O último domingo de agosto é o DIA DO CATEQUISTA. É com admiração, reconhecimento e gratidão que a Igreja celebra essa festividade. Celebrar o DIA DO CATEQUISTA é sempre uma GRAÇA, motivo de alegria e de reflexão mais profunda sobre o SER DO CATEQUISTA, sua vocação e missão na Igreja e sociedade. Sentimos ainda os "ECOS" e a chama da esperança que ardeu em nosso coração com a realização da Terceira Semana Brasileira de Catequese.
Sentimo?nos movidos pela força do Espírito, que nos chama e envia, pelas intuições e propostas do tema da Terceira Semana Brasileira de Catequese: "Iniciação à Vida Cristã". Nesse Espírito, celebrar o dia do Catequista tem um significado especial, pois são vocês, catequistas, os protagonistas, aqueles que fazem com que o processo de um NOVO JEITO DE FAZER CATEQUESE seja possível. Portanto, confiamos em cada um de vocês, com seus dons partilhados, junto com as forçasvivas de toda a Igreja, as comunidades, as pastorais, os movimentos, para que a iniciação à vida cristã seja possível.
Ao celebrar o DIA DO CATEQUISTA queremos refletir sobre a vocação do catequista, que é a vocação do Profeta ? aquele/la que fala em nome de Deus e da comunidade a que pertence. A iniciativa sempre parte de Deus. O chamado a ser catequista não é algo pessoal, mas obra divina,graça. A missão do catequista está na raiz da palavra CATEQUESE, que vem do grego Katechein e quer dizer (fazer eco). Logo, catequista é aquele/la que se coloca a serviço da Palavra, que se fazinstrumento para que a Palavra ecoe. O Senhor chama você para que, através da sua vida, da suapessoa, da sua comunicação, a Palavra seja proclamada, Jesus Cristo seja anunciado e testemunhado.
Catequista, você não é só transmissor de idéias, conhecimentos, doutrina, pois sua experiência fundante está no ENCONTRO PESSOAL com a pessoa de Jesus Cristo. Essa experiência é comunicada pelo SER, SABER e SABER FAZER em comunidade (DNC 261).O ser e o saber do catequista sustentam?se numa espiritualidade da gratuidade, da confiança, da entrega, da certeza de que o SENHOR está presente, é fiel.Catequista, você é especial para Deus! Sua VOCAÇÃO foi gestada no coração do Pai, para que pudesse chegar aos corações dos seus filhos e filhas com a mensagem da VIDA: Jesus Cristo.
Sabemos das dificuldades que enfrenta para realizar a sua missão, mesmo assim teimosa e dedicadamente prossegue neste peregrinar de partilha, de despojamento e aprendizagens.
Isso demonstra que você cultiva uma profunda espiritualidade alicerçada na Palavra, nos sacramentos, na vida em comunidade. É a experiência do discípulo missionário que vai se configurando na sua trajetória de avanços, desafios e alegrias. É a pedagogia divina, que se concretiza na sua vida permeada de fragilidades e grandeza, medos e coragem, HUMANA e HUMANIZADORA.
É com a certeza da ação amorosa do Deus da Vida que você assume a missão de profeta que ouve o chamado de Deus: "Levanta?te e Vai à Grande Cidade (Jn 1,2). Seu anúncio é traduzido em atitudes proféticas que testemunham os valores evangélicos, é o SER DO CATEQUISTA partilhado na sua inteireza, no serviço generoso, para que o REINO aconteça.
Catequista, que a experiência do encontro com Jesus Cristo seja a força motivadora capaz de lhe trazer o encantamento por esse fascinante caminho de discipulado, cheio de desafios que o fazem crescer e acabam gerando profundas alegrias.
Catequista, nesse dia acolha o abraço de gratidão de milhares de pessoas, vidas agradecidas, pela sua presença na educação da fé de crianças, adolescentes, jovens e adultos. Em sua ação se traduz de uma forma única e original a vocação da Igreja?Mãe que cuida maternalmente dos filhos que gerou na fé pela ação do Espírito.
Querido/a Catequista, PARABÉNS! Que a Força da Palavra, continue a suscitar?lhe a fé e o compromisso missionário !
Que os sacramentos sejam a fonte inesgotável da misericórdia, da reconciliação, da justiça e do REENCANTAMENTO.
Que a comunidade continue sendo o referencial da experiência do Enconto com Cristonaqueles que sofrem, naqueles que buscam acolhida e necessitam ser "CUIDADOS".
A benção amorosa do PAI, que cuida com carinho dos seus filhos e filhas, que um dia nos chamou a viver com alegria a vocação do discípulo missionário, esteja na sua vida, na vida da sua comunidade hoje e sempre.
Fraternalmente,
Dom Eugênio Rixen
Presidente da Comissão Para Animação Bíblico?Catequética
Fonte: CNBB
28/08/2010
27/08/2010
As respostas que o Vaticano tem dado às questões da América Latina? - Por Agenor Brighenti
A tradição latino-americana é herdeira do Vaticano II. Mais do que “ponto de chegada”, o Vaticano II para a Igreja na América Latina foi um “ponto de partida”. Em suas inovações, a Igreja da América Latina não rompe com o Concílio, apenas faz desdobramentos de suas intuições básicas e eixos fundamentais. O Vaticano II continua inspirando nossa Igreja e respondendo a nossos desafios. Como ilustração disso, podemos fazer menção às raízes de alguns dos traços do rosto próprio de nossa Igreja.
Por exemplo:
a) o Concílio concebe a Igreja como Povo de Deus, a comunidade dos batizados, na comunhão da radical igualdade em dignidade de todos os ministérios; para a Igreja na América Latina, só há Igreja-comunidade em pequenas comunidades e a forma mais adequada de se fazer uma real vivência da fraternidade cristã é no seio de comunidades eclesiais de base, inseridas profeticamente no mundo;
b) o Vaticano II, ao afirmar a base laical da Igreja, fundada no tríplice ministério da Palavra, da Liturgia e da Caridade, faz da comunidade dos fiéis o sujeito eclesial; Medellín verá a Igreja, toda ela e em cada um de seus membros, sem distinção, como os sujeitos da missão evangelizadora;
c) o Vaticano II, na perspectiva de João XXIII, propõe “uma Igreja dos pobres para ser a Igreja de todos”; para Medellín não basta uma Igreja “dos pobres”, é preciso uma “Igreja pobre”, solidária com sua situação e comprometida com sua causa, de um mundo onde caibam todos;
d) o Vaticano II, rompendo com uma fé metafísica e abstrata, fala de Deus e partir do ser humano e busca servir a Deus, servindo o ser humano; para a Igreja na América Latina, optar pelo ser humano, dado o contexto marcado por escandalosa exclusão da maioria, que são os preferidos de Deus, significa optar antes pelos pobres, pois se trata de promover a fraternidade de todo o gênero humano;
e) o Vaticano II, superando o eclesiocentrismo, afirma que a Igreja, ainda sem ser deste mundo, está no mundo, existe para ser mediação de salvação do mundo e, portanto, precisa inserir-se no mundo; a Igreja na América Latina se perguntará: a Igreja deve inserir-se no mundo, mas dentro de que mundo? Do mundo dos incluídos ou dos excluídos para promover um mundo inclusivo de todos? Por isso, além da opção pelo sujeito social – o pobre –, a missão evangelizadora em vista da salvação, já na história, e que passa pela construção de uma sociedade justa e solidária, implica igualmente a opção pelo lugar social dos pobres.
E, assim, poderíamos continuar fazendo a lista dos pontos de chegada do Concílio, que a Igreja na América Latina fez e precisa continuar fazendo ponto de partida. (continue lendo)
Por exemplo:
a) o Concílio concebe a Igreja como Povo de Deus, a comunidade dos batizados, na comunhão da radical igualdade em dignidade de todos os ministérios; para a Igreja na América Latina, só há Igreja-comunidade em pequenas comunidades e a forma mais adequada de se fazer uma real vivência da fraternidade cristã é no seio de comunidades eclesiais de base, inseridas profeticamente no mundo;
b) o Vaticano II, ao afirmar a base laical da Igreja, fundada no tríplice ministério da Palavra, da Liturgia e da Caridade, faz da comunidade dos fiéis o sujeito eclesial; Medellín verá a Igreja, toda ela e em cada um de seus membros, sem distinção, como os sujeitos da missão evangelizadora;
c) o Vaticano II, na perspectiva de João XXIII, propõe “uma Igreja dos pobres para ser a Igreja de todos”; para Medellín não basta uma Igreja “dos pobres”, é preciso uma “Igreja pobre”, solidária com sua situação e comprometida com sua causa, de um mundo onde caibam todos;
d) o Vaticano II, rompendo com uma fé metafísica e abstrata, fala de Deus e partir do ser humano e busca servir a Deus, servindo o ser humano; para a Igreja na América Latina, optar pelo ser humano, dado o contexto marcado por escandalosa exclusão da maioria, que são os preferidos de Deus, significa optar antes pelos pobres, pois se trata de promover a fraternidade de todo o gênero humano;
e) o Vaticano II, superando o eclesiocentrismo, afirma que a Igreja, ainda sem ser deste mundo, está no mundo, existe para ser mediação de salvação do mundo e, portanto, precisa inserir-se no mundo; a Igreja na América Latina se perguntará: a Igreja deve inserir-se no mundo, mas dentro de que mundo? Do mundo dos incluídos ou dos excluídos para promover um mundo inclusivo de todos? Por isso, além da opção pelo sujeito social – o pobre –, a missão evangelizadora em vista da salvação, já na história, e que passa pela construção de uma sociedade justa e solidária, implica igualmente a opção pelo lugar social dos pobres.
