14/10/2010

ANGOLA: Opção para Missão Ad Gentes? - Por Michael Mutinda*


miss angola: divulgação.
            Podemos considerar Angola como sendo um país muito rico em belezas naturais que proporcionam paisagens naturais de cortar respiração. O nome vem da palavra bantu, N’gola, titulo dos governantes de região leste, hoje capital Luanda. O clima do país é caracterizado por duas estações: a das chuvas, e a seca. Angola foi uma antiga colônia de Portugal desde o século XV até a independência, aos 11 de novembro de 1975. O regime político vigente é o presidencialismo, com o José Eduardo dos Santos, atual presidente.

História, Cultura e Economia.
Grande parte da história de Angola está implicitamente ligada à escravatura e ao tráfico de escravos. O país faz há muitos anos uma empolgante corrida de obstáculos, cada qual o mais difícil de transpor. A conquista da paz nos últimos anos foi a mais saborosa vitoria de um povo que é por natureza pacífico, acolhedor e solidário. A guerra foi, durante décadas (1961-2002), uma dolorosa ferida que atormentou gerações de angolanos. Hoje, estão todos a colher os frutos da paz e apesar da conjuntura internacional desfavorável, as perspectivas de futuro são excelentes.

A economia de Angola caracteriza-se por agrícola, e minerais especialmente diamantes, petróleo e ferro. O PIB per capita é de seis dólares. Angola possui uma grande variedade de etnias que permitem cerca de 42 dialetos, sendo que as mais faladas são: Quimbundo, Quicongo e Umbundo. No entanto, a língua oficial é o português. (falada também em Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor-Leste.). A população total é de 18 milhões (dados de 2009) e o principal grupo étnico é bantu.

Religião e Expectativas de Nova Missão.
Cristianismo é a religião principal: estima-se que 53% são católicos, 28% protestantes e o resto são muçulmanos ou da religião tradicional. A introdução da doutrina cristã na terra que é atual Angola teve inicio com a evangelização sistemática a partir de 1490, quando os missionários católicos chegaram às ‘novas terras’. A igreja cristã terá iniciado a sua atividade em Angola na década de 1850, com maior incidência na parte norte e centro. A educação, saúde e formação profissional são as áreas sociais em que a igreja católica contribui para a população local.

Os missionários da Consolata estão estudando a possibilidade de abrir uma missão ad gentes em Angola que permitiria aos missionários terem um contato melhor com as fundações da mesma em Moçambique, além de se dirigirem a uma realidade complexa, de grandes dimensões, necessitada de consolação e, sobretudo com dioceses necessitadas de ver reforçada a presença eclesial atualmente insuficiente.

A atenção está se fixando sobre três territórios: diocese de Namibe que tem cerca de 1.5 milhões de pessoas, e que oferece possibilidade de trabalhar com as minorias étnicas e não evangelizadas. Esta diocese só tem 12 padres (9 diocesanos e 3 religiosos) e, 4 congregações de irmãs. A outra diocese é de Mbanza-Congo que abriga mais ou menos 700 mil pessoas, e tem 6 paróquias, 18 padres (6 diocesanos e 12 religiosos) e 33 religiosas. A sua realidade é de pobreza material e estrutural. O terceiro território seria da realidade da periferia urbana em torno da capital Luanda, onde se concentra mais ou menos 5 milhões da população do país, muitas vezes em condições que necessitam duma presença consoladora. Com esses dados, é certo que Angola é uma opção para missão ad gentes hoje.

*Este artigo foi publicado na Revista Missões, edição de Outubro, 2010.

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