Esse tipo de amor realmente fecha os olhos para as faltas, ri dos defeitos e racionaliza os problemas potenciais (a menos que a pessoa amada não seja interessante em seu aspecto físico). Philos, por outro lado, honestamente encara os defeitos e decide se eles podem ser superados pelas virtudes.
Philos é o meio caminho do amor verdadeiro – dá um pouco para receber um pouco, numa proporção de 50% a 50%. Um casal pode viver razoavelmente bem com esse tipo de amor, enquanto cada um fizer a sua parte e as circunstâncias forem favoráveis. Porém, se um deles deixa de fazer a sua parte, ou se ocorrem circunstâncias adversas (crise financeira, enfermidade grave, tensões com parentes, problemas sexuais, problemas com os filhos etc), a amizade sofre. Philos não agüenta muita pressão. No fim, torna-se egoísta e exigente. Vêm os conflitos. A amizade vira inimizade. A única esperança para um casamento estável, bem-sucedido e feliz é o crescimento para o nível mais alto do amor.
Philos é um amor que troca.
Entenda a seguinte comparação:
Você têm um amigo, aqui chamado Manoel. Você, Manoel e outros amigos em comum sempre saem juntos. Vão a uma lancheria, por exemplo. Vocês sempre dividem a conta. Mas Manoel nunca participa desta divisão. Não “colabora” com nenhum real. Exemplo do amor 50% dado – 50% recebido. Você divide a conta porque isto te beneficia também. Porém, você se sente incomodado com o fato de Manoel nunca participar da divisão. Você começa a não convida-lo mais para sair. Afinal, ele não dá retorno algum pra ti. Resumindo... um “amor” um tanto quanto egoísta. O amor do tipo Philos não é um amor que doa; sempre espera algo em troca.
Expressões que caracterizam o amor philos:
• metade da laranja;
• ele/ela me completa;
• ele/ela pensa como eu;
• ele/ela me ajuda em casa;
• ele/ela me dá presentes;
• Gostamos da mesmas coisas;
• Fazemos muitas coisas juntos;
3. STORGE (familiar):
Chamaremos esse amor de “amor da tia Maria”.
Amamos tia Maria e tentamos ajudá-la, não com base na atração física (eros) dela, mas porque ela é a nossa tia Maria. Ela pode ficar velha, surda e meio-cega, mas ainda é a nossa tia Maria.
Um excelente exemplo desse tipo de lealdade encontra-se em 2 Samuel 21:10 e 11, onde “Rispa montou guarda ao lado dos corpos de seus dois filhos e outros parentes, espantando dali aves de dia e animais do campo à noite”.
É o amor mais relacionado à família – Rm 12.10 – Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. O desaparecimento desse amor é mencionado em Rm 1.31 – insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia e 2 Tm 3.3 – sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons.
O AMOR FAMILIAR – num certo sentido todos somos filhos de Adão, porém nem todos somos filhos de DEUS, somente os nascidos de novo, regenerados pelo poder da Palavra de DEUS, assim a família de DEUS só é formada por salvos em CRISTO.
A família moderna estrutura-se basicamente em torno do casamento, e nesse sentido, é uma família conjugal – sei que há a “família pós-moderna” e seus novos arranjos sociais, aos quais não vou tecer considerações nesse momento (pais separados, casais homoafetivos, adoção pelos avós e outros).
A relação familiar é algo extremamente COMPLEXA e DINÂMICA. Daí o amor se constituir em um desafio de escolha à cada dia: escolher amar o outro apesar das diferenças e do desgaste que muitas vezes a relação apresenta diante do fator tempo.
Você pode estar pensando que isso não é fácil, mas com a sua escolha adicionada à graça de Deus torna-se possível. Porque família é projeto de Deus em primeiro lugar; Ele é o maior interessado. Mas família também tem que ser projeto de homens e mulheres; ou seja, É PRECISO IMPLICAÇÃO DE CADA MEMBRO FAMILIAR.