E, assim, poderíamos continuar fazendo a lista dos pontos de chegada do Concílio, que a Igreja na América Latina fez e precisa continuar fazendo ponto de partida. (continue lendo)
cultivar os talentos - kuthambithya kinengo....por Jeu
Mwa kwa sisyai mwone, syana sya bahia isomaa tene....!!! hahhahah,
Amei, assim que aprendem cedo - cultiva sua capacidade!!!
Amei, assim que aprendem cedo - cultiva sua capacidade!!!
26/08/2010
Vida de Madre Teresa foi um «dom inestimável», diz Bento XVI
madre teresa |
Considerada uma das mulheres mais influentes do século XX, Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu na actual Skopje, capital da Macedónia (à época Üsküb, integrada no império Otomano), a 26 de Agosto de 1910. Deixou a sua terra natal em Setembro de 1928, entrando no convento de Rathfarnam (Dublin), Irlanda. Ali foi acolhida como postulante no dia 12 de Outubro e recebeu o nome de Teresa, como a sua padroeira, Santa Teresa de Lisieux.
Foi enviada pela congregação do Loreto para a Índia e chegou a Calcutá no dia 6 de Janeiro de 1929, com 19 anos. Fez a profissão perpétua a 24 de Maio de 1937 e daquele dia em diante foi chamada Madre Teresa.
No dia 10 de Setembro de 1946, no comboio que a conduzia de Calcutá para Darjeeling, Madre Tereza recebeu aquilo que ela chamou “chamamento no chamamento”, que teria feito nascer a família dos Missionários da Caridade.
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Inculturação, percurso já concluído? - Por Carmelo Dotolo
Falar da relação entre cultura e evangelização, significa percorrer a complexa dinâmica do encontro-choque entre Evangelho e cultura, revelação e história, cristianismo e outras religiões, qual horizonte para uma adequada chegada ao tema missão e culturas. È impensável, de fato, um cristianismo fora do contexto cultural, porque isto levaria a um empobrecimento das culturas, mas também a um extravio da própria missão da comunidade eclesial.
É a mesma dinâmica intercultural, embora delicada e frágil, que exige da evangelização o fazer-se diálogo, companhia dos homens, como expressão que define o caminho da missão.
Antes, se poderia dizer que a vocação particular da evangelização esteja mesmo na iniciação à existência do outro, numa capacidade de entrar na vida das culturas, a fim de encaminhar o homem para além das próprias categorias esperienciais e sintonizá-lo com o novo e o esperado (continue lendo)
É a mesma dinâmica intercultural, embora delicada e frágil, que exige da evangelização o fazer-se diálogo, companhia dos homens, como expressão que define o caminho da missão.
Antes, se poderia dizer que a vocação particular da evangelização esteja mesmo na iniciação à existência do outro, numa capacidade de entrar na vida das culturas, a fim de encaminhar o homem para além das próprias categorias esperienciais e sintonizá-lo com o novo e o esperado (continue lendo)
TVs católicas no debate com presidenciáveis - Anuar Battisti *
Que bom saber dessa notícia que vem motivar a nossa participação de forma direta no processo de escolha dos novos líderes políticos do País e dos Estados. Pela primeira vez os canais de inspiração católica abrem espaço para um deb... (continue lendo)
* Dom Anuar Battisti é Arcebispo Metropolitano de Maringá, PR.
* Dom Anuar Battisti é Arcebispo Metropolitano de Maringá, PR.
25/08/2010
O Paradigma - Michael Mutinda *
"Os paradigmas influenciam nossos juízos e processos de decisões. Se formos flexíveis com nossos paradigmas, podemos notar novas oportunidades diante dos novos desafios, mas se sofrermos de paralisia paradigmática veremos apenas ameaças."
Paradigma é uma palavra pouco conhecida, não se ouve todo dia. Muitos pesquisadores a definem como, "conjunto de pressupostos teóricos que orientam a atividade cientifica na definição do objeto e do contexto de estudo, nos métodos de coleta e seleção de dados, bem como na sua análise". Thomas S. Kuhn no seu livro, "A Estrutura das Revoluções Científicas" a define como, "aquilo que os membros de uma comunidade partilham e, inversamente, uma comunidade cientifica consiste em homens que partilham um paradigma". Além disso, fala do estudo dos paradigmas como o que prepara basicamente o estudante para ser membro da comunidade cientifica na qual atuará mais tarde.
Se consultarmos o verbete paradigma no dicionário, veremos que significa padrão ou modelo. Paradigmas são conjuntos de regras e regulamentos com duas funções: Estabelecem limites e mostram como ter sucesso resolvendo problemas dentro destes limites. Colocando em termos genéricos, os paradigmas filtram a experiência que chega. Estamos vendo o mundo através de nossos paradigmas o tempo todo. Constantemente selecionamos do mundo aqueles dados que se ajustam melhor às nossas regras e regulamentos e tentamos ignorar o resto. Como resultado o que pode ser perfeitamente obvio para uma pessoa com um paradigma, pode ser totalmente imperceptível para alguém com um paradigma diferente.
No mundo atual as mudanças ocorrem a todo momento, seja na vida pessoal, nos valores sociais, seja na vida profissional ou na vida espiritual; a vida está numa marcha constante de mentalidade, novas atitudes, novos métodos e estruturas e mudanças de paradigmas. E temos que estar preparados para elas senão ficaremos cada vez mais distantes de nosso tempo. Mas infelizmente, muitas pessoas são resistentes às mudanças e diversos são os fatores que as levam a se portarem assim: comodismo, medo do novo, do desconhecido, de perder o poder, desconhecimento do conteúdo das vantagens e/ou desvantagens das mudanças que surgem, desconhecimento das mudanças que ocorrem no ambiente, interno e externo, e o pior de todos é a paralisia de paradigma ou "efeito paradigma", quando os nossos valores, fazem com que não aceitemos novas ideias por desafiarem os paradigmas "incrustados" em nossa mente. Thomas Kuhn nos adverte: "A pessoa que abraça o novo paradigma logo no inicio, muitas vezes precisa fazê-lo desafiando as provas oferecidas pela solução dos problemas, ele precisa, portanto, ter fé que o novo paradigma terá sucesso, apesar dos muitos problemas que enfrenta, sabendo apenas que o paradigma anterior falhou um pouco. Uma decisão desse tipo só pode ser tomada com fé".
É muito comum encontrar pessoas que manifestam resistência contra mudanças de paradigmas. Nessa resistência, diversas frases são características, como por exemplo: "Sempre fizemos assim e sempre deu certo, porque mudar?"; "Isto é loucura"; "Da forma que fazemos é melhor"; "Está tudo tão bem, para que mudar?"; "Temos receio do que possa acontecer, é melhor não arriscar"; "Isto não vai dar certo"; "Não se mexe em time que está ganhando"; "Precisamos de um tempo para ver isto"; "Francamente, eu ainda não sei se vale a pena"; e outras tipos de comentários. Essas manifestações de resistência mostram as posições daqueles que são resistentes às mudanças pessoais, estruturais e metódicas. São pontos limitadores do novo, da criatividade, da iniciativa e até mesmo da sobrevivência pessoal.
No mundo de hoje as mudanças devem ser fruto de análise de "coração aberto" com a prontidão necessária para incorporá-las e a clareza de visão para rejeitá-las total ou parcialmente. Mas é preciso sempre vê-las com bons olhos, porque a maioria gerará progresso em nós e a evolução é condição para nossa sobrevivência e da organização na qual estamos inseridos.
É tão fácil dizer não a uma ideia nova. Afinal ideias novas causam mudanças e abalam o "status quo", criam incertezas. É sempre muito mais fácil fazer como sempre fizemos, é mais fácil talvez, mais perigoso com certeza. Dessa forma, ideias novas são repelidas em diretorias e linhas de produção no mundo inteiro. Ideias boas são derrubadas por pessoas que supõem que o futuro nada mais é que uma simples continuação do passado, que as ideias que nos trouxeram até onde estamos hoje são as mesmas que nos guiarão amanhã. Os sinais do verdadeiro pioneiro do paradigma são a coragem e a confiança em suas ideias.
Percebe-se que sempre haverá outra solução para o problema, sempre haverá outra porta para que se abre exatamente como foi para nossos avôs. Há uma certeza de que no outro lado dessa porta existem mais do que oportunidades suficientes para manter aqueles de nós que quiserem ser flexíveis, felizes e ocupados para a vida toda. Se formos flexíveis com nossos paradigmas, podemos perceber as novas oportunidades diante dos novos desafios, e estaremos mais preparados para enfrentar as ameaças na vida.
* Michael Mutinda, editor do blog MwanaaSuu, é estudante de Teologia no ITESP, São Paulo.
Fonte: Revista Missões
Paradigma é uma palavra pouco conhecida, não se ouve todo dia. Muitos pesquisadores a definem como, "conjunto de pressupostos teóricos que orientam a atividade cientifica na definição do objeto e do contexto de estudo, nos métodos de coleta e seleção de dados, bem como na sua análise". Thomas S. Kuhn no seu livro, "A Estrutura das Revoluções Científicas" a define como, "aquilo que os membros de uma comunidade partilham e, inversamente, uma comunidade cientifica consiste em homens que partilham um paradigma". Além disso, fala do estudo dos paradigmas como o que prepara basicamente o estudante para ser membro da comunidade cientifica na qual atuará mais tarde.
