O discipulado "não é ponto de
chegada, mas processo - ser discípulo é dom
destinado a crescer" (DA 291).
O recanto Maria de Nazaré, próximo ao Centro Diocesano do Papagaio, em Feira de Santana, BA, recebeu neste final de semana, (dias 11 a 13), 60 jovens provenientes das Paróquias a cargo do Instituto Missões Consolata - IMC, na Bahia, para o um retiro missionário. Participaram jovens de Salvador, Feira de Santana, Jaguarari e Monte Santo. A finalidade do retiro foi refletir sobre o discipulado em Jesus, envolvendo os jovens que já fizeram a experiência da Páscoa, Missão e Festival Jovem, iniciativas sob a orientação dos/as Missionários/as da Consolata. O retiro missionário visou também orientar os jovens no encontro pessoal de amigos com Cristo missionário para descobrir a sua própria vocação, participar da vida e da missão de Jesus.
Para iniciar o retiro, os jovens missionários foram acolhidos com dinâmicas visando a interação, pois embora todos tenham em comum o fato de estarem buscando ser discípulos de Cristo, muitos não se conheciam.
No segundo dia, com a ajuda do padre Domingos Forte, IMC, os jovens refletiram sobre a esperança de viver intensamente, abraçar a cruz como sinal de vida e entrega por amor. O assessor recordou que "para o Bem-aventurado José Allamano, fundador das congregações dos Missionários e Missionárias da Consolata, a esperança é uma virtude tão necessária como a fé; sem esperança não é possível ser bom cristão". Padre Domingos destacou ainda que o cristão não espera algo que não vem, exemplificando isto de forma interativa com um vídeo da peça teatral - "Procurando God Dot" "O cristão acredita naquele que já veio, vem e virá. É uma esperança em profundeza não no vácuo", concluiu padre Domingos.
No terceiro dia, com a ajuda de Michael Mutinda, IMC, houve aprofundamento do tema: o discipulado em Jesus, com questionamentos que levaram ao posicionamento crítico dos jovens sobre sua atuação nas comunidades. Michael lembrou o Documento de Aparecida onde afirma que o discipulado: "não é ponto de chegada, mas processo - ser discípulo é dom destinado a crescer" (DA 291). Por isso, explicou ele, que o discípulo significa relação com uma pessoa, e no caso aqui, com a pessoa de Jesus Cristo, cujos passos o discípulo segue, sem reserva, procurando imitá-lo até se tornar igual ou parecido com o Mestre.
"Ser discípulo de Jesus é o mais fascinante projeto de vida que está à disposição de cada um de nós. É estar disposto a aprender pela imitação da vida de Cristo na força do Espírito Santo. Não é uma questão de repetir atos ou ações do Senhor, mas é permitir que os atos de Jesus fluam de dentro de nós por uma operação do Espírito de Cristo", afirmou Michael, seminarista da Consolata que em breve será ordenado diácono.
O retiro contou ainda com um momento de deserto, onde os jovens foram motivados a estar consigo mesmo e com Cristo, um momento de verdadeira interiorização. Os jovens demonstraram, mais uma vez, que são discípulos de Cristo, não perfeitos ou canonizados já, mas, na busca constante e plena desta santidade que exige, além de acreditar, permanecer com o Mestre.
Fonte: AMV – Grupo JMC, Bahia.
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