4. ÁGAPE (amor incondicional):
Chamaremos portanto, o amor ágape de “amor chuva-sobre-justos-e-injustos”. Deus não isola pequenas áreas onde estão as pessoas boas e faz chover somente ali. Ele deixa a chuva cair sobre os maus também. A ilustração clássica desse tipo de amor encontra-se na história do bom samaritano (Lucas 10:29–37), que é contada para ilustrar o amor (agape) ao próximo (v. 27). Quando o samaritano olhou para o homem ferido e sangrando, não houve atração física (eros). O homem que havia sido açoitado não era um ente ou conhecido querido; os judeus e os samaritanos se odiavam(não tinham amor storge). O homem deixado à beira da estrada não era um amigo; ele não tinha nada para oferecer; não havia possibilidade de ação recíproca (philos). Qual seria a única motivação possível para o viajante ajudá-lo? Ele era um semelhante, um ser humano e o bom samaritano disse, em outras palavras: “Por isso eu vou ajudá-lo”. Isto é amor agape.
Esse tipo de amor não é alimentado pelo mérito ou valor da pessoa amada, mas por Deus. Ágape ama até mesmo quando a pessoa amada não é amável, não tem muito valor, não corresponde. Esse amor não é egoísta, não busca a própria felicidade, mas a do outro, a qualquer preço. Não dá 50% para receber 50%; dá 100% e não espera nada em troca.
Há quem diga: “Mas isto não é possível, não é humano!” Tem razão. Ninguém pode amar desse jeito... a menos que Deus lhe dê esse tipo de amor. Ágape é amor divino! Jesus e os apóstolos usaram este substantivo (e o verbo correspondente) quando se referiram ao amor de Deus. Veja estas passagens: Jo 3.13; Rm 5.8; I Jo 4.8-10. O Novo Testamento nos ensina também que quando nós nos arrependemos dos nossos pecados e cremos em Cristo, recebendo-o como nosso Salvador e Senhor, Deus derrama seu amor em nosso coração (Rm 5.5). A partir daí, espera-se que o amor de Deus se manifeste através de nós, nos nossos relacionamentos, principalmente com o cônjuge. Veja Ef 5.25 e Tt 2.3-4.
Isto não é fácil... Todos queremos ser amados... Fazemos de tudo para conseguir um pouco de amor... E o que acontece? Nossos esforços neste sentido acabam dificultando ainda mais as coisas; talvez até afastem de nós a pessoa cujo amor tanto almejamos. A duras provas, descobrimos que é preciso amar primeiro... com amor ágape!
Em I Jo 4, há várias referências ao amor de Deus por nós e recomendações para nos amarmos também uns aos outros. Nesse contexto, o apóstolo explica porque ou como isto é possível: “Nós amamos porque Deus nos amou primeiro” ( I Jo 4.19). O amor de Deus por nós ensina-nos a amar ou gera amor em nosso coração.
Deus nos ama como somos, a despeito da nossa pecaminosidade, das nossas atitudes e atos egoístas. Refletindo sobre isto, observando e agradecendo as manifestações diárias do seu amor, aprenderemos a amar de verdade. Além disso, o Espírito Santo faz alguma coisa sobrenatural em nosso coração... “O fruto do Espírito é amor...” (Gl 5.22). Só assim, seremos capazes de amar, no sentido mais elevado e nobre do termo.
Note que esse amor não é um esforço que fazemos porque é a única maneira de conseguirmos que uma certa pessoa nos ame. Esse amor, o amor de verdade:
• É ordenado por Deus... para nos induzir.
• É exemplificado por Deus... para nos ensinar.
• É produzido por Deus... para nos capacitar.
O marido ou esposa que ama assim não tenta mudar o cônjuge, não cobra dele o amor desejado. Simplesmente ama, sem cobrar nada em troca. Entretanto, assim como “nós amamos porque Deus nos amou primeiro”, o cônjuge amado, mais cedo ou mais tarde, responderá com amor. O princípio é simples: amor gera amor! Outras passagens ensinam esta mesma verdade. Lc 6.38; Gl 6.7.
Ágape é o amor que dá, de graça; dá 100% e não espera nada em troca.
Frases típicas:
• Eu te amo (sem um porquê).
• Você precisa ficar internado algum tempo, porque eu te amo (numa clínica de drogas, ou até mesmo preso) – chamados por uns de “amor firme”;
• Eu te amo e por isso você precisa de correção (lembra de Hb 12:6?);
• “Vai doer mais em mim do que em você” – sem o sentido pejorativo.
Conclusão
Não amamos porque somos naturalmente bons, mas porque nascemos da graça. Não cumpriremos a lei para fazer-nos “justos”, mas porque ele nos justificou com sua justiça. Não brilharemos porque temos luz própria, mas porque refletimos o sol da justiça.