Se consultarmos o verbete paradigma no dicionário, veremos que significa padrão ou modelo. Paradigmas são conjuntos de regras e regulamentos com duas funções: Estabelecem limites e mostram como ter sucesso resolvendo problemas dentro destes limites. Colocando em termos genéricos, os paradigmas filtram a experiência que chega. Estamos vendo o mundo através de nossos paradigmas o tempo todo. Constantemente selecionamos do mundo aqueles dados que se ajustam melhor às nossas regras e regulamentos e tentamos ignorar o resto. Como resultado o que pode ser perfeitamente obvio para uma pessoa com um paradigma, pode ser totalmente imperceptível para alguém com um paradigma diferente.
No mundo atual as mudanças ocorrem a todo momento, seja na vida pessoal, nos valores sociais, seja na vida profissional ou na vida espiritual; a vida está numa marcha constante de mentalidade, novas atitudes, novos métodos e estruturas e mudanças de paradigmas. E temos que estar preparados para elas senão ficaremos cada vez mais distantes de nosso tempo. Mas infelizmente, muitas pessoas são resistentes às mudanças e diversos são os fatores que as levam a se portarem assim: comodismo, medo do novo, do desconhecido, de perder o poder, desconhecimento do conteúdo das vantagens e/ou desvantagens das mudanças que surgem, desconhecimento das mudanças que ocorrem no ambiente, interno e externo, e o pior de todos é a paralisia de paradigma ou "efeito paradigma", quando os nossos valores, fazem com que não aceitemos novas ideias por desafiarem os paradigmas "incrustados" em nossa mente. Thomas Kuhn nos adverte: "A pessoa que abraça o novo paradigma logo no inicio, muitas vezes precisa fazê-lo desafiando as provas oferecidas pela solução dos problemas, ele precisa, portanto, ter fé que o novo paradigma terá sucesso, apesar dos muitos problemas que enfrenta, sabendo apenas que o paradigma anterior falhou um pouco. Uma decisão desse tipo só pode ser tomada com fé".
É muito comum encontrar pessoas que manifestam resistência contra mudanças de paradigmas. Nessa resistência, diversas frases são características, como por exemplo: "Sempre fizemos assim e sempre deu certo, porque mudar?"; "Isto é loucura"; "Da forma que fazemos é melhor"; "Está tudo tão bem, para que mudar?"; "Temos receio do que possa acontecer, é melhor não arriscar"; "Isto não vai dar certo"; "Não se mexe em time que está ganhando"; "Precisamos de um tempo para ver isto"; "Francamente, eu ainda não sei se vale a pena"; e outras tipos de comentários. Essas manifestações de resistência mostram as posições daqueles que são resistentes às mudanças pessoais, estruturais e metódicas. São pontos limitadores do novo, da criatividade, da iniciativa e até mesmo da sobrevivência pessoal.
No mundo de hoje as mudanças devem ser fruto de análise de "coração aberto" com a prontidão necessária para incorporá-las e a clareza de visão para rejeitá-las total ou parcialmente. Mas é preciso sempre vê-las com bons olhos, porque a maioria gerará progresso em nós e a evolução é condição para nossa sobrevivência e da organização na qual estamos inseridos.
É tão fácil dizer não a uma ideia nova. Afinal ideias novas causam mudanças e abalam o "status quo", criam incertezas. É sempre muito mais fácil fazer como sempre fizemos, é mais fácil talvez, mais perigoso com certeza. Dessa forma, ideias novas são repelidas em diretorias e linhas de produção no mundo inteiro. Ideias boas são derrubadas por pessoas que supõem que o futuro nada mais é que uma simples continuação do passado, que as ideias que nos trouxeram até onde estamos hoje são as mesmas que nos guiarão amanhã. Os sinais do verdadeiro pioneiro do paradigma são a coragem e a confiança em suas ideias.
Percebe-se que sempre haverá outra solução para o problema, sempre haverá outra porta para que se abre exatamente como foi para nossos avôs. Há uma certeza de que no outro lado dessa porta existem mais do que oportunidades suficientes para manter aqueles de nós que quiserem ser flexíveis, felizes e ocupados para a vida toda. Se formos flexíveis com nossos paradigmas, podemos perceber as novas oportunidades diante dos novos desafios, e estaremos mais preparados para enfrentar as ameaças na vida.
* Michael Mutinda, editor do blog MwanaaSuu, é estudante de Teologia no ITESP, São Paulo.
Fonte: Revista Missões
24/08/2010
Encontro contra a Militarização interpõe demandas e reforça compromissos - Natasha Pitts *
Unidos com a intenção de fortalecer a luta contra a militarização nas Américas, os participantes do ‘Encontro Internacional de Mulheres e Povos das Américas contra a Militarização’, realizado de 16 a 23 deste mês, na Colômbia, publicaram ontem um comunicado com todas as suas reivindicações e compromissos. Lutar por justiça para as mulheres e rechaçar, cada dia com mais intensidade, a militarização e a ingerência estrangeira, foram os principais posicionamentos.
O Encontro contra a Militarização aconteceu em um contexto de ameaça de guerra mundial que está sendo sentido por diversas nações e nos diferentes territórios. Este clima de medo e repressão é vivenciado constantemente pela população da Colômbia, na forma de conflitos armados internos, e pesa com mais força sobre as mulheres. Por este motivo, os participantes do Encontro reiteraram o compromisso de "lutar por justiça para as mulheres e para que se pare com a violência, a intimidação, o controle e a utilização das mulheres como botim de guerra".
O Encontro também aconteceu simultaneamente às investidas do imperialismo estadunidense que busca, por meio de "estratégias agressivas de colonização, reposicionar-se e tratar de recuperar a grande crise de seu sistema capitalista". Para combater esta realidade, o compromisso firmado foi o de recusar a estratégia dos EUA de militarizar a vida, o território, os desejos e as consciências de diversas populações, assim como exigir a retirada das bases militares de todas as nações.
A situação do Haiti, ocupado militarmente com mais intensidade após o terremoto de 12 de janeiro, não foi esquecida. A retirada das tropas do Brasil e dos EUA, que compõem a Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti - Minustah, é pedida com urgência por haver visível ingerência estrangeira nas decisões do país.
Da mesma forma, foi lembrada a intervenção militar na Costa Rica, nação onde mais de 7000 militares, 46 navios e cerca de 200 helicópteros das forças de segurança estadunidense estão em atividade a pretexto de combater o narcotráfico.
Abordando a realidade da constante violação aos direitos humanos, na Colômbia e no mundo, sobretudos dos defensores/as destes direitos, os participantes do Encontro repudiaram a criminalização da luta dos povos, "que significa a morte e repressão contra mulheres e homens e seus processos organizativos".
Honduras também esteve em pauta. A luta da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), que busca a refundação do país e clama por uma Assembleia Nacional Constituinte Popular e Democrática, continuará a ser apoiada. O Encontro foi também uma oportunidade para os movimentos reforçassem sua postura de não reconhecimento do governo de Porfirio Lobo, atual presidente hondurenho.
Diversas outras reivindicações e compromissos estiveram presentes no documento final do Encontro Internacional. Todos convergem para a luta pela paz, pela justiça, pela reparação, pelo combate à militarização e pelo respeito às mulheres e aos seus processos organizativos. O documento final também reforçou que a luta por estes objetivos não termina em breve e seguirá mais forte com a união dos povos indígenas, afrodescendentes, mulheres, sindicalistas, artistas, campesinos/as e diversos outros atores sociais dispostos a lutar por outra América.
"Hoje, como movimentos sociais, reafirmamos nosso compromisso pela vida digna, a defesa de nossos territórios, a soberania, a autonomia, a autodeterminação, a cultura e a ancestralidade, entendendo que a luta contra a militarização e as bases militares é um pilar fundamental pela paz", encerra o documento.
* Jornalista da Adital
Fonte: Adital
O Encontro contra a Militarização aconteceu em um contexto de ameaça de guerra mundial que está sendo sentido por diversas nações e nos diferentes territórios. Este clima de medo e repressão é vivenciado constantemente pela população da Colômbia, na forma de conflitos armados internos, e pesa com mais força sobre as mulheres. Por este motivo, os participantes do Encontro reiteraram o compromisso de "lutar por justiça para as mulheres e para que se pare com a violência, a intimidação, o controle e a utilização das mulheres como botim de guerra".
O Encontro também aconteceu simultaneamente às investidas do imperialismo estadunidense que busca, por meio de "estratégias agressivas de colonização, reposicionar-se e tratar de recuperar a grande crise de seu sistema capitalista". Para combater esta realidade, o compromisso firmado foi o de recusar a estratégia dos EUA de militarizar a vida, o território, os desejos e as consciências de diversas populações, assim como exigir a retirada das bases militares de todas as nações.
A situação do Haiti, ocupado militarmente com mais intensidade após o terremoto de 12 de janeiro, não foi esquecida. A retirada das tropas do Brasil e dos EUA, que compõem a Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti - Minustah, é pedida com urgência por haver visível ingerência estrangeira nas decisões do país.
Da mesma forma, foi lembrada a intervenção militar na Costa Rica, nação onde mais de 7000 militares, 46 navios e cerca de 200 helicópteros das forças de segurança estadunidense estão em atividade a pretexto de combater o narcotráfico.
