Os missionários da Consolata junto com milhares de fiéis comemoraram nesta semana o dia de São Brás (dia 3), padroeiro dos males da garganta. Em Salvador, a festa acontece há décadas de anos, na Paróquia de São Brás, no bairro de Plataforma. A celebração começou ontem com o oficio de Nossa Senhora às 05h de madrugada e missa às 06h e foi se estendendo por todo o dia com outras missas às 10h e às 19h depois da procissão com a imagem de são Brás.
A história de São Brás teve início no século III, contou dom Josefa, bispo auxiliar de Salvador, que presidiu a missa festiva das 10h, junto com os missionários Michael Mutinda, Jacques Kuagala e padre Stephen Murungi (pároco de São Brás). A Igreja celebra no dia 3 de fevereiro a festa de São Brás, um santo venerado tanto no Oriente como no Ocidente e muito conhecido pelo testemunho e sua proteção das doenças da garganta. São Brás nasceu na Armênia no seio de uma família pomposa, de pais nobres, recebeu educação cristã e foi ordenado Bispo quando era ainda muito jovem. Como médico usava os seus conhecimentos para resgatar a saúde do corpo, mas também a da alma, pois se ocupava da evangelização dos seus pacientes.
Este santo é conhecido como protetor da garganta, porque ao se dirigir para o martírio foi-lhe apresentada uma mãe desesperada com o seu filho que estava sufocado por ter uma espinha de peixe entalada na garganta. Diante desta situação o Santo em Deus curou milagrosamente a criança. Já processado e condenado, São Brás enfrentou muitas torturas sem trair a fé em Jesus, sendo degolado no ano 316. Depois disso, a história se espalhou, contou o bispo.
Dona Lucia, catequista da paróquia, confirmou as palavras do bispo dizendo que ouve muita gente falar que se sentiu curado depois da benção. Dona Tina mora em Nazaré e todos os anos participa da missa. Reza todos os dias para São Brás e faz questão de participar da primeira missa no final de cada mês em homenagem ao santo.
Comentando as leituras do dia, dom Josefa disse que "a celebração de hoje nos propõe um compromisso alegre e decidido com a construção do Reino de Deus. O primeiro passo é o acolhimento em nós dessa boa notícia, apropriando-nos dela. Fazer nosso o "sonho" de Deus: um mundo novo de justiça e paz. Para isso precisamos fazer-nos pobres no sentido das bem-aventuranças, pobres de Deus, pobres do Reino. Daí vem os outros passos: lutar pela justiça, construir a paz, promover a dignidade humana", concluiu o bispo.
A benção
No final de cada missa os fiéis receberam a benção da garganta. Os padres e o bispo colocavam duas velas na garganta enquanto proferiam a oração. Após a missa das 10h, os fiéis se reuniram no salão paroquial para um almoço.
*Jeane Maria de Jesus, membro da Pastoral de Juventude, na Paróquia são Brás, Salvador, BA.
Fonte: Pastoral de Juventude, na Paróquia são Brás
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