Ora, o mandamento é este:
1 – que creiamos em o nome de seu Filho Jesus Cristo
2 – e que amemo-nos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou.
E aquele que guarda os Seus mandamentos, permanece nele e Ele naquele.
O AMOR CRISTÃO precisa ser demonstrado no dia-a-dia por todos os crentes, para que possamos alcançar os perdidos para Deus. Sem amor, não se evangeliza, não se discipula.
O amor leva-nos a realizar a obra missionária e a evangelizar. Através dele, podemos louvar e adorar a Deus em “espírito e em verdade”.
VALORES E ESCOLHAS NUMA CULTURA NARCÍSICA*
Se antes a liberdade sequer era pensada como valor, agora a felicidade depende da liberdade e de sua consequente – e, às vezes, angustiante – possibilidade de escolher, como disse Heller Agnes no seu tratado, O cotidiano e a história. (1985). Nossas escolhas são feitas em um ambiente, em uma cultura. Essa cultura configura a maneira pela qual fazemos nossas escolhas pela vida afora; até mesmo a maneira peal qual escolhemos nossos valores.
Hoje o mundo, na qual nos encontramos, pode ser caracterizado como um mundo narcisista. Por conseguinte, o indivíduo privilegiado por ele é a pessoa narcisista. Grande parte dos problemas que enfrentamos hoje tem estreita correlação com o nosso narcisismo cultural, que configura como vivemos atualmente.
Lembramos que todos nós temos em nossa personalidade – e precisamos ter – certa dose de narcisismo. Quando bem dosado, podemos dizer, grosso modo, o narcisismo é o amor-próprio. O problema começa quando esse narcisismo começa a ficar exagerado, porque aí gera prejuízos, sofrimentos e dores.
De acordo com Schwartz Salant, na sua obra, Narcisismo e transformação do caráter. São Paulo: Cultrix, 1995, um indivíduo narcisista tem algumas características. São:
- Preocupa-se mais em aparentar que em ser.
- Tem imensas dificuldades com a proximidade, ou seja, teme a intimidade e o compromisso amoroso.
- Tem extrema sensibilidade a criticas, pois percebe toda critica como ameaça pessoal.
- Tem dificuldade de lidar com os aspectos simbólicos da vida
- É egocêntrico, com dificuldade de desenvolver empatia com os ouros.
- Orgulha-se de não precisar dos outros ou imagina-se como não influenciável
- É extremamente competitivo.
- Tem grande dificuldade para lidar com os aspectos femininos da existência.
- Trata-se como um objeto e faz o mesmo com os outros.
- Tem dificuldades de lidar com o tempo e com o envelhecimento
- É francamente hedonista.
- Tem imenso potencial, mas teme realizá-lo, de modo que, enquanto não o realiza, a profundidade é trocada pela ostentação.
A cultura moderna pode ser entendida como uma sociedade narcísica porque tem características típicas do narcisismo e principalmente porque exige que cada membro, para ser aceito, se comporte segundo os parâmetros acima listados. Ou, nas palavras de Lasch, na sua obra, A cultura do narcisismo. Rio de janeiro: Imago, 1983, “a sociedade narcisista é aquela que dá crescente proeminência e encorajamento a traços narcisistas – que são: a relação com o tempo, o hedonismo, a relação como o corpo, e a dificuldade com a empatia”. Destacamos brevemente dessa lista de traços narcisistas, quatro características:
- O tempo narcísico é um tempo de imediatismo e de hedonismo. Compre hoje, aproveite já e só comece a pagar daqui a dois meses. Cursos superiores em menos de dois anos, viagens a jato, trens-bala, carros supervelozes, responsabilidades precoces – a vida é uma correria. Tudo tem de ser para aqui e agora.
- O hedonismo como uma ideologia que defende ser o prazer o bem supremo, a finalidade e o fundamento da vida; ou seja, a ideologia hedonista sustenta que se deve ter o maior prazer possível a cada momento, com pouca atenção às conseqüências de cada ato, pouco importa de onde venha esse prazer. A vida abundantemente vivida é confundida com a vida inconsequentemente vivida. Pessoas esqueçam que a finalidade da vida são as relações, é o desenvolvimento máximo dos potenciais de cada pessoa em sua relação com as outras e com o mundo. O prazer é importante e mesmo fundamental na vida. Ele não é a finalidade da vida. É meio, um dos melhores meios, mas não o único.