Abordando a realidade da constante violação aos direitos humanos, na Colômbia e no mundo, sobretudos dos defensores/as destes direitos, os participantes do Encontro repudiaram a criminalização da luta dos povos, "que significa a morte e repressão contra mulheres e homens e seus processos organizativos".
Honduras também esteve em pauta. A luta da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), que busca a refundação do país e clama por uma Assembleia Nacional Constituinte Popular e Democrática, continuará a ser apoiada. O Encontro foi também uma oportunidade para os movimentos reforçassem sua postura de não reconhecimento do governo de Porfirio Lobo, atual presidente hondurenho.
Diversas outras reivindicações e compromissos estiveram presentes no documento final do Encontro Internacional. Todos convergem para a luta pela paz, pela justiça, pela reparação, pelo combate à militarização e pelo respeito às mulheres e aos seus processos organizativos. O documento final também reforçou que a luta por estes objetivos não termina em breve e seguirá mais forte com a união dos povos indígenas, afrodescendentes, mulheres, sindicalistas, artistas, campesinos/as e diversos outros atores sociais dispostos a lutar por outra América.
"Hoje, como movimentos sociais, reafirmamos nosso compromisso pela vida digna, a defesa de nossos territórios, a soberania, a autonomia, a autodeterminação, a cultura e a ancestralidade, entendendo que a luta contra a militarização e as bases militares é um pilar fundamental pela paz", encerra o documento.
* Jornalista da Adital
Fonte: Adital
23/08/2010
CONVERSÃO PASTORAL E RENOVAÇÃO MISSIONÁRIA - Estêvão Raschietti*
Desafios e perspectivas a partir do Documento de Aparecida (DA). A missão de comunicar vida é a razão de ser da Igreja (cf. DA 373). Por isso ela é chamada a desinstalar-se: “a Igreja necessita de forte comoção que a impeça de se instalar na comodidade, no estancamento e na indiferença, à margem do sofrimento dos pobres do continente” (DA 362). Se “missão” significa “envio”, todo envio pressupõe um deslocamento e uma saída: “nós somos agora, na América Latina e no Caribe, seus discípulos e discípulas, chamados a navegar mar adentro para uma pesca abundante. Trata-se de sair de nossa consciência isolada e de nos lançarmos, com ousadia e confiança (parrésia), à missão de toda a Igreja” (DA 363). A conversão missionária da qual fala o Documento de Aparecida (DA) em uma de suas páginas centrais (cf 7.2 - Conversão pastoral e renovação missionária das comunidades) trata-se substancialmente de uma saída. Na saída de si, do círculo da própria comunidade e dos confins da própria terra, se realiza para a Igreja essa conversão. Paradoxalmente, é nessa saída que a Igreja encontra sua razão de ser e sua própria identidade.
Temos que ser de novo evangelizados.
O tema da conversão, antes de ser dirigido aos destinatários da missão, é apontado pelo DA como exigência fundamental para a própria Igreja. Com o mesmo espírito do Vaticano II, Aparecida analisa que, na atual conjuntura de grandes mudanças, “sentimo-nos desafiados a discernir os ‘sinais dos tempos’” (DA 33) e “a assumir uma atitude de permanente conversão pastoral” (DA 366). Na mudança global a Igreja precisa mudar também, mas não apenas pastoralmente “seu jeito de ser”: ela precisa ser evangelizada de novo para converter-se numa Igreja cheia de ímpeto e audácia evangelizadora (cf DA 549). Conversão é um convite para Igreja e não, primeiramente, para o mundo. O conteúdo dessa conversão consiste no surpreendente e profundo re-encantamento com a essência do Evangelho, um Evangelho assumido e vivido não como doutrina, mas como “práxis de vida baseada no dúplice mandamento do amor”. Essas palavras do papa Bento XVI indicam um caminho a seguir, aparentemente quase óbvio: “não temos de dar nada como pressuposto e descontado, todos os batizados são chamados a ‘recomeçar a partir de Cristo’” (DA 549).
O motivo da conversão missionária não é novo. Já a Redemptoris Missio declarava que: “a ação evangelizadora da comunidade cristã, primeiramente no próprio território e depois, mais além, como participação na missão universal, é o sinal mais claro da maturidade da fé. Impõe-se uma conversão radical da mentalidade para nos tornarmos missionários - e isto vale tanto para os indivíduos como para as comunidades” (RMi 49).
Relacionar essas afirmações com a seguinte passagem do Decreto Ad Gentes, pode ressoar um tanto intrigante e desafiador: “a graça da renovação não pode crescer nas comunidades, a não ser que cada uma dilate o campo da sua caridade até aos confins da terra e tenha igual solicitude pelos que são de longe como pelos que são seus próprios membros” (AG 37). O Vaticano II aponta decididamente para a dimensão universal da missão como fator determinante para uma verdadeira conversão entendida como saída de si.
Em que medida isso faz sentido para a realidade latino-americana? A saída de si tem como horizonte os confins da terra. É sempre um andar “extrovertido” além de todas as fronteiras. Essa universalidade não significa “tarefa específica”, mas diz respeito à própria essência e à dinâmica da missão. Se nossa missão fosse geográfica, cultural, étnica, socialmente ou eclesialmente limitada e se dirigisse somente a uma pequena clientela de “eleitos”, ela se tornaria excludente. João Paulo II em sua encíclica missionária afirma: “Sem a missão Ad Gentes, a própria dimensão missionária da Igreja ficaria privada do seu significado fundamental e do seu exemplo de atuação” (RM 34).
De que maneira podemos suscitar em nossos batizados e em nossas comunidades uma abertura verdadeiramente missionária sem uma perspectiva genuinamente sem fronteiras, católica, atenta e sensível ao mundo todo? Sem esse respiro, corremos o risco de cair “na armadilha de nos fechar em nós mesmos” (DA 376), numa dinâmica centrípeta e, afinal, egocêntrica, traindo a missão e o espírito do próprio Evangelho.
Peregrinos a caminho.
Ainda hoje, apesar de nossos esforços, somos tentados a compreender a missão a partir de nós. O princípio da missão consiste no seguinte: não podemos esperar que as pessoas venham a nós, precisamos nós ir ao encontro delas e lhes anunciar a Boa Nova ali mesmo onde se encontram. Isso parece quase óbvio. No entanto, na prática, a Igreja sempre teve a tentação de evangelizar os povos a partir de sua própria condição, permanecendo em seu lugar, a partir de sua própria cultura, enviando e delegando seus missionários, mas sem se envolver num movimento de saída e de inserção nas situações que desejavam evangelizar.
Nesse sentido, metáforas usadas pelo DA em descrever a Igreja e sua missão, podem levar a algum equívoco. Por exemplo, a frequente imagem da Igreja como “casa e escola”, assim como o verbo “acolher” que a acompanha, expressam uma dinâmica missionária só por analogia. Missionário não é, em si, aquele que acolhe, mas é o acolhido. Missão é um termo que desde o Vaticano II serve um pouco para descrever toda ação da Igreja. No entanto, não podemos perder de vista o que especificamente se entende com isso, sob pena de esvaziar o seu sentido.
Uma Igreja enviada é uma Igreja que está fora de casa, que faz a experiência radical do seguimento, do despojamento e da itinerância, como companheira dos pobres (cf DA 398) e como hóspede na casa dos outros. O discípulo é essencialmente um peregrino e um enviado que deixou casa, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, terras, por causa de Jesus. Esse Jesus disse: “Eu sou o Caminho” (Jo 14, 6) e não: “Eu sou a chegada”. Jesus inverte a perspectiva de Tomé, que queria conhecer o caminho a partir do ponto de chegada: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” (Jo 14, 5). Esta identificação de Jesus com o caminho foi algo de marcante para os primeiros cristãos. Eles se autodenominavam de “pertencentes ao Caminho” (At 9, 2).
A palavra “caminho” aparece mais de cem vezes no DA. Isso indica que o caminho não afasta a Igreja da sua origem ou das suas raízes. Pelo contrário. É um encontro com suas raízes em Jesus, “o Deus de rosto humano”. Ao mesmo tempo, os discípulos de Jesus não são árvores. Eles têm uma relação diferente com o chão da história. Eles “vivem dispersos como estrangeiros no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1Pd 1, 1) mas são “concidadãos do povo de Deus e membros da família de Deus” (Ef 2, 19). Seus pés foram feitos para caminhar e não para ficar plantados num determinado lugar. A raiz é presa ao chão por um trato cruel: “se você quer se libertar, morre”. A missão faz da Igreja uma peregrina livre de qualquer amarra contextual, num caminhar cheio de imprevistos, aberto, desarmado na simplicidade e na pobreza, que convida continuamente descobrir Deus de novo no pobre e no outro.
Abandonar as estruturas caducas.
Na história da evangelização, a missão foi entendida a partir da cristandade, como uma saída geográfica para territórios não-cristãos, que tinha como objetivo a expansão e a implantação da Igreja no mundo. O próprio conceito de Ad Gentes estava impregnado de uma forte visão etnocêntrica e eclesiocêntrica. Os destinatários desta missão eram as gentes ou pagãos, dois termos com conotações depreciativas. Quem se considera “povo eleito” chama os outros de gentes ou de pagãos, que significam no latim “rudes”, “toscos”, “camponeses”, “atrasados”. A missão cristã aos diferentes povos foi muitas vezes marcada por um trágico senso de superioridade e por uma presunção civilizadora absolutamente secular.
