"É dentro dessa realidade toda da modernidade e pós-modernidade que nos encontramos como religiosos/as, chamados a transformá-la, vivendo o compromisso que assumimos na consagração",
afirmou o jesuíta Raimundo Barros
Foto: Michael Mutinda | Missionário da Consolata em Salvador | Foto DR | 25/08/2011 | 11:18 |
Além da sua exposição sobre os desafios da vida religiosa na modernidade, o jesuíta Raimundo Barros falou sobre a necessidade de formar para a fidelidade numa cultura «light». Na sua reflexão levantou aspectos característicos da configuração do mundo neste terceiro milénio e abordou os desafios colocados à vida religiosa, de um modo geral, diante de uma sociedade que valoriza, cada vez mais, a posse em vez da partilha. Este quadro exige uma luta sem tréguas em defesa de uma concepção do mundo pautada pelo paradigma da generosidade e da bondade. Outra reflexão apresentada foi a da identidade do religioso como desafio da vida comunitária, entre outros.
Por último, o jesuíta reflectiu sobre os impactos da realidade sociocultural e religiosa da vida consagrada. Nesta reflexão, abordou os impactos do medo da liberdade e responsabilidade, do contexto neoliberal e mediático, da perda da consciência histórica e ética, da falibilidade das instituições: perda da fonte de garantia, e da confusão entre vocação e profissão. Questionado sobre este último aspecto, Raimundo Barros afirmou que a solução passa por uma compreensão teológica da vocação. O chamamento de Deus dá sentido à profissão. Esta insere-se na vida consagrada como expressão e concretização de uma vocação maior, dom de Deus. Um misto de alegria e saudades de ser religiosos e consagrados, em todos os participantes, mascou a segunda etapa de formação.
Fonte: Mwanaasuu
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