- É no cuidado como o corpo que encontramos os maiores problemas com a ideologia narcísica, especialmente no caso dos mais jovens. Um indivíduo narcisista tem imensa dificuldade em sentir e perceber emoções. O contato narcisista com os sentimentos é extremamente deficiente, embora o contato com as sensações seja intensificado: em vez da coragem, vive temeridade; em vez do medo, pânico; no lugar da tristeza, depressão; em vez da alegria, euforia; no lugar da raiva, competividade; em vez de amor, manipulação e culpa. O narcisista lida com o corpo como se fosse um objeto a serviço do ego, algo a ser usado, e não vivido. O corpo passa a ser algo que se tem, em vez de algo que se é. A relação intima, face a face, é muito penosa para a pessoa narcisista. Ela prefere comer vendo TV, conversar vendo TV, isolar-se vendo TV dentre outras ações.
- Uma das mais importantes barreiras à empatia e à solidariedade é certa falta de atenção para com os pequenos gestos, para com as pequenas atitudes. Necessitamos urgentemente de um incremento da empatia, pois, à medida que conseguimos acentuar a capacidade de empatia, ampliamos nossa intolerância à dor alheia, o que pode nos levar a ações de maior cuidado e atenção para com nós mesmos, para com o outro e para com o ambiente.
Assim como uma cultura muda em conseqüência de suas conquistas, mudam também as pessoas nela inseridas e mudam também os valores dessas pessoas e da cultura. Cada novo saber nos põe diante da obrigatoriedade de escolher. Nossas escolhas não são feitas apesar da cultura em que vivemos, concordemos com ela ou não. E cada cultura também faz suas escolhas e privilegia determinados jeitos de ser. Qual é a sua cultura; e quais são as suas escolhas e valores?
*Este artigo é resumo de artigo do Ênio Brito Pinto – Sexualidade e Ética: Um olhar do Psicólogo. Revista Vida Pastoral, edição novembro-dezembro de 2010 – ano 51 – n. 275. São Paulo: Paulus, p.6-11.
25/10/2010
Dia Nacional da Juventude completa 25 anos
Neste ano em que se comemora o jubileu da atividade, os jovens escolheram como tema a Marcha contra a Violência, campanha que pontua todas as realizações da Pastoral em 2010. A ação acontece em todas as cidades do país onde existe Pastoral da Juventude no último domingo do mês de outubro, este ano as atividades foram antecipadas em virtude do segundo turno das eleições.
Campanha contra a violência e o extermínio
Junto com outras duas atividades – a Semana do Estudante e a Semana da Cidadania – o Dia Nacional da Juventude (DNJ) faz parte do calendário de atividades permanentes da Pastoral da Juventude. Todas as ações têm um eixo temático que busca incentivar os grupos juvenis a refletir sobre temas de relevância sóciocultural, com participação de outros movimentos e organizações juvenis, ressaltando o caráter amplo da proposta.
O mote “Muita festa, muita luta e muita reza” define bem o perfil da iniciativa que reúne milhares de jovens em caminhadas, marchas, manifestos públicos, seminários, debates e apresentações artístico-culturais onde pautam assuntos importantes para a defesa do país e dos direitos sociais. “Como o tema deste ano está ligado a Campanha Nacional Contra Violência e Extermínio de Jovens, estão sendo feitas marchas e caminhadas em todos os municípios em que existe alguma das PJs”, informa Edney Santos Mendonça, representante da Pastoral da Juventude Nacional no Conselho Nacional de Juventude (Conjuve).
Ao longo dos 25 anos de existência o DNJ abordou assuntos como cidadania, direitos humanos, educação, saúde, solidariedade, entre outros. Em 2010 a ação tem como centro a defesa vida. “É a Campanha contra o Extermínio que orienta todas as Atividades Permanentes 2010”, indica a página do DNJ na Internet. Para Mendonça, o evento é mais um ponto fortalecedor da campanha. “Podemos fazer oficinas que ajudam na reflexão, atos públicos contra a insegurança em que vivem as cidades, contra o toque de recolher, contra a redução da maioridade penal”, explica.