Pelo menos desde Carlos Magno (†814) o anúncio do Evangelho a todos os povos concretizou-se com agressões militares que arrasavam e impunham com a espada o batismo e a “salvação cristã”. Na experiência fundante do “Novo Mundo”, mais uma vez, a missão cristã foi cúmplice e parceira estratégica de uma aventura sangrenta de desencontro, de opressão e de domínio. A colonização do mundo por parte do Ocidente forneceu, de fato, o contexto para o surgimento da missão. Se, de um lado, não podemos identificar a colonização com a missão, por outro os muitos exemplos de missionários que resistiram corajosamente às potências coloniais e às suas políticas não mudaram significativamente o quadro geral.
Seria, então, a própria missão Ad Gentes uma “estrutura caduca” da qual fala o DA 365? Em certos sentidos sim. Contudo, algumas tentativas em abandonar esse conceito e essa prática, curiosamente, não deram certo. Uma delas foi o de substituir a palavra “missão” pelo termo mais bíblico “evangelização”. A Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi de Paulo VI, representou um esforço nessa direção, na tentativa de expurgar a missão da Igreja de toda uma ideologia exclusivista, eclesiocêntrica, hegemônica e expansionista. Nessa operação de boas intenções, porém, essa ideologia disfarçadamente permaneceu nas práticas das Igrejas, e o problema das mediações históricas do Evangelho, indelevelmente marcadas por limitações e pecados, não foi substancialmente resolvido. Além do mais, o conceito de “evangelização” era perigosamente menos amplo do que “missão”: evangelização é missão, mas missão não é somente evangelização, é também diálogo, promoção humana, testemunho, todas as atividades que servem para libertar o ser humano da escravidão na presença do Reino vindouro.
O caminhar da missão em direção a esse Reino é sempre um caminhar no Espírito que exige um trabalho permanente e penitencial de discernimento entre desejo, esperança, riscos a serem assumidos e realidade. Esse discernimento é feito a partir das origens do caminho, e constitui o elemento essencial para não confundir a fidelidade ao Senhor com a fixação em esquemas limitados. As estruturas caducas que precisam ser abandonadas (cf DA 365) estão sedimentadas no profundo de nossa consciência eclesial. Por isso necessita uma ação insistente, paciente e participativa de mudança de mentalidade da qual possam surgir “processos constantes de renovação missionária” (DA 365).
A dignidade dos pobres.
“Reconhecer a imensa dignidade dos pobres aos olhos de Cristo” (DA 398). Pelo mesmo crivo passam também pilares fundantes da teologia da missão: a unicidade da salvação em Cristo e a necessidade da Igreja. Seriam também esses conceitos “estruturas caducas” a serem abandonadas? A pretensão universalista cristã está baseada na proclamação de um único e verdadeiro Deus, e na adoção de meios específicos para a salvação. Se tirarmos esses dois conceitos chaves, não há mais qualquer razão para a missão e nem para a existência da própria Igreja. Como então reafirmá-los evitando qualquer fundamentalismo e exclusivismo? A reflexão teológica e a prática missionária juntam-se nesta busca a partir da convicção que Cristo e Igreja permanecem um mistério de fé. Participamos deste mistério na medida em que nos aproximamos sempre mais através de nossa compreensão, nossa prática e nossa missão. Compreender a missão não como atividade ou território, mas como “essência” de Deus e da Igreja, significa adoção de uma prática jesuana de proximidade aos outros e aos pobres, para comunicar vida em termos de humanidade, compaixão, gratuidade e fraternidade sem fronteiras, como caminho de salvação. “Fora do dom da vida (acolhido e oferecido) e da fraternidade não há salvação”, diria o DA com outras palavras (cf DA 359-360).
Esse anúncio para todos os povos deve lidar com o mistério de Deus, mas também com o mistério da pessoa humana que se torna interlocutora e destinatária dessa missão. Humanidade e compaixão se traduzem testemunhalmente em proximidade e reconhecimento.
Para a missão isso foi sempre um problema que se expressou nas definições severas dos outros como gentes, pagani, infiéis. Quem é, afinal, o outro? O outro para a missão permanece algo de indefinido a ser reconhecido e acolhido assim como ele se oferece. Quando encontra Natanael, Jesus reconhece primeiro o valor do jovem, apesar desse não ter logo reconhecido Jesus (cf. Jo 1, 45-49). A nossa missão precisa começar pelo reconhecimento dos “Natanaeis” do nosso tempo. Eles são também “dons de Deus” (o nome Natanael significa “Deus doou”). Nós podemos aceitar esse dom que Deus nos oferece na pessoa de Natanael somente se antes aceitarmos a maneira com a qual Natanael se doa a nós.
A missão evangelizadora na América de todos os tempos é deficitária desse reconhecimento dos outros e de suas culturas. Mas, há 40 anos, Medellín começou abrir as primeiras clareiras de descolonização, identificando o destinatário da missão no pobre, um pobre com rosto concreto (cf Puebla, 31-39), reconhecido em seu “valor inestimável aos olhos de Deus” (Medellín, 15, 7). Somente os olhos de Deus conseguem ver nas “ovelhas perdidas” a imagem copiosa da “grande colheita” (cf Mt 9, 36). A opção pelos pobres é fundamentalmente uma opção de fé e uma opção pelo ser humano ao mesmo tempo (se é que há intervalo de tempo entre as duas coisas). Uma opção para salvar a pessoa da dependência opressora e da dominação injusta, e uma opção para encontrar a Deus (cf. DA 257). Isso implica para a Igreja um deslocamento fundamental, uma saída de si, em termos de perceber e questionar a realidade do mundo do ponto de vista das vítimas, dos crucificados e dos injustiçados. Implica também, e sobretudo, a adesão a um projeto de mundo global mais justo e solidário, significativamente “outro” daquilo que temos diante dos olhos.
* Estêvão Raschietti, SX, é assessor do Conselho Missionário Nacional – Comina, e diretor do Centro Cultural Missionário - CCM, em Brasília, DF.
Temos que ser de novo evangelizados.
O tema da conversão, antes de ser dirigido aos destinatários da missão, é apontado pelo DA como exigência fundamental para a própria Igreja. Com o mesmo espírito do Vaticano II, Aparecida analisa que, na atual conjuntura de grandes mudanças, “sentimo-nos desafiados a discernir os ‘sinais dos tempos’” (DA 33) e “a assumir uma atitude de permanente conversão pastoral” (DA 366). Na mudança global a Igreja precisa mudar também, mas não apenas pastoralmente “seu jeito de ser”: ela precisa ser evangelizada de novo para converter-se numa Igreja cheia de ímpeto e audácia evangelizadora (cf DA 549). Conversão é um convite para Igreja e não, primeiramente, para o mundo. O conteúdo dessa conversão consiste no surpreendente e profundo re-encantamento com a essência do Evangelho, um Evangelho assumido e vivido não como doutrina, mas como “práxis de vida baseada no dúplice mandamento do amor”. Essas palavras do papa Bento XVI indicam um caminho a seguir, aparentemente quase óbvio: “não temos de dar nada como pressuposto e descontado, todos os batizados são chamados a ‘recomeçar a partir de Cristo’” (DA 549).
O motivo da conversão missionária não é novo. Já a Redemptoris Missio declarava que: “a ação evangelizadora da comunidade cristã, primeiramente no próprio território e depois, mais além, como participação na missão universal, é o sinal mais claro da maturidade da fé. Impõe-se uma conversão radical da mentalidade para nos tornarmos missionários - e isto vale tanto para os indivíduos como para as comunidades” (RMi 49).
Relacionar essas afirmações com a seguinte passagem do Decreto Ad Gentes, pode ressoar um tanto intrigante e desafiador: “a graça da renovação não pode crescer nas comunidades, a não ser que cada uma dilate o campo da sua caridade até aos confins da terra e tenha igual solicitude pelos que são de longe como pelos que são seus próprios membros” (AG 37). O Vaticano II aponta decididamente para a dimensão universal da missão como fator determinante para uma verdadeira conversão entendida como saída de si.
Em que medida isso faz sentido para a realidade latino-americana? A saída de si tem como horizonte os confins da terra. É sempre um andar “extrovertido” além de todas as fronteiras. Essa universalidade não significa “tarefa específica”, mas diz respeito à própria essência e à dinâmica da missão. Se nossa missão fosse geográfica, cultural, étnica, socialmente ou eclesialmente limitada e se dirigisse somente a uma pequena clientela de “eleitos”, ela se tornaria excludente. João Paulo II em sua encíclica missionária afirma: “Sem a missão Ad Gentes, a própria dimensão missionária da Igreja ficaria privada do seu significado fundamental e do seu exemplo de atuação” (RM 34).
De que maneira podemos suscitar em nossos batizados e em nossas comunidades uma abertura verdadeiramente missionária sem uma perspectiva genuinamente sem fronteiras, católica, atenta e sensível ao mundo todo? Sem esse respiro, corremos o risco de cair “na armadilha de nos fechar em nós mesmos” (DA 376), numa dinâmica centrípeta e, afinal, egocêntrica, traindo a missão e o espírito do próprio Evangelho.
Peregrinos a caminho.
Ainda hoje, apesar de nossos esforços, somos tentados a compreender a missão a partir de nós. O princípio da missão consiste no seguinte: não podemos esperar que as pessoas venham a nós, precisamos nós ir ao encontro delas e lhes anunciar a Boa Nova ali mesmo onde se encontram. Isso parece quase óbvio. No entanto, na prática, a Igreja sempre teve a tentação de evangelizar os povos a partir de sua própria condição, permanecendo em seu lugar, a partir de sua própria cultura, enviando e delegando seus missionários, mas sem se envolver num movimento de saída e de inserção nas situações que desejavam evangelizar.
Nesse sentido, metáforas usadas pelo DA em descrever a Igreja e sua missão, podem levar a algum equívoco. Por exemplo, a frequente imagem da Igreja como “casa e escola”, assim como o verbo “acolher” que a acompanha, expressam uma dinâmica missionária só por analogia. Missionário não é, em si, aquele que acolhe, mas é o acolhido. Missão é um termo que desde o Vaticano II serve um pouco para descrever toda ação da Igreja. No entanto, não podemos perder de vista o que especificamente se entende com isso, sob pena de esvaziar o seu sentido.
Uma Igreja enviada é uma Igreja que está fora de casa, que faz a experiência radical do seguimento, do despojamento e da itinerância, como companheira dos pobres (cf DA 398) e como hóspede na casa dos outros. O discípulo é essencialmente um peregrino e um enviado que deixou casa, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, terras, por causa de Jesus. Esse Jesus disse: “Eu sou o Caminho” (Jo 14, 6) e não: “Eu sou a chegada”. Jesus inverte a perspectiva de Tomé, que queria conhecer o caminho a partir do ponto de chegada: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” (Jo 14, 5). Esta identificação de Jesus com o caminho foi algo de marcante para os primeiros cristãos. Eles se autodenominavam de “pertencentes ao Caminho” (At 9, 2).
A palavra “caminho” aparece mais de cem vezes no DA. Isso indica que o caminho não afasta a Igreja da sua origem ou das suas raízes. Pelo contrário. É um encontro com suas raízes em Jesus, “o Deus de rosto humano”. Ao mesmo tempo, os discípulos de Jesus não são árvores. Eles têm uma relação diferente com o chão da história. Eles “vivem dispersos como estrangeiros no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1Pd 1, 1) mas são “concidadãos do povo de Deus e membros da família de Deus” (Ef 2, 19). Seus pés foram feitos para caminhar e não para ficar plantados num determinado lugar. A raiz é presa ao chão por um trato cruel: “se você quer se libertar, morre”. A missão faz da Igreja uma peregrina livre de qualquer amarra contextual, num caminhar cheio de imprevistos, aberto, desarmado na simplicidade e na pobreza, que convida continuamente descobrir Deus de novo no pobre e no outro.
Abandonar as estruturas caducas.
Na história da evangelização, a missão foi entendida a partir da cristandade, como uma saída geográfica para territórios não-cristãos, que tinha como objetivo a expansão e a implantação da Igreja no mundo. O próprio conceito de Ad Gentes estava impregnado de uma forte visão etnocêntrica e eclesiocêntrica. Os destinatários desta missão eram as gentes ou pagãos, dois termos com conotações depreciativas. Quem se considera “povo eleito” chama os outros de gentes ou de pagãos, que significam no latim “rudes”, “toscos”, “camponeses”, “atrasados”. A missão cristã aos diferentes povos foi muitas vezes marcada por um trágico senso de superioridade e por uma presunção civilizadora absolutamente secular.
Pelo menos desde Carlos Magno (†814) o anúncio do Evangelho a todos os povos concretizou-se com agressões militares que arrasavam e impunham com a espada o batismo e a “salvação cristã”. Na experiência fundante do “Novo Mundo”, mais uma vez, a missão cristã foi cúmplice e parceira estratégica de uma aventura sangrenta de desencontro, de opressão e de domínio. A colonização do mundo por parte do Ocidente forneceu, de fato, o contexto para o surgimento da missão. Se, de um lado, não podemos identificar a colonização com a missão, por outro os muitos exemplos de missionários que resistiram corajosamente às potências coloniais e às suas políticas não mudaram significativamente o quadro geral.
Seria, então, a própria missão Ad Gentes uma “estrutura caduca” da qual fala o DA 365? Em certos sentidos sim. Contudo, algumas tentativas em abandonar esse conceito e essa prática, curiosamente, não deram certo. Uma delas foi o de substituir a palavra “missão” pelo termo mais bíblico “evangelização”. A Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi de Paulo VI, representou um esforço nessa direção, na tentativa de expurgar a missão da Igreja de toda uma ideologia exclusivista, eclesiocêntrica, hegemônica e expansionista. Nessa operação de boas intenções, porém, essa ideologia disfarçadamente permaneceu nas práticas das Igrejas, e o problema das mediações históricas do Evangelho, indelevelmente marcadas por limitações e pecados, não foi substancialmente resolvido. Além do mais, o conceito de “evangelização” era perigosamente menos amplo do que “missão”: evangelização é missão, mas missão não é somente evangelização, é também diálogo, promoção humana, testemunho, todas as atividades que servem para libertar o ser humano da escravidão na presença do Reino vindouro.
O caminhar da missão em direção a esse Reino é sempre um caminhar no Espírito que exige um trabalho permanente e penitencial de discernimento entre desejo, esperança, riscos a serem assumidos e realidade. Esse discernimento é feito a partir das origens do caminho, e constitui o elemento essencial para não confundir a fidelidade ao Senhor com a fixação em esquemas limitados. As estruturas caducas que precisam ser abandonadas (cf DA 365) estão sedimentadas no profundo de nossa consciência eclesial. Por isso necessita uma ação insistente, paciente e participativa de mudança de mentalidade da qual possam surgir “processos constantes de renovação missionária” (DA 365).
A dignidade dos pobres.
“Reconhecer a imensa dignidade dos pobres aos olhos de Cristo” (DA 398). Pelo mesmo crivo passam também pilares fundantes da teologia da missão: a unicidade da salvação em Cristo e a necessidade da Igreja. Seriam também esses conceitos “estruturas caducas” a serem abandonadas? A pretensão universalista cristã está baseada na proclamação de um único e verdadeiro Deus, e na adoção de meios específicos para a salvação. Se tirarmos esses dois conceitos chaves, não há mais qualquer razão para a missão e nem para a existência da própria Igreja. Como então reafirmá-los evitando qualquer fundamentalismo e exclusivismo? A reflexão teológica e a prática missionária juntam-se nesta busca a partir da convicção que Cristo e Igreja permanecem um mistério de fé. Participamos deste mistério na medida em que nos aproximamos sempre mais através de nossa compreensão, nossa prática e nossa missão. Compreender a missão não como atividade ou território, mas como “essência” de Deus e da Igreja, significa adoção de uma prática jesuana de proximidade aos outros e aos pobres, para comunicar vida em termos de humanidade, compaixão, gratuidade e fraternidade sem fronteiras, como caminho de salvação. “Fora do dom da vida (acolhido e oferecido) e da fraternidade não há salvação”, diria o DA com outras palavras (cf DA 359-360).
Esse anúncio para todos os povos deve lidar com o mistério de Deus, mas também com o mistério da pessoa humana que se torna interlocutora e destinatária dessa missão. Humanidade e compaixão se traduzem testemunhalmente em proximidade e reconhecimento.
Para a missão isso foi sempre um problema que se expressou nas definições severas dos outros como gentes, pagani, infiéis. Quem é, afinal, o outro? O outro para a missão permanece algo de indefinido a ser reconhecido e acolhido assim como ele se oferece. Quando encontra Natanael, Jesus reconhece primeiro o valor do jovem, apesar desse não ter logo reconhecido Jesus (cf. Jo 1, 45-49). A nossa missão precisa começar pelo reconhecimento dos “Natanaeis” do nosso tempo. Eles são também “dons de Deus” (o nome Natanael significa “Deus doou”). Nós podemos aceitar esse dom que Deus nos oferece na pessoa de Natanael somente se antes aceitarmos a maneira com a qual Natanael se doa a nós.
A missão evangelizadora na América de todos os tempos é deficitária desse reconhecimento dos outros e de suas culturas. Mas, há 40 anos, Medellín começou abrir as primeiras clareiras de descolonização, identificando o destinatário da missão no pobre, um pobre com rosto concreto (cf Puebla, 31-39), reconhecido em seu “valor inestimável aos olhos de Deus” (Medellín, 15, 7). Somente os olhos de Deus conseguem ver nas “ovelhas perdidas” a imagem copiosa da “grande colheita” (cf Mt 9, 36). A opção pelos pobres é fundamentalmente uma opção de fé e uma opção pelo ser humano ao mesmo tempo (se é que há intervalo de tempo entre as duas coisas). Uma opção para salvar a pessoa da dependência opressora e da dominação injusta, e uma opção para encontrar a Deus (cf. DA 257). Isso implica para a Igreja um deslocamento fundamental, uma saída de si, em termos de perceber e questionar a realidade do mundo do ponto de vista das vítimas, dos crucificados e dos injustiçados. Implica também, e sobretudo, a adesão a um projeto de mundo global mais justo e solidário, significativamente “outro” daquilo que temos diante dos olhos.
* Estêvão Raschietti, SX, é assessor do Conselho Missionário Nacional – Comina, e diretor do Centro Cultural Missionário - CCM, em Brasília, DF.
Santa Rosa de Lima - Padroeira da America Latina.
Para todos nós, hoje é dia de grande alegria, pois podemos celebrar a memória da primeira santa da América do Sul, Padroeira do Peru, das Ilhas Filipinas e de toda a América Latina. Santa Rosa nasceu em Lima (Peru) em 1586; filha de pais espanhóis, chamava-se Isabel Flores, até ser apelidada de Rosa por uma empregada índia que a admirava, dizendo-lhe: "Você é bonita como uma rosa!".