Indo além…
A Pastoral da Juventude do Brasil é um grupo organizado da igreja católica, com linha definida e metodologia própria, aberta ao novo e acolhimento dos anseios da juventude. É composta pela: PJ – Pastoral da Juventude Nacional; PJE – Pastoral da Juventude Estudantil; PJMP – Pastoral da Juventude do Meio Popular; e PJR – Pastoral da Juventude Rural.
A PJ está no Conjuve desde sua fundação e discute o tema Políticas Públicas de Juventude desde 2000. De acordo com Edney Santos Mendonça, conselheiro da Pastoral da Juventude no Conjuve, há uma relação de troca de experiências e intercâmbio entre as duas organizações. Para ele no Conjuve “ é possível colocar a reflexão em pauta e ajudar na conquistas de direitos para juventude tendo o protagonismo juvenil como primícia”.
Ele ressalta a colaboração da PJ na construção do Encontro de Conselhos através da mobilização e divulgação da atividade, assim como na criação de novos conselhos de juventude, e na Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude. Por sua vez o Conjuve contribui como espaço plural de reflexão, amadurecimento e atuação política num campo onde o protagonismo juvenil é prioridade para a pastoral.
Está próxima de realizar uma dupla comemoração. Além de 2010 ser declarado como Ano Internacional da Juventude pela ONU, o dia 7 de novembro ficará marcado pela celebração de 25 anos do Dia Nacional da Juventude, que acontecerá das 13h às 18h no centro da cidade.
Organizada na Arquidiocese de São Paulo pelo Setor Juventude, a data tem como tema “DNJ 25 anos: celebrando a memória e transformando a história” e lema “Juventude: muita reza, muita luta, muita festa, em marcha contra a violência”. O tema é definido pelo Setor de Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Entre as atividades previstas estão reflexão do tema, marcha contra a violência e o extermínio de jovens, partindo do Páteo do Colégio em direção à Catedral da Sé, apresentações musicais e celebração eucarística presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer.
A temática do DNJ chama a atenção para a importância de celebrar a memória, mas ao mesmo tempo transformar a história, a partir do diálogo com os jovens e da construção de espaços de reflexão e participação a respeito da realidade da juventude, sob a luz do Evangelho e com foco, a exemplo de 2009 , na discussão sobre uma cultura de paz e a violência contra os jovens.
Tendo os jovens como protagonistas, o DNJ é construído conjuntamente com padres, religiosos e leigos, sendo um momento forte de celebração de fé, de sentido da presença dos jovens na Igreja e visibilidade da mensagem cristã à cidade.
Participe da celebração do Dia Nacional da Juventude! Organize seu grupo!
Para mais informações: www.setorjuventude.org.br
Saiba mais acessando:
www.pj.org.br
www.dnj25anos.redejuventude.org.br
Assista ao vídeo de apresentação da campanha:www.dnj25anos.redejuventude.org.br
Campanha contra a violência e o extermínio
Ana Cristina Santos
Ascom/Conjuve
Ascom/Conjuve
Autor/Fonte: www.juventude.gov.br
CNBB DIVULGA TEMA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011
Foi apresentado o tema da Campanha da Fraternidade 2011, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no dia 21/10/2010. A divulgação à imprensa foi feita pelo bispo auxiliar do arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro e secretário geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa. O tema da Campanha, que será voltada para o meio ambiente, é “Fraternidade e a Vida no Planeta”, enquanto o lema, um pouco mais incisivo, é “A Criação Geme Como em Dores de Parto”.
Dom Dimas explicou que “a Campanha da Fraternidade" de 2011 reflete a questão ecológica, com foco, sobretudo, nas mudanças climáticas. Ela se coloca em sintonia com uma cultura que está se expandindo cada vez mais, em todo o mundo, que é a de respeito pelo meio ambiente e pelo lugar em que Deus nos coloca, não só para vivermos e convivermos, mas também para fazer deste o paraíso com o qual tanto sonhamos”.
Dom Dimas foi questionado sobre a escolha do lema e a relação deste com as discussões sobre o aborto, levantadas nesse período eleitoral. Ele respondeu que não há ligação do lema com a questão e que as escolhas de temas e lemas se fazem com muita antecedência, portanto, tudo já havia sido definido antes dessas discussões.
“O tema 'Fraternidade e Vida no Planeta' inclui a questão do aborto, mas não se esgota nisso”, acrescentou o arcebispo.