A mudança oficial do nome de Isabel para Rosa ocorreu quando ela tomou o hábito da Ordem Terceira Dominicana, da mesma família de sua santa e modelo de devoção: Santa Catarina de Sena e, a partir desta consagração, passou a chamar-se Rosa de Santa Maria. Devido à ausência de convento no local em que vivia, Santa Rosa de Lima renunciou às inúmeras propostas de casamento e de vida fácil: "O prazer e a felicidade de que o mundo pode me oferecer são simplesmente uma sombra em comparação ao que sinto".
Começou a viver a vida religiosa no fundo do quintal dos pais e, assim, na oração, penitência, caridade para com todos, principalmente índios e negros, Santa Rosa de Lima cresceu na união com Cristo, tanto quanto no sofrimento, por isso, tempos antes de morrer, aos 31 anos (1617), exclamou: "Senhor, fazei-me sofrer, contanto que aumenteis meu amor para convosco".
Foi canonizada a 12 de abril de 1671 pelo Papa Clemente X.
Santa Rosa de Lima, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova.
Rosa bem sabia dos elogios que a envaideciam, por isso buscava ser cada vez mais penitente e obedecer em tudo aos pais, desta forma, crescia na humildade e na intimidade com o amado Jesus. Quando o pai perdeu toda a fortuna, Rosa não se perturbou ao ter que trabalhar de doméstica, pois tinha esta certeza: "Se os homens soubessem o que é viver em graça, não se assustariam com nenhum sofrimento e padeceriam de bom grado qualquer pena, porque a graça é fruto da paciência".
A mudança oficial do nome de Isabel para Rosa ocorreu quando ela tomou o hábito da Ordem Terceira Dominicana, da mesma família de sua santa e modelo de devoção: Santa Catarina de Sena e, a partir desta consagração, passou a chamar-se Rosa de Santa Maria. Devido à ausência de convento no local em que vivia, Santa Rosa de Lima renunciou às inúmeras propostas de casamento e de vida fácil: "O prazer e a felicidade de que o mundo pode me oferecer são simplesmente uma sombra em comparação ao que sinto".
Começou a viver a vida religiosa no fundo do quintal dos pais e, assim, na oração, penitência, caridade para com todos, principalmente índios e negros, Santa Rosa de Lima cresceu na união com Cristo, tanto quanto no sofrimento, por isso, tempos antes de morrer, aos 31 anos (1617), exclamou: "Senhor, fazei-me sofrer, contanto que aumenteis meu amor para convosco".
Foi canonizada a 12 de abril de 1671 pelo Papa Clemente X.
Santa Rosa de Lima, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova.
Benedict XVI: Man Is Made for Great Things
Benedict XVI has sent a message to the 31st Meeting for Friendship Among Peoples, in which he reflects on the ultimate goal of man's heart.
The papal message was sent by the Pope's secretary of state, Cardinal Tarcisio Bertone, for the opening Mass of the weeklong conference, which began today in Rimini.
The theme of this year's meeting, which is sponsored annually by the Catholic lay Communion and Liberation movement, is "That Nature Which Pushes Us to Desire Great Things Is the Heart."
The Pope explained that "man is often tempted to stop at the little things, those that give a 'cheap' satisfaction and pleasure, those things that instantly gratify, things that are as easy to obtain as they are ultimately illusory."
But, he continued, man "does not live by bread alone." Recalling the answer Jesus gave when tempted by the devil, the Holy Father affirmed that only God "satiates man's deep hunger."
"Finite things," he added, "can give glimmers of satisfaction or joy, but only the infinite can completely fill man's heart."
"God," Benedict XVI said, "came into the world to reawaken the thirst for great things in us."
Augustine and Aquinas
The Pope then pointed out the meaning and importance of prayer. Citing St. Augustine, he explained that "we can ask everything of God, everything that is good."
"In dialogue with him," he continued, "bringing our whole life before his eyes, we learn to desire the good things, to desire, at bottom, God himself."
In this context he told of how St. Thomas Aquinas, in one of his moments of prayer, heard the Lord say to him: "You have written well of me Thomas. What do you desire?" Thomas replied, "Nothing other than you."
Benedict XV then affirmed: "Learning to pray is learning to desire, and thus, learning to live."
The Holy Father remembered Monsignor Luigi Giussani, the founder of Communion and Liberation, who died in 2005, and pledged his spiritual unity "with the participants in the Communion and Liberation movement."
He Rome recalled that, during an audience in St. Peter's Square on March 24, 2007, he had said that "Don Giussani committed himself […] to reawakening in young people the love of Christ, […] repeating that he alone is the road to the realization of the deepest desires of man's heart."
The Pontiff's message to the Meeting concluded with the apostolic blessing and hopes that those participating in the meeting will know that "the great things that the human heart longs for are found in God."
Fonte: ZENIT
The papal message was sent by the Pope's secretary of state, Cardinal Tarcisio Bertone, for the opening Mass of the weeklong conference, which began today in Rimini.
The theme of this year's meeting, which is sponsored annually by the Catholic lay Communion and Liberation movement, is "That Nature Which Pushes Us to Desire Great Things Is the Heart."
The Pope explained that "man is often tempted to stop at the little things, those that give a 'cheap' satisfaction and pleasure, those things that instantly gratify, things that are as easy to obtain as they are ultimately illusory."
But, he continued, man "does not live by bread alone." Recalling the answer Jesus gave when tempted by the devil, the Holy Father affirmed that only God "satiates man's deep hunger."
"Finite things," he added, "can give glimmers of satisfaction or joy, but only the infinite can completely fill man's heart."
"God," Benedict XVI said, "came into the world to reawaken the thirst for great things in us."
Augustine and Aquinas
The Pope then pointed out the meaning and importance of prayer. Citing St. Augustine, he explained that "we can ask everything of God, everything that is good."
"In dialogue with him," he continued, "bringing our whole life before his eyes, we learn to desire the good things, to desire, at bottom, God himself."
In this context he told of how St. Thomas Aquinas, in one of his moments of prayer, heard the Lord say to him: "You have written well of me Thomas. What do you desire?" Thomas replied, "Nothing other than you."
Benedict XV then affirmed: "Learning to pray is learning to desire, and thus, learning to live."
The Holy Father remembered Monsignor Luigi Giussani, the founder of Communion and Liberation, who died in 2005, and pledged his spiritual unity "with the participants in the Communion and Liberation movement."
He Rome recalled that, during an audience in St. Peter's Square on March 24, 2007, he had said that "Don Giussani committed himself […] to reawakening in young people the love of Christ, […] repeating that he alone is the road to the realization of the deepest desires of man's heart."
The Pontiff's message to the Meeting concluded with the apostolic blessing and hopes that those participating in the meeting will know that "the great things that the human heart longs for are found in God."
Fonte: ZENIT
22/08/2010
Os paradigmas influenciam nossos juízos e processos de decisões - Por Michael Mutinda
“Os paradigmas influenciam nossos juízos e processos de decisões. Se formos flexíveis com nossos paradigmas, podemos notar novas oportunidades diante dos novos desafios, mas se sofrermos de paralisia paradigmática veremos apenas ameaças.”
Paradigma é uma palavra meio incomum, não se ouve todo dia. Thomas S. Kuhn no seu livro, “A Estrutura das Revoluções Científicas”, apresenta a concepção de que "um paradigma, é aquilo que os membros de uma comunidade partilham e, inversamente, uma comunidade científica consiste em homens que partilham um paradigma”, e define "o estudo dos paradigmas como o que prepara basicamente o estudante para ser membro da comunidade científica na qual atuará mais tarde". Se olhar paradigma no dicionário, verá que significa padrão ou modelo. Paradigmas são conjuntos de regras e regulamentos que fazem duas coisas: Estabelecem limites e mostram como ter sucesso resolvendo problemas dentro destes limites. Colocando em termos genéricos, os paradigmas filtram a experiência que chega. Estamos vendo o mundo através de nossos paradigmas o tempo todo. Constantemente selecionamos do mundo aqueles dados que se ajustam melhor às nossas regras e regulamentos e tentamos ignorar o resto. Como resultado o que pode ser perfeitamente obvio para uma pessoa com um paradigma, pode ser totalmente imperceptível para alguém com um paradigma diferente.
No mundo atual as mudanças ocorrem a todo momento, seja na vida pessoal, nos valores sociais, seja na vida profissional ou na vida espiritual; a vida está numa marcha constante de mentalidade, novas atitudes, novos métodos e estruturas e, mudanças de paradigmas. E temos que estar preparados para elas senão ficaremos cada vez mais distantes de nosso tempo. Mas infelizmente muitas pessoas são resistentes às mudanças e diversos são os fatores que levam a elas se portarem assim: Comodismo, Medo do novo, Medo do desconhecido, Receio de perder o poder, Desconhecimento do conteúdo das vantagens e/ou desvantagens das mudanças que surgem, Desconhecimento das mudanças que ocorrem no ambiente, interno e externo, e o pior de todos é a Paralisia de Paradigma ou “efeito paradigma”, quando os nossos valores, fazem com que não aceitemos novas idéias por estarem contra os paradigmas “incrustados” em nossa mente. Thomas Kuhn nos adverte: “A pessoa que abraça o novo paradigma logo no inicio, muitas vezes precisa fazê-lo desafiando as provas oferecidas pela solução dos problemas, ele precisa, portanto, ter fé que o novo paradigma terá sucesso, apesar dos muitos problemas que enfrenta, sabendo apenas que o paradigma anterior falhou um pouco. Uma decisão desse tipo só pode ser tomada com fé”.
É muito comum escutar as pessoas com manifestações de resistência contra mudanças de paradigmas. Diversas frases são características a esta resistência, por exemplo: Sempre fizemos assim e sempre deu certo, porque mudar? ; Isto é loucura; Da forma que fazemos é melhor; Está tudo tão bem, para que mudar? ; Temos receio do que possa acontecer, é melhor não arriscar; Isto não vai dar certo; Não se mexe em time que está ganhando; Precisamos de um tempo para ver isto; Francamente, eu ainda não sei se vale a pena e outras tipos de comentários. Essas manifestações de resistência mostram as posições daqueles que são resistentes às mudanças pessoais, estruturais e metódicas. São pontos limitadores do novo, da criatividade, da iniciativa e até mesmo da sobrevivência pessoal. No mundo de hoje as mudanças devem ser fruto de análise de “coração aberto” com a prontidão necessária para incorporá-las e a clareza de visão para rejeitá-las total ou parcialmente. Mas é preciso sempre vê-las com bons olhos, porque a maioria gerará progresso em nós e a evolução é condição para nossa sobrevivência e da organização.
É tão fácil dizer não a uma idéia nova. Afinal idéias novas causam mudanças, elas destroem o “status quo”, elas criam incertezas, é sempre muito mais fácil fazer como sempre fizemos, é mais fácil talvez, mais perigoso com certeza. Idéias novas são repelidas em diretorias e linhas de produção no mundo inteiro. Idéias boas são derrubadas por pessoas que supõem que o futuro nada mais é que uma simples continuação do passado, que as idéias que nos trouxeram até onde estamos hoje são as mesmas idéias que irão nos levar até o amanhã. Os sinais do verdadeiro pioneiro do paradigma são a coragem e a confiança em suas idéias.
Percebe-se que sempre haverá outra solução para o problema, sempre haverá outra porta para atravessar e exatamente como foi para nossos avôs, há certeza que o outro lado dessa porta há mais do que oportunidades suficientes para manter aqueles de nós que quiserem ser flexíveis, felizes e ocupados para a vida toda. Se formos flexíveis com nossos paradigmas, podemos notar novas oportunidades diante dos novos desafios, e claro que não sofreremos de ameaças na vida.
Fonte: MwanaaSuu.
Paradigma é uma palavra meio incomum, não se ouve todo dia. Thomas S. Kuhn no seu livro, “A Estrutura das Revoluções Científicas”, apresenta a concepção de que "um paradigma, é aquilo que os membros de uma comunidade partilham e, inversamente, uma comunidade científica consiste em homens que partilham um paradigma”, e define "o estudo dos paradigmas como o que prepara basicamente o estudante para ser membro da comunidade científica na qual atuará mais tarde". Se olhar paradigma no dicionário, verá que significa padrão ou modelo. Paradigmas são conjuntos de regras e regulamentos que fazem duas coisas: Estabelecem limites e mostram como ter sucesso resolvendo problemas dentro destes limites. Colocando em termos genéricos, os paradigmas filtram a experiência que chega. Estamos vendo o mundo através de nossos paradigmas o tempo todo. Constantemente selecionamos do mundo aqueles dados que se ajustam melhor às nossas regras e regulamentos e tentamos ignorar o resto. Como resultado o que pode ser perfeitamente obvio para uma pessoa com um paradigma, pode ser totalmente imperceptível para alguém com um paradigma diferente.
No mundo atual as mudanças ocorrem a todo momento, seja na vida pessoal, nos valores sociais, seja na vida profissional ou na vida espiritual; a vida está numa marcha constante de mentalidade, novas atitudes, novos métodos e estruturas e, mudanças de paradigmas. E temos que estar preparados para elas senão ficaremos cada vez mais distantes de nosso tempo. Mas infelizmente muitas pessoas são resistentes às mudanças e diversos são os fatores que levam a elas se portarem assim: Comodismo, Medo do novo, Medo do desconhecido, Receio de perder o poder, Desconhecimento do conteúdo das vantagens e/ou desvantagens das mudanças que surgem, Desconhecimento das mudanças que ocorrem no ambiente, interno e externo, e o pior de todos é a Paralisia de Paradigma ou “efeito paradigma”, quando os nossos valores, fazem com que não aceitemos novas idéias por estarem contra os paradigmas “incrustados” em nossa mente. Thomas Kuhn nos adverte: “A pessoa que abraça o novo paradigma logo no inicio, muitas vezes precisa fazê-lo desafiando as provas oferecidas pela solução dos problemas, ele precisa, portanto, ter fé que o novo paradigma terá sucesso, apesar dos muitos problemas que enfrenta, sabendo apenas que o paradigma anterior falhou um pouco. Uma decisão desse tipo só pode ser tomada com fé”.
É muito comum escutar as pessoas com manifestações de resistência contra mudanças de paradigmas. Diversas frases são características a esta resistência, por exemplo: Sempre fizemos assim e sempre deu certo, porque mudar? ; Isto é loucura; Da forma que fazemos é melhor; Está tudo tão bem, para que mudar? ; Temos receio do que possa acontecer, é melhor não arriscar; Isto não vai dar certo; Não se mexe em time que está ganhando; Precisamos de um tempo para ver isto; Francamente, eu ainda não sei se vale a pena e outras tipos de comentários. Essas manifestações de resistência mostram as posições daqueles que são resistentes às mudanças pessoais, estruturais e metódicas. São pontos limitadores do novo, da criatividade, da iniciativa e até mesmo da sobrevivência pessoal. No mundo de hoje as mudanças devem ser fruto de análise de “coração aberto” com a prontidão necessária para incorporá-las e a clareza de visão para rejeitá-las total ou parcialmente. Mas é preciso sempre vê-las com bons olhos, porque a maioria gerará progresso em nós e a evolução é condição para nossa sobrevivência e da organização.
É tão fácil dizer não a uma idéia nova. Afinal idéias novas causam mudanças, elas destroem o “status quo”, elas criam incertezas, é sempre muito mais fácil fazer como sempre fizemos, é mais fácil talvez, mais perigoso com certeza. Idéias novas são repelidas em diretorias e linhas de produção no mundo inteiro. Idéias boas são derrubadas por pessoas que supõem que o futuro nada mais é que uma simples continuação do passado, que as idéias que nos trouxeram até onde estamos hoje são as mesmas idéias que irão nos levar até o amanhã. Os sinais do verdadeiro pioneiro do paradigma são a coragem e a confiança em suas idéias.
Percebe-se que sempre haverá outra solução para o problema, sempre haverá outra porta para atravessar e exatamente como foi para nossos avôs, há certeza que o outro lado dessa porta há mais do que oportunidades suficientes para manter aqueles de nós que quiserem ser flexíveis, felizes e ocupados para a vida toda. Se formos flexíveis com nossos paradigmas, podemos notar novas oportunidades diante dos novos desafios, e claro que não sofreremos de ameaças na vida.
Fonte: MwanaaSuu.
Ano Novo 2009 - Memória de Pe. Franco, IMC (RIP)
Era dia e era à noite, e passou o dia 31 de dezembro de 2008. Poucas horas antes de meia noite, a casa paroquial da paróquia de são Brás, Salvador, fora vazia e só as luzes de ano novo se escutavam de dentro. Os missionários de Consolata tinham saído celebrar missas juntos com os fieis para a passagem do ano novo 2009. O clima era agitado de festas e musicas sertanajens.
Pe. Franco e Michael à mesa, 2009 em salvador, BA |
Nas igrejas e nas ruas, só tocava a musica de Zezé Di Camargo e Luciano, “marcas do que se foi: esse ano, quero paz no meu coração, quem quiser ter um amigo, que me de a mão. O tempo passa, e com ele caminhamos todos juntos sem parar, nossos passos pelo chão vão ficar. Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter, como todo dia nasce novo em cada amanhecer...”
O maior pensamento que passava nas homilias era sobre a paz e amor para o ano novo. Os nossos missionários na paróquia de são Brás, frisaram muito sobre este tema por que toca a realidade da nossa paróquia, mas também do Brasil e do mundo inteiro. As suas reflexões se resumem em poucas linhas concretas:
Apensar de vivermos num mundo extremamente violento, sabemos que haverá sempre espaço para o amor, carinho, sensibilidade e respeito pelo próximo. A nossa esperança é que neste novo ano 2009 encontramos momentos de paz e ternura que façam repensar que ainda temos muitas coisas belas que nos rodeiam, e podemos encontrar a felicidade confiando na nossa capacidade de amar e na graça de Deus. É por acreditar no amor como a maior forca que o ser humano pode ter e por saber que quem ama e é amado vive em paz. Os missionários da Consolata lembraram o povo das palavras de Papa João Paul II, “a melhor metodologia de educação é a pedagogia da paz... e amor.”
Em casa, (Pe. Stephen Murungi, Pe. Franco Picolli e Pe. Tamrat Markos, e Estudante Michael.) o tema não era diferente das homilias. Os irmãos mais velhos deram os mesmos conselhos de paz e amor para que as nossas comunidades possam viver o evangelho de Jesus numa maneira sempre encarnada. Torcemos para que esse seja o caminho de ano novo 2009: paz e amor.
Autor: Mike, 2009.
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