A Campanha da Fraternidade terá início na Quarta-feira de Cinzas, 9 de março de 2011, desenvolvendo-se durante todo o período de Quaresma.
Fonte: PJ
Dom Dimas explicou que “a Campanha da Fraternidade" de 2011 reflete a questão ecológica, com foco, sobretudo, nas mudanças climáticas. Ela se coloca em sintonia com uma cultura que está se expandindo cada vez mais, em todo o mundo, que é a de respeito pelo meio ambiente e pelo lugar em que Deus nos coloca, não só para vivermos e convivermos, mas também para fazer deste o paraíso com o qual tanto sonhamos”.
Dom Dimas foi questionado sobre a escolha do lema e a relação deste com as discussões sobre o aborto, levantadas nesse período eleitoral. Ele respondeu que não há ligação do lema com a questão e que as escolhas de temas e lemas se fazem com muita antecedência, portanto, tudo já havia sido definido antes dessas discussões.
“O tema 'Fraternidade e Vida no Planeta' inclui a questão do aborto, mas não se esgota nisso”, acrescentou o arcebispo.
A Campanha da Fraternidade terá início na Quarta-feira de Cinzas, 9 de março de 2011, desenvolvendo-se durante todo o período de Quaresma.
Fonte: PJ
QUÊNIA - A nova Constituição inaugura a cultura da transparência: os políticos se adaptem
"Nós reconhecemos a decisão democrática exercida pela maioria dos quenianos, com a aprovação da nova Constituição. Como suportes do processo democrático nos empenhados a apoiar o processo de atuação da Constituição", disse Dom Zaqueu Okoth, Arcebispo de Kisimu e Presidente da Comissão Episcopal Justiça e Paz ", do Quênia, numa mensagem enviada à Agência Fides. Em 4 de agosto, foi aprovado com um referendo a nova Constituição do Quênia (ver Fides de 6/8/2010). "Com a promulgação da nova Constituição, os quenianos inauguraram uma nova cultura de transparência e responsabilidade.
Mas estamos preocupados pelo fato que a cultura persistente de impunidade enraizada em nossa liderança não tenha mudado, basta mencionar alguns fatos: a relutância dos legisladores para pagar impostos, ou as negociações obscuras que são vistas dentro e fora do Parlamento para os quais alguns líderes acusados de corrupção e outros problemas de integridade moral são protegidos por seus colegas. Há também nomeações públicas imerecidas baseadas no tribalismo, nepotismo e afiliação política", escreve o Arcebispo Okoth. Depois de salientar que o Quênia aceitou as disposições do Tratado de Roma (que criou o Corte Penal Internacional (CPI) de crimes contra a humanidade ) e criou a Comissão pela Verdade e a Reconciliação, o Dom Okoth critica as "táticas diversiva" empregadas por alguns políticos do Quênia para "sabotar os esforços da Corte Penal Internacional em favor da justiça".
Alguns políticos quenianos foram acusados pelo CPI de alimentar e apoiar graves violências que abalaram muito boa parte do Quênia no início de 2008. Perante esta situação, o Dom Okoth propõem algumas recomendações. Em primeiro lugar, um programa intensivo de Educação Cívica para ajudar os quenianos a compreenderem a nova Lei fundamental. A Comissão Justiça e Paz "está pronta a cooperar com o governo e outras partes interessadas na realização deste nobre objetivo. A educação cívica sobre a nova Constituição deve entrar no currículo escolar em todos os níveis". "Desde que a nova Constituição reconhece a "supremacia de Deus Onipotente" o ensino da religião deve ser aceito como parte do currículo escolar. Pedimos ao Governo para aumentar a assunção de professores de professores de ensino religioso nas escolas e proibir as aulas aos sábados e domingos, para colocar em prática a nova Constituição", disse o Dom Okoth.
O Presidente de “Justiça e da paz", conclui lançando um apelo aos políticos quenianos "para começar a viver a cultura da nova Constituição. Isto requer que os legisladores, os juízes e outros funcionários públicos comecem a pagar impostos, sem mais delongas. Além disso, as nomeações para cargos públicos devem ser baseadas no mérito e num processo equitativo".
Fonte: Agência FidesLinks: Mensagem de “Justiça e Paz” (em inglês):
http://www.fides.org/eng/documents/YOU_SHALL_BE_MY_WITNESSES.